Trump ataca, Brasil responde as ofensas com inteligência estratégica

Lula pretende usar reciprocidade contra tarifa de Trump

Pedro do Coutto

A ofensiva tarifária do presidente Donald Trump contra o Brasil não poderia ter gerado repercussão mais desfavorável ao líder americano. A imprensa internacional foi quase unânime em condenar a medida, classificada como arbitrária, revanchista e perigosa para o comércio global. A decisão de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros como café, suco de laranja, carne e aço foi anunciada como uma resposta ao julgamento de Jair Bolsonaro, numa mistura preocupante entre diplomacia econômica e interesses pessoais.

Trump parece confundir seus aliados ideológicos com os interesses institucionais dos Estados Unidos, atacando o Brasil como se estivesse em uma cruzada pessoal contra Lula e o sistema de justiça brasileiro. Mas, ao contrário do que talvez esperasse, o governo brasileiro reagiu com firmeza e equilíbrio, posicionando-se de maneira estratégica diante do maior parceiro comercial das Américas.

ESTRATÉGIA – O presidente Lula, que poderia ter usado o episódio para inflamar a base e criar uma narrativa eleitoral agressiva, preferiu agir com inteligência política. Em entrevista ao Jornal Nacional, evitou confrontos verbais e disse que não se move quando a temperatura está alta demais. Com isso, deu o tom de uma diplomacia madura: enquanto articula a entrada do caso na Organização Mundial do Comércio (OMC), já orienta o Ministério do Desenvolvimento e o Itamaraty a estudarem medidas de retaliação.

Está em discussão a aplicação da chamada Lei da Reciprocidade, que permite ao Brasil retaliar na mesma proporção tarifas impostas por parceiros comerciais. Patentes americanas e bens culturais podem ser os primeiros alvos. O objetivo do governo brasileiro, no entanto, é mostrar que tem instrumentos técnicos, jurídicos e diplomáticos à disposição para se defender — mas não cairá na armadilha da histeria protecionista.

APREENSÃO – A ação de Trump, ainda que tenha gerado apreensão entre exportadores brasileiros, permitiu ao governo Lula consolidar apoio interno entre os produtores, especialmente nos setores agrícola e industrial, e reposicionar o país no cenário internacional como uma nação capaz de resistir a pressões políticas externas sem comprometer sua soberania.

O Itamaraty, antes questionado por falta de protagonismo, agora se vê à frente de uma crise que pode, se bem administrada, fortalecer a imagem do Brasil como potência comercial e diplomática. A imprensa mundial destacou essa virada com ênfase.

O Financial Times afirmou que Lula está usando o embate com Trump para fortalecer sua posição política, ao passo que o The Guardian observou que o Brasil está mais preparado do que nunca para lidar com governos hostis e manobras imprevisíveis.

REAÇÃO – A verdade é que Trump atingiu, com sua tarifa, não apenas os produtos brasileiros, mas também o espírito da cooperação internacional. O Brasil, ao reagir de forma articulada e racional, consegue transformar uma provocação em oportunidade.

Resta agora saber se os efeitos econômicos — inevitáveis — serão atenuados pela ação rápida do governo e pela coesão política que Lula conseguiu construir em torno do tema. No tabuleiro do comércio global, quem perde o equilíbrio perde o jogo. Até agora, quem demonstrou estar mais firme sobre os próprios pés foi o Brasil.

23 thoughts on “Trump ataca, Brasil responde as ofensas com inteligência estratégica

  1. Ouçamos quem produz riqueza, cuja parte, pungada pelos tributos, sustenta as oligarquias estatais irresponsáveis, caras, inúteis e que não enfrentam os nossos problemas estruturais, antes os aprofundam. e preferem, nas relaões internacionais estar ao lado de ditaduras sem qualquer significância econômica pro páis, como o Irã.

    As ditaduras chineses e russas, como não são idiotas, dexixam pro painho ficar jogando pedra na Lua e segurar o sol com a mão.

    https://www.google.com/search?q=moraes+trump&client=firefox-b-d&sca_esv=2ff76063ea83bdcd&udm=7&sxsrf=AE3TifOHGVfghvz3OTIh8IC2fd

    O resto são tramóias pra privatizarem o Estado pra atenderem seus interesses egoístas e escusos.

  2. Ontem nos jornais noturnos ” vi e ouvi ” o quanto boa parte do empresariado Brasileiro são uns verdadeiros e completos ” idiotas e imbecis ” , ao colocarem uma única cesta exportação para um único país , cerca de 70% de sua produção industrial , expondo-se de forma temerária e irresponsáveis aos ” caprichos e mazelas ” de um governo de um país que não prima pelo respeito aos mais diferentes ” contratos e acordos ” , políticos e comerciais .

  3. Ontem, no WW foi entrevistado o presidente da Abiplast. Mandou Lula sentar à mesa de negociação e tomar uma cervejinha , literalmente. Os empresários não estão gostando da postura do Lula. Bom o presidente baixar a bola.

    • ´` e importante constatar que quem dá as ultimas cartas é quem segura o bó do páis, produzindo riquezas e nãoum abndo de inputeis acastelhados num Estado ineficiente, inchado,, caro, incompetende e cujo governo nos coloca em siruação econômica internacional precária ao preferir estas ao lado de ditaduras criadoras de cabras e bananas.

      As ditaduras chinesas e russas não são burras como a petrlahda, pra detonar com o rpincipal mercado de consumo do mundo, por causa de ideologias retroutópicas de meados do séculoa passado.

  4. Confundir os interesses eleitoreiros das oligarquias políticas e estatais inúteis, ora de plantão no Governo, com os interesses do Brasil é imbecilidade, hipocrisia ou defesa de interesses pessoais juramentados.

  5. “quem demonstrou estar mais firme sobre os próprios pés foi o Brasil”

    Como sempre, o Pedro do Coutto usa a sua caneta para lavar a imundície espalhada pelo quadrilheiro petista.

    O ladrão Lula da Silva está ameaçando os USA com reciprocidade. Arrotou que vai meter 50% no laranjão. Será que esse imbecil não viu o que aconteceu com o seu comparsa de narcotráfico colombiano?

    • A Rússia tirou o corpo fora e disse que o Lulalau é o responsável pela proposta de criar o “Xichi” para substituir o dólar como padrão de troca.

  6. Trump, na condição de gênio incompreendido, agora manda cartinhas de amor e telegramas para o México (paraíso do narcotráfico e maior perdedor para os Estados Unidos) e para o protetorado pós Segunda Guerra, União Europeia.

    30 porcento pra cada.

    Entre superdotados e altas habilidades, nosso gênio mais parece uma criação de Putin, desde a militância bot recrutada na Macedônia em 2016, um cavalo de Tróia enviado aos Estados Unidos.

    Um Gorbachev da União Soviética em sua versão estadunidense.

    TRUMP pode ser O FIM DE UMA ERA.

    Aliás, Kissinger escreveu isso sobre ele.

  7. Essa tarifa imposta ao Brasil pelo Trump foi certamente em atençao a pedido de gente chegada ao ex presidente Bolsonaro.
    Isso não é ser leal com o nosso país.

  8. O governo nos Brics, sistematicamente, atacou os EUA, e sua moeda com mil provocações estéreis mas que irritaram, com razão os EUA. Os efeitos adversos são imputáves ao governo que busca censurar redes, e até também ironicamente tagarelar na em moeda estrangeira, com economia em frangalhos e manipulada pelo IBGE (contabilidade criativa) no quintal de casa. Acertada foi a decisão dos EUA, muita falácia do governo, sem compromisso com resultados adversos.

  9. O Ppresidwnte está nadando de braçada.
    Os bozos estão hilários.
    O Tarcísio então!!!!!
    Incompetente e pouco….esse nem a Globo elege.
    Tipo Aécio.

  10. Pelo visto as Vestais não entenderam nada, absolutamente nada e apenas expressam o seu medo da perda da teta pública.
    O Trump deu um nó no Lula e como sempre, o Lula caiu na armadilha. Todas as Vestais pensam que o tarifaço é pela anistia do Bolsonaro quando na verdade ele mira o Brics. Caindo na armadilha o que fez o Lula, muito mal assessorado pelo PT? Respondeu raivoso transformando o caso em soberania nacional quando é um caso comercial. O Trump quer que o Lula venha para negociar o que não passa pela cabeça das Vestais e como, agora, o Moraes se acha o máximo vai determinar a prisão do Bolsonaro o que cria o motivo que falta para aplicar a Lei Magnitsky contra o Moraes e o Gonet.
    A questão comercial vai ser resolvida no final de julho quando o Trump perde na justiça e as taxações serão revistas ou excluídas. Mas, o Moraes, não vai ter a quem recorrer.

  11. Sr. Pedro

    O Narco-Pinguço queria ser o Dono do Mundo, mas acabou ficando mesmo como um pária internacional, onde ninguém está nem ai para o que diz e muito “menas” para o que bebe.

    Um anão pinguço diplomático…

    A proposito, será que os Briocos foi para o espaço..???

    “”..EUA e Índia negociam acordo comercial que pode reduzir as tarifas para menos de 20%
    Esse pacto colocaria a nação do sul da Ásia em uma posição favorável em relação a seus pares na região

    “…Milei avança em acordo com Trump para garantir tarifa zero à Argentina
    País deve garantir isenção a 80% de seus produtos e obter alíquota reduzida para os restantes; acordo ainda não está fechado

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