Maduro manda prender chefe de campanha da oposição e agrava a crise

Oropeza (de azul) discursa ao lado de María Corina Machado

Pedro do Coutto

Na Venezuela, começaram as prisões de figuras contrárias a Maduro, incluindo María Oropeza, colaboradora da líder da oposição María Corina Machado, que anunciou a detenção na rede social X e confirmada pelo Comitê de Direitos Humanos do partido Vente Venezuela.

Oropeza fez uma transmissão ao vivo mostrando, segundo ela, o momento de sua detenção. “Eu não fiz nada de errado”, disse a coordenadora na transmissão. No vídeo, feito de dentro de um imóvel, a chefe de campanha mostra um grupo de homens arrombando a porta do local. Após conseguirem abri-la, os homens, alguns encapuzados, sobem uma escada em direção a María Oropeza sem falar nada e sem mostrar ordem de prisão.

ORDEM JUDICIAL – O partido Vente Venezuela afirmou que não foi apresentada nenhuma ordem judicial e que Oropeza foi “sequestrada” por forças do regime de Maduro. Horas antes, a chefe regional de campanha havia publicado uma postagem nas redes sociais criticando a criação de uma linha de telefone do governo para receber denúncias de “crimes de ódio” contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

Oropeza é chefe da campanha de Edmundo González no estado de Portuguesa, no noroeste da Venezuela. Ela coordenava a campanha de María Corina Machado antes de a oposicionista ser impedida de concorrer à presidência do país, em janeiro, pelo Tribunal Supremo da Venezuela, alinhado ao regime de Maduro.

SEM ARGUMENTOS – Essa etapa absurda era esperada, uma vez que, quando a ditadura começa a ser abalada em suas bases, começam as posições de figuras opositoras, refletindo a brutalidade e a falta de argumentos do regime controlado por Maduro. Os países democráticos, incluindo o Brasil, precisam tomar uma posição bastante firme nesse contexto, pois, caso contrário, a violência poderá aumentar cada vez mais na Venezuela.

Maduro convocou uma eleição e promoveu uma grande farsa para se manter no poder. Mas existem reações internacionais que se confrontam com tal realidade. Não será fácil a solução, se é que chegarão a algum cenário de pacificação. Este é um problema para todos os defensores da democracia.

8 thoughts on “Maduro manda prender chefe de campanha da oposição e agrava a crise

  1. A situação do ditador Nicolas Maduro vai se tornando insustentável.
    O Brasil já passou da hora, de tomar uma atitude contundente contra esse fascista, que não quer largar o Poder.
    Caiu a mascara do governo da Venezuela. Aquilo não é e nunca foi uma Democracia.

    Convocaram eleições de cartas marcadas, achando que ia ficar por isso mesmo. Mas, o povo venezuelano foi para as ruas protestar contra o regime ditatorial, exigindo a posse do vencedor das eleições, Edmundo Gonzales, mesmo com todas as armadilhas do Comitê Eleitoral, do Exército e das Milícias Armadas que atuam com violência contra o povo, a mando de Maduro.

    O Ministro da Defesa, um general é claro, veio a público informar que a lealdade a Maduro é inquestionável. Ora, esse general serve ao país ou ao Ditador de ocasião? Lógico, que esse fardado deve ser mais um corrupto, desses que adoram uma boquinha do Estado, iguais aos políticos do Brasil e da Venezuela. Nessa questão, políticos do Centrão e de todos os Partidos que traem o povo são iguais aos dois mil generais, em postos de comando em ministérios e empresas estatais.

    A propósito, o destino do Brasil estava sendo gestado nos moldes da Venezuela.
    Um general no ministério da Saúde;
    Um general na Casa Civil;
    Um general na Secretaria do governo;
    Um general no GSI/ Abin;
    Um general na Petrobras,
    Um Almirante na Anvisa;
    Um brigadeiro na Infraero;
    Um general na Apex:
    E um cem números de coronéis em postos de segundo escalão.
    Então, quem acha, que eles não queriam continuar no governo?

    Quando um ditador toma posse no governo, não quer sair mais.
    Hoje temos o exemplo da Nicarágua e da Venezuela, dois sanguinários, algozes do povo nicaraguense e venezuelano.
    No Brasil, inventaram o rodízio de ditadores:
    Castelo Branco, Costa e Silva, Garrastazu Médice, Geisel e João Figueiredo. Nesse ponto nossos militares foram mais estratégicos. No entanto, só entregaram o Poder aos civis, porque a situação econômica do país se tornou grave demais e era preciso destampar a panela de pressão. A linha dura, não se conformou com a Distenção, Lenta, Gradual e Segura, iniciada no governo Geisel e completada pelo general Figueiredo em 1985.

    Primeiro, a linha dura tentou derrubar Geisel, que imediatamente demitiu o comandante do Exército, general Silvio Frota, frustando um golpe dentro do golpe. Depois, como uma última cartada, armaram o atentado a bomba no Riocentro em primeiro de maio de 1981. A tática foi semelhante a tentativa de Golpe de oito de janeiro de 2023.

    Pode parecer, em análise ilógica, que os casos expostos não tem nenhuma relevância, por terem ocorrido em épocas diferentes, mas, insta salientar, que o mundo muda, mais a maneira de agir dos autocratas, déspotas e sanguinários, continua o mesmo E o exemplo maior foi a saga dos 13 séculos de domínio do Império Romano do Ocidente e do Oriente. Todos os ditadores copiam literalmente esse modelo de tomada e permanência do Poder.

    Como o Império Romano ruiu, a União Soviética ruiu, Nicolas Maduro vai experimentar a ruína na Venezuela, porque já está acontecendo as divisões internas no epicentro do regime.

    Celso Amorim, o assessor internacional do governo, em entrevista ao Estúdio I, ontem a tarde, disse que tem receio de uma guerra civil na Venezuela. Ora, ele e quase todo mundo, afinal, quem pode desejar o sangue do povo jorrando nas ruas?
    Apoiar Nicolas Maduro, isso sim, significa jogar lenha nessa fogueira da destruição da nação venezuelana.

    Celso Amorim, tem posição dúbia sobre a crise na Venezuela e essa atitude de dar uma no cravo e outro na ferradura, acendeu o alerta da oposição no Senado, que já convocou o assessor internacional para prestar depoimento diante dos senadores. A oposição não perdeu tempo e isso vai causar um desgaste enorme ao governo.

  2. Apenas blá, blá, blá…

    De acordo com a história do golpismo na América Latina, o caos venezuelano só mudaria com um golpe de estado contra o Maduro que, se eleito ou não, ocupa efetivamente a presidência do país.

    E golpes latino-americanos foram feitos geralmente por forças armadas com intervenção estrangeira (leia-se Estados Unidos), a exemplo do Brasil em 1964, do Chile em 1973 e da Argentina em 1976.

    O resto seria tudo blá, blá, blá.

    • Bem, primeiro não entendi o blá blá blá. Se você puder me explicar, agradeço, Di Giorgio.

      Você não muda um sistema ditatorial, por outra ditadura., como você insinua. Golpe contra Maduro, seria trocar seis por meia dúzia, porque, um outro sanguinária gíria para substituí-lo, talvez um general ou coronel. Portanto, por esse caminho, nada mudaria.
      Edmundo Gonzales venceu a eleição, até às pedras das ruas, sabem disso. A vontade popular deve ser respeitada. Edmundo é o novo governante. Só, que Maduro não vai passar a faixa

      Os EUA, apoiaram os golpes militares na América Latina, para impedir uma nova Cuba no quintal deles. Contudo, não houve nenhuma intervenção, americana, como você sugere, no Brasil, no Chile, na Argentina, na Bolívia, no Peru e no Paraguai.

      Vivíamos os tempos da guerra fria e todos os governos, progressistas, eram logo, considerados como comunistas e derrubados pelo Exército desses países.
      O general Augusto Pinochet, Comandante do Exército chileno, desfechou o Golpe e deu a ordem para matar o presidente Salvador Allende no palácio Lá Moneda.

      Se João Goulart, o presidente brasileiro não tivesse fugido para o Uruguai, também seria morto também. Leonel Brizola, foi caçado, com ordens para execução imediata, se fosse capturado. Também fugiu para o Uruguai.

      Não é blá, blá, blá, são fatos históricos.

  3. Parece que o Pedro do Coutto passou os últimos 20 anos hibernando e acordou com fome de democracia. Com o aval do narcotraficante Lula da Silva, a ditadura chavista está assassinando os seus adversários políticos há anos. Quem está prendendo e condenando adversários que protestaram pacificamente, aqui mesmo no Brasil, é o consórcio PT/STF. Acorda, Pedro do Couto.

  4. João Grillo, com dois L.
    Pense bem, se não é você, que vive em sono profundo, ao criticar a ditadura venezuelana e passar pano para os ditadores do Brasil, inclusive aquele, que seria beneficiado, se o golpe do oito de janeiro de 2023, tivesse vingado?

    Um pouco de coerência, sempre é bem vindo.

    Outra coisa, conheço Pedro do Couto, há mais de cinquenta anos, desde os tempos, em que esse renomado e experiente jornalista, escrevia no jornal Tribuna da Imprensa e era um dos participantes dos debates populares, comandado pelo saudoso, Haroldo de Andrade.

    Pedro do Couto, sempre na vanguarda da defesa da Democracia e dos direitos do povo. A fome de Democracia, existe em Pedro do Couto, bem antes de você ter nascido.

    Pense nisso!

  5. O presidente Lula, não quer conversar com Maduro no tete a tête, porque não confia mais no bolivariano incontável.
    Maduro é um ingrato, que não merece ser levado em conta. Depois de tanto apoio de Lula, que conseguiu junto a Biden, uma trégua nas sanções econômicas contra a Venezuela, o sucessor de Hugo Chaves, mandou Lula tomar chá de camomila, após Lula ficar chocado com uma fala de Nicolas: ” se a oposição ganhar, vai ter um banho de sangue na Venezuela”.
    Não contente com a grosseria da camomila, Maduro subiu o tom contra Lula, dizendo que as Urnas Eletrônicas do Brasil, não são confiáveis.

    Precisou dessas duas pancadas de Maduro para Lula botar um pé no freio, mesmo assim, docemente constrangido.
    Será que precisa de mais indelicadeza?
    Bem, agora, Lula só quer falar com Maduro em Live junto com os presidentes do México e da Colômbia.
    Significa, que Lula quer testemunhas, para não ficar pendurado na narrativa, sempre mentirosa de Maduro.

    Parece, que na segunda feira, dia 12/08, vão conversar. Mas, de antemão, não vai resolver nada. Perda de tempo

  6. O grande enganos dos comunistas é não aceitarem a queda do muro de Berlim. Acham que o nosso vai ser o verdadeiro sem os de Mao, Stalin, Pol Pot e Fidel.

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