
Bittencourt com o amigo Chico Alves, o Rei da Voz
Paulo Peres
Site Poemas & Canções
O empresário artístico, jornalista e compositor carioca René Bittencourt Costa (1917-1979) utiliza hipérboles para fazer a “Sertaneja” feliz, nesta belíssima, romântica e bucólica letra. Essa canção foi gravada por Orlando Silva, em 1939, pela RCA Victor.
SERTANEJA
René Bittencourt
Sertaneja se eu pudesse
se papai do céu me desse
O espaço pra voar
eu corria a natureza
acabava com a tristeza
Só pra não te ver chorar
Na ilusão desse poema
eu roubava um diadema
lá no céu pra te ofertar
e onde a fonte rumoreja
eu erguia a tua igreja
e dentro dela o teu altar
Sertaneja, por que choras quando eu canto
Sertaneja, se este canto é todo teu
Sertaneja, pra secar os teus olhinhos
vai ouvir os passarinhos
que cantam mais do que eu
A tristeza do teu pranto
é mais triste quando eu canto
a canção que te escrevi
e os teus olhos neste instante
brilham mais que a mais brilhante
das estrelas que eu já vi
sertaneja eu vou embora
a saudade vem agora
alegria vem depois
vou subir por estas serras
construir lá n’outras terras
um ranchinho pra nós dois
Paulo Peres, que música romântica mais linda. René Bittencourt e o filho, Sérgio deixaram-nos grandes composições. Lembro-me de uma vez em que Nelson Gonçalves esteve num parque, por aqui, e eu comecei a pedir que ele cantasse Sertaneja; então o organizador de evento respondeu “ele não canta músicas sertanejas”.kkkk
“Eu corria a natureza
Acabava com a tristeza
Só pra não te ver chorar”
Sérgio Bittencourt não é filho dele e sim de Jacob do Bandolim
https://youtu.be/I96VZ1QMXYU