
Trindade diz que há limitações no modelo baseado no confronto
Rafaela Bomfim
Correio Braziliense
Conselheiro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o sociólogo Arthur Trindade avalia que o enfrentamento ao crime organizado no Rio de Janeiro exige urbanização das favelas, fortalecimento da investigação e integração entre as forças policiais para romper o ciclo de violência.
Ele destacou que operações como as que ocorreram no Rio de Janeiro, com mais de 120 óbitos, são repetidas no estado há mais de 40 anos. “Resultam em muitas mortes e pouca transformação”, destacou Trindade, em entrevista aos jornalistas Carlos Alexandre de Souza e Sibele Negromonte, no programa CB.Poder, parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília.
Operação no Rio de Janeiro
“Essas ações de grande porte não são novidade. O Rio repete a estratégia há mais de 40 anos: incursões pontuais, de alto impacto, que resultam em muitas mortes e pouca transformação. O que chamou atenção agora foi o número de mortos e o fato de não haver civis entre as vítimas. Isso gera uma percepção de eficiência e até apoio popular, mas, no fundo, estamos diante do mesmo modelo baseado no confronto. Não é uma política de segurança, é uma resposta imediata.”
Atuação das forças de segurança
“A diferença (na operação) é que houve planejamento para reduzir o enfrentamento direto e, com isso, evitar danos colaterais. Mas ainda é uma ação episódica. A polícia entra, realiza prisões e apreensões e depois sai. O território continua dominado. Sem ocupação permanente e presença do Estado, as facções voltam a controlar tudo em poucos dias.”
Política de segurança duradoura
“Primeiro, urbanização. Não há como falar em retomada do território sem infraestrutura. As favelas foram construídas sem planejamento urbano, com vielas estreitas que inviabilizam o patrulhamento e favorecem o domínio armado. Segurança começa pelo espaço urbano. Onde há ruas largas, comércio e serviços públicos, há Estado. Onde só há becos e moradias precárias, o poder é paralelo.”
Urbanização de áreas com facções
“É difícil, mas é o único caminho real. É um processo longo, caro e que exige coragem política. Urbanizar não é apenas pavimentar — é garantir luz, saneamento, escola, saúde e lazer. Sem isso, o tráfico continua sendo o Estado dentro da comunidade. Em algumas áreas, talvez fosse necessário o apoio das Forças Armadas para permitir que as obras avancem com segurança. Mas o essencial é vontade política e continuidade.”
O Estado envolvido com crime
“O Rio tem uma das polícias mais corrompidas do país. Há ligações antigas entre agentes, milícias e tráfico. Isso corrói qualquer tentativa de integração. Como combater o crime se parte da força policial está aliada a ele? É preciso um processo profundo de saneamento interno, com controle externo e investigação. Sem isso, a cooperação entre as forças se torna inviável.”
Fortalecimento das investigações
“Investigar custa caro e exige inteligência. Mas o foco no Brasil ainda é o confronto armado. É preciso investir em tecnologia, cruzamento de dados, análise de redes financeiras e inteligência territorial. O Comando Vermelho, por exemplo, opera com estrutura militar, usa drones e tem uma logística organizada. Não se enfrenta isso com caveirão, mas com inteligência.”
PEC da Segurança
“A PEC busca constitucionalizar a cooperação entre União, estados e municípios. É uma tentativa de estruturar o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), criado em 2018, mas que nunca se consolidou. Hoje, vivemos um apagão de dados e de integração. Cada estado tem seu sistema, suas estatísticas e protocolos. A PEC cria base legal para padronizar informações e procedimentos. Sem isso, o país continuará agindo de forma fragmentada.”
Resistência de governadores
“Há um medo de centralização. Governadores alegam que o governo federal quer interferir nas forças estaduais, mas todos enfrentam falta de pessoal e recursos. Muitos falam em formar consórcios interestaduais de segurança, mas isso é inviável: ninguém tem efetivo para enviar a outro estado quando falta polícia em casa. Essa resistência é mais política do que técnica.”
Funcionamento da integração
“A ideia é criar um sistema que permita troca de informações em tempo real, banco de dados unificado, cooperação em investigações e formação conjunta. Hoje, por exemplo, uma pessoa pode ter mandado de prisão em um estado e circular livremente em outro, porque os sistemas não conversam. Isso é inaceitável. A integração é o mínimo para um país que enfrenta organizações criminosas de alcance nacional.”
Modelos internacionais
“O Canadá tem uma polícia nacional com grande credibilidade e atuação integrada. Nos Estados Unidos, embora o sistema seja descentralizado, o FBI coordena centros de inteligência e padronizar a coleta de informações. A Alemanha também tem uma estrutura federativa, mas com uma lei nacional que define responsabilidades e padrões. O Brasil precisa aprender a coordenar sem tirar autonomia.”
Forças Armadas contra crime
“O papel das Forças Armadas deve ser excepcional. Elas podem apoiar em logística, obras ou em operações específicas, mas não podem substituir o trabalho policial. A solução passa por reformar as polícias, não por militarizar ainda mais. Quando o Exército vai embora, o problema continua lá, e, às vezes, pior.”
Maior erro no enfrentamento
“Há a crença de que mais armas e mais confrontos significam mais segurança. O Brasil precisa sair dessa lógica. Segurança pública se constrói com presença do Estado, políticas sociais, urbanização e inteligência. Enquanto as ações forem reativas e violentas, o crime continuará se adaptando e se fortalecendo.”
Futuro da segurança pública
“Depende da capacidade de repensar o modelo. É preciso integração, profissionalização, controle e transparência. E, sobretudo, planejamento urbano. Sem isso, continuaremos a repetir a história há quatro décadas: operações espetaculares, muitos mortos e nenhum avanço real.”
Muito kô e pouquíssima ação. Estes “especialistas” vivem numa realidade paralelea metafísico-prescritiva. Não têm trabalho prático e projeto efetivo de intervençao urbana. apontam o probelam e não a solução prática.
Não precisa ser urbanista pra saber que um dos probelemas é a infraestrutura das favelas, que nunca será atacado pelos Governos.
Vamos eperar mis 50 anos para que seja feita a urbanização das favelas?
Mais um gênio imbecilizado viajando na maionese.
Há propósito da urbanização, precisamos, primeiro de um projeto de páis com a superação dos nossos problemas estuturais e formar mais engenheiros que sociólogos (figura de linguagem).
O Aparato Petista transformou a Academia em seu aparelho de dominação ideológica, (assim como os midiático, cultural, jurídico, social, político, religioso etc.) para criar uma realidade paralela que omite os fatos, cultua a figura de Lula e evita qualquer crítica. Trata-se de produção mística e alienante não-científica.
Diante disso, nosso objetivo com este site é preenchermos essa lacuna com uma análise crítica e realista desse Aparato, expondo seu caráter hegemônico de extorsão, dominação e manipulação da Sociedade e como vem aprofundando os problemas estruturais do país.
Por acreditarmos que a Academia está impossibilitada de realizar uma análise crítica assim, por ter se tornado uma linha de produção fordista de intelectuais orgânicos do Aparato, produzindo ideologias justificantes e não ciência, optamos por desenvolver tese autônoma sobre o tema e publicar os respectivos estudos e opiniões neste site.
Visite o nosso site e acompanhe em tempo real a construção da nossa tese independente e autônoma:
https://www.criticapoliticabrasileira.com/
Muito kô e pouquíssima ação. Estes “especialistas” vivem numa realidade paralela metafísico-prescritiva. Não têm trabalho prático e projeto efetivo de intervenção urbana. apontam o problema e não a solução prática.
Não precisa ser urbanista pra saber que um dos problemas é a infraestrutura das favelas, que nunca será atacado pelos Governos.
Vamos esperar mis 50 anos para que seja feita a urbanização das favelas?
Mais um gênio imbecilizado viajando na maionese.
Há propósito da urbanização, precisamos, primeiro de um projeto de pais com a superação dos nossos problemas estruturais e formar mais engenheiros que sociólogos (figura de linguagem).
A propósito (IA do Google).
O perfil dos estudantes de pós-graduação na China e nos Estados Unidos revela abordagens diferentes, com a China focando massivamente nas áreas de
Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM), enquanto os EUA, embora também tenham foco em STEM, atraem um número significativo de estudantes internacionais, incluindo muitos chineses, e valorizam uma gama mais ampla de disciplinas, incluindo as ciências sociais.
Perfil na China
Foco em Exatas: Mais de 40% dos formandos na China estão em cursos de STEM. O país prioriza essas áreas para impulsionar a inovação tecnológica e a competitividade global.
Números Absolutos: A China forma um número extremamente elevado de profissionais em áreas de exatas. Por exemplo, estima-se que a China forme anualmente cerca de 600.000 engenheiros de graduação, em comparação com cerca de 70.000 nos EUA.
Crescimento: O número total de estudantes de pós-graduação na China está em constante crescimento, atingindo aproximadamente 1,3 milhão de novos alunos matriculados em 2023, um aumento de 4,76% em relação ao ano anterior.
Ciências Sociais: Embora presentes, as ciências sociais recebem menos ênfase relativa em comparação com as áreas de exatas na estratégia educacional nacional chinesa, que busca otimizar a produção tecnológica.
Perfil nos Estados Unidos
Diversidade e Atração Internacional: Os EUA recebem mais estudantes de pós-graduação internacionais do que qualquer outro país. Houve quase 300.000 estudantes chineses nos EUA em anos recentes, muitos deles em programas de pós-graduação.
Equilíbrio de Áreas: Embora as áreas de exatas sejam muito fortes e atraiam muitos estudantes, há uma demanda e um corpo discente considerável em ciências sociais e humanidades. Um diplomata americano chegou a expressar que os EUA precisam de estudantes chineses em humanidades e indianos em ciências.
Formação em Exatas: Os EUA formam um número menor de engenheiros em termos absolutos do que a China ou a Índia, mas a qualidade e o impacto da pesquisa nessas áreas são historicamente muito elevados.
Perfil do Estudante: O perfil nos EUA é altamente diverso em termos de nacionalidade e áreas de estudo, refletindo um sistema educacional que historicamente valorizou tanto as ciências aplicadas quanto as humanidades e ciências sociais.
Em resumo, a China destaca-se pelos números absolutos maciços de graduados e pós-graduados em ciências exatas, impulsionada por políticas governamentais. Os EUA mantêm um sistema de pós-graduação mais equilibrado entre as áreas de exatas e sociais e são um polo global para estudantes internacionais
errata: .”..vivem numa realidade paralela metafísico-descritiva.”
BRASIL, PAÍS DA ELABORAÇÃO DE DIAGNÓSTICOS, PLANOS E PROJETOS QUE QUASE NUNCA PASSAM (DISSO) PARA A REALIZAÇÃO, ESTABELECIMENTO E FUNCIONAMENTO EFETIVO.
Nossos designados alçados, “estatutaria e khazarianamente enlaçados”, nos consideram seus desassemelhados, daí o desumano egoísmo!
A PEC da Segurança é de vital importância para estruturar o Susp. A integração entre as Instituições é o primeiro passo para consolidar a união entre todos os Entes e assim fortalecer a Segurança Pública .
É bem verdade que a troca de informações entre todas as Instituições facilitaria e ajudaria muito na identificação e apreensão dos criminosos. Basta lembrarmos do caso recente ocorrido no Rio de Janeiro , quantos criminosos de outros Estados,estavam escondidos lá.
O caminho é longo….mas tem que ser dado o primeiro passo.
Ressalto ainda que, Guarda Municipal nao
está incluído no Caput do Artigo 144 da Constituição Federal de 1988 que define os órgãos responsáveis pela segurança pública no Brasil:
PF, PRF, PFF, PC, PM, Bombeiros e as Polícias Penais.
E a Guarda Municipal?
Também não atua na segurança pública?
Sim!
Porém,não tem direito a Aposentadoria Especial.
Isso é justo?
Suely
Esta PEC é a versa da gurda bolivariana totalitária venezuelana.
Projeto de aparelho repressivo do Aparato Petista.
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/08/26/internacional/1566812838_110189.html
Espedar o quê de um cara que diz que narcotraficantes são vitimas?
Isso mesmo. As GMs serão instituições importantes para a segurança dos cidadãos. a evolução que cuminará na alteração da nomenclatura para Polícia Municipal, padrão estadunidense, é algo natural e imparável, assim como o reconhecimento dos direitos atribuídos aos demais polícias no país, sendo que a polícia municipal garantirá a segurança do povo no seu cotidiano, atividade que ampliará a qualidade de vida em todas as cidades que a têm.
Decididamente esse sociólogo não inspirou o Bukele.
Mas, nessa cuanga toda tem um agente que permanece oculto.
Enquanto Loola é um sujeito sem predicado, o sujeito oculto vai dando suas cafungadas e baforadas cagando e andando para os que vão compulsoriamente se reunir ao criador.
Os cheiradores, fumadores e outros vão muito bem, obrigado.