
Castro foi aconselhado a desistir do plano
Malu Gaspar
O Globo
Com a popularidade em alta desde a megaoperação contra o Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), chegou a planejar uma viagem a El Salvador para tentar se reunir com o presidente Nayib Bukele, figura popular entre bolsonaristas pela política linha dura com o crime organizado em seu país. Mas abortou a ideia antes mesmo que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciassem sua própria viagem.
Castro foi aconselhado por integrantes do governo Lula a desistir do plano, caso quisesse manter alguma abertura para tentar uma reaproximação com o presidente mais adiante. De acordo com os auxiliares do petista, ele tem rejeição ao salvadorenho, por razões pessoais.
RECUO – Ao saber disso, o governador do Rio, que estava tentando um encontro com Bukele para reforçar a narrativa de uma gestão linha-dura com o crime, recuou. Não se interessou por visitar El Salvador nem mesmo depois que os filhos de Jair Bolsonaro marcaram sua viagem e o convidaram.
Ao ser reeleito em 2024, Bukele relatou a jornalistas estrangeiros já ter conversado com Lula, mas alegou que o brasileiro nunca levantou o tema da segurança pública. Na mesma ocasião, sugeriu que alguns países, sem citar o Brasil, não resolvem o problema por haver cumplicidade com os criminosos.
“O que incomoda muitos governos é que El Salvador mostra que tudo pode ser feito de boa vontade”, declarou o presidente salvadorenho. “Quando um país não resolve seus problemas, especialmente de criminalidade, é porque não há vontade de resolvê-los. E, em determinados casos, porque são parceiros dos criminosos”.
RENEGOCIAÇÃO – Embora não seja aliado do petista, Castro precisa do governo federal para poder aderir ao Propag, programa de renegociação de dívidas com a União. O Regime de Recuperação Fiscal para o Rio só vale até o próximo dia 31. Se não conseguir renegociar, o estado pode ter que pagar juros altos que tornariam sua situação financeira insustentável.
Em outro exemplo de contenção de danos, o governador bolsonarista não rebateu publicamente a fala de Lula que classificou a operação contra o CV no Rio como “desastrosa” e que comparou as 121 mortes durante a ação policial a uma “matança”, embora tenha se irritado com a declaração do presidente.
ROMARIA DA DIREITA – Além de Flávio, Eduardo e Nikolas, o governador de Minas Gerais e pré-candidato à presidência, Romeu Zema (Novo), também viajou ao país em maio deste ano. Antes, em dezembro de 2023, Eduardo visitou o Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot), a megaprisão construída por Bukele com capacidade para 40 mil detentos, junto de outros deputados em uma viagem bancada pela Câmara.
No passado, El Salvador foi governado por um aliado de Lula, Mauricio Funes, que presidiu o país de 6,3 milhões de habitantes entre 2009 e 2014 e foi a primeira liderança de esquerda eleita no país.
Funes, que morreu em janeiro asilado na Nicarágua, foi casado com a advogada brasileira Vanda Pignato, militante do PT. Os dois foram condenados por corrupção, acusados de receber dinheiro de caixa dois de campanha da brasileira Odebrecht e de ter feito um acordo com gangues que lideram o crime organizado no país.
CONDENAÇÃO – Antes de o processo ser concluído, ele fugiu para a Nicarágua e foi condenado à revelia a 26 anos de prisão. Morreu no exílio em janeiro passado. Vanda chegou a ser presa em El Salvador, mas foi absolvida na maior parte dos crimes e teve a sentença convertida em trabalhos comunitários.
Recentemente, a ex-primeira-dama participou de uma agenda do Ministério das Mulheres do governo Lula na Bahia. Ela participou de uma visita técnica à Casa da Mulher Brasileira, instituição voltada para mulheres vítimas de violência doméstica.
Criada no governo Dilma Rousseff e rebatizada na gestão Jair Bolsonaro, a iniciativa foi retomada pela pasta em 2023 com o nome original. A inspiração do programa foi um projeto de mesmo formato implementado por Vanda em El Salvador durante a gestão de seu marido.
A segurança pública grita de debaixo dos tapetes.
Não ligam para as mortes, os tiros, o pânico que aterroriza trabalhadores.
Entre Bukeles e Maduros, a América Latina agoniza com os efeitos da própria colonizacão.
Quando vamos sair da barbárie e da mistificação?
Aguardam-se novidades, conforme:
https://www.facebook.com/share/v/17bWi3zHuN/
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), já deveria ter sido julgado e condenado pela uitização ilegal do dinheiro Rio-Previdência para pagar dívidas contraídas pelo seu governo.
Esclareço que, o dinheiro do Rio-Previdência é destinado ao pagamento de aposentados e pensionistas do Estado do Rio de Janeiro, que estão há três anos sem reajuste de vencimentos, e os aposentados e pensionistas voltaram a ser descontados para o Rio-Previdência.
Vale ressaltar que, os servidores estaduais estatutários da ativa, também estão há três sem reajuste de vencimentos.
Claudio Castro investiu cerca de R$ 1 bilhão das aposentadorias e pensões do RIOPREVIDÊNCIA em títulos podres para o banqueiro bandido Daniel Vorcaro, do Banco Master, mais um do andar de cima dos bacanas perfumados e endinheirados da Faria Lima, em São Paulo. O rombo no Rio pode ficar entre R$ 980 milhões e R$ 2,6 bilhões.
Não somente Claudio Castro, mas outros governadores como Ibaneis Rocha (MDB) fizeram transações com o Banco Master, no caso, envolvendo o banco estatal BRB, que pode ter um prejuízo de até R$ 12 bilhões.
Como vemos, Claudio Castro, o paladino do combate aos bandidos da parte de baixo da pirâmide social brasileira, é muito amigo dos bandidos da parte de cima. Lembrando o ditado, gente fina é outra coisa!
Licença…
1) Por falar em El Salvador, admiro muito as “cachiporristas”, são as belas dançarinas que desfilam nas ruas do País, segurando um pequeno bastão (baliza), trajando lindas microssaias… maravilhosas !
2) É uma tradição cultural do povo salvadorenho…
1) As “cachiporristas” acompanham sempre as Bandas Musicais…
Com assim, “(…) deixa Bukele para os Bolsonaro”?
O salvadorenho já demonstrou que quer distância dessa gente, negando-se a recebê-los.
Pensei que fosse pelo bilhão dos servidores do RJ que ele enterrou no Master.
Deve estar preocupado.
Esse comentário cabe certinho como carapuça em algumas autoridades Brasileiras e pessoas da própria sociedade civil do país , sem tirar e nem por :
“Quando um país não resolve seus problemas , especialmente de criminalidade, é porque não há vontade de resolvê-los ou são cumplices em determinados casos, porque são parceiros e aliados dos criminosos ”.