Hélio Schwartsman
Folha
Exigência de segurança na aviação reduziu muito os desastres com mortes
Parte dos liberais tem vontade de sacar o revólver só de ouvir a palavra “regulação”, mas há situações em que ela funciona exemplarmente. Um dos setores mais regulados do mundo, especialmente no quesito segurança, é a aviação comercial. E, apesar de ainda ocorrerem acidentes trágicos como o do avião que caiu em Vinhedo (SP), eles são cada vez mais raros.
Em 1959, registravam-se 40 acidentes com mortes para cada milhão de voos nos EUA. Dez anos depois, a cifra havia caído para menos de 2 e hoje baixou para 0,1. Os números para outras regiões do planeta não são os mesmos, mas a curva de redução é semelhante.
AVANÇOS IMPORTANTES – Vários fatores contribuíram para a melhora. A tecnologia é fundamental. Não foram só os aviões que ficaram melhores e mais seguros.
O mesmo ocorreu com os sistemas de controle de voo e com o treinamento de pilotos, que passaram a dispor de simuladores. Com eles, tornou-se possível aprender errando (a forma mais efetiva de aprendizado) e sobreviver à experiência.
Igualmente importante, desenvolveu-se uma cultura de segurança entre os principais atores. Cada acidente e cada incidente (situação de risco que não vira desastre) são minuciosamente investigados, num processo do qual participam todos os interessados (empresas aéreas, fabricantes, sindicatos de pilotos etc.) e que não tem implicações judiciais.
RECOMENDAÇÕES – As conclusões dos especialistas se convertem em recomendações que são incorporadas à indústria, tanto no desenho das aeronaves como nos protocolos de segurança e no treinamento de pessoal.
Não dá para afirmar que não existem conflitos de interesse entre os principais atores, mas as divergências não parecem capazes de desfazer o casamento entre ciência e regulação inteligente que conseguiu reduzir as taxas de desastres.
Seria interessante levar algo dessa cultura para a prevenção de acidentes de trânsito, que, no Brasil, ainda matam mais de 30 mil pessoas por ano.
Há controvérsiad, segundo:
“Em 2024, até agosto, já aconteceram 27 acidentes fatais, incluindo a queda de avião em Vinhedo, segundo o Cenipa, órgão da aeronáutica que investiga e previne acidentes aéreos.”
Esse é aquele cara que deseja a morte dos que pensam diferente dele. Não sei porque associar liberais com desastres de avião, é muda mente muito fértil. Por que não associa os esquerdistas com falta de liberdade, seja política, religiosa e etnias. Esse cara merece um emprego no governo.