Projeções indicam vitória surpreendente da esquerda na eleição da França

Jean-Luc Mélenchon: França será diferente após a segunda volta das  legislativas - CNN Portugal

União entre esquerda e centro tirou as esperanças da ultra-direita

Deu na BBC

Pesquisas boca de urna para o segundo turno da eleição legislativa na França apontam que a Nova Frente Popular (NFP), coligação de partidos de esquerda, teria obtido o maior número de cadeiras para o Parlamento do país, segundo a rede estatal de TV e outros canais franceses. No entanto, de acordo com essas projeções, nenhuma força teria obtido maioria no legislativo francês. Especialistas descreveram estas eleições como as mais polarizadas da história recente da França.

O parlamento nacional é composto por 577 deputados. Para obter a maioria absoluta são necessários 289 assentos. As projeções mostram o Reunião Nacional de Marine Le Pen em terceiro, atrás da coligação do presidente francês Emmanuel Macron.

PRONTA PARA GOVERNAR – O líder da frente de esquerda, Jean-Luc Mélenchon, disse que sua coligação está “pronta para governar” após a divulgação da boca de urna.

O resultado, se confirmado, será considerado surpreendente após o partido Reunião Nacional, da direita radical, ter conseguido uma vitória histórica no primeiro turno das eleições em 30 de junho.

O caminho para dominar o parlamento, em uma eleição de dois turnos segundo o sistema francês, se tornou mais difícil nos últimos dias para a líder do RN, Marine Le Pen.

UNIR FORÇAS – Diante do seu surpreendente sucesso nas urnas na votação do último fim de semana, a coligação de Macron, a Agrupação Nacional, e a esquerda decidiram unir forças.

Para deter a chegada do Reunião Nacional ao poder, centristas e esquerdistas retiraram mais de 200 candidatos da disputa para concentrar os votos nos nomes mais bem colocados. Ou seja, em muitos dos distritos eleitorais onde concorriam três candidatos (um da direita radical e dois de centro ou esquerda), restaram apenas dois.

Jordan Bardella, protegido de Marine Le Pen e que era cotado para ser o novo primeiro-ministro francês em caso de uma vitória do RN, declarou que a aliança “não natural” e “desonrosa” entre esquerdistas e a coligação de Macron impediu a vitória de seu partido. “Hoje à noite essas alianças jogaram a França nos braços da extrema esquerda de Jean-Luc Mélenchon”, disse Bardella.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Impressionante a reviravolta na reta final, e a esquerda é que estoura o champagne esta noite. Agora, falta saber como ficará a divisão do governo entre a esquerda de Mélenchon e o centro de Macron. (C.N.)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *