
Charge do Genildo (Arquivo Google)
Carlos Alberto Sardenberg
O Globo
O novo embaixador do Reino Unido no Brasil, Peter Wilson, não poderia ter sido mais claro: há dois entraves principais à entrada no Brasil na OCDE, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico: desmatamento e respeito aos instrumentos de combate à corrupção da entidade.
Em entrevista ao jornal “Valor Econômico”, o embaixador apressou-se em dizer que não estava fazendo juízo de valor sobre as políticas brasileiras, nem as condenando, mas apenas apresentando fatos. Ou seja, há uma desconfiança efetiva entre os membros sobre a capacidade e a disposição do governo brasileiro em cumprir aquelas duas exigências básicas.
POR QUE A OCDE? – Mas o que é exatamente a OCDE e quais as vantagens de integrá-la, no mundo de hoje? A entidade, que tem 60 anos, já foi conhecida como o “clube dos ricos”. E era mais ou menos isso. Reunia o grupo de países mais desenvolvidos e destacava-se especialmente como um centro de estudos e pesquisas (think tank).
Foram exatamente esses estudos que, pouco a pouco, mudaram a natureza da instituição. Ela passou a desenhar e fixar políticas para boa governança, a que os países membros aderiam.
Boa governança vai de democracia e direitos humanos até a definição de normas para uma eficiente economia de mercado (com livre concorrência) e de políticas públicas que promovam o desenvolvimento e o bem-estar individual e social. Se quiserem um termo que está na moda, um tipo de liberalismo social ou progressista.
CLIMA E CORRUPÇÃO – Palavras à parte, é fato que a OCDE foi das primeiras a identificar a questão climática e, mais recentemente, foi a primeira a mostrar os danos que a corrupção impõe ao desenvolvimento e à distribuição de renda.
Nesse caso, a coisa começou com a definição de instrumentos para que os países membros combatessem juntos a evasão fiscal. Ora, quem esconde dinheiro da Receita é quase sempre porque não tem como explicar a origem. Ou seja, é roubado.
Vai daí que não bastava combater a evasão, mas todo o processo de lavagem de dinheiro, um crime internacional. Assim definiram-se regras e formaram-se acordos de cooperação entre Receitas, Bancos Centrais, Ministérios Públicos, Judiciários, polícias.
TIPO LAVA JATO -Sabem a Lava-Jato? Pois é a expressão exata da montagem desse sistema de combate à corrupção local e internacional. Não esquecer que a Lava-Jato de Curitiba apanhou falcatruas de empreiteiras brasileiras praticadas mundo afora. Recebeu e prestou informações de parceiros de outros países.
Em resumo, a OCDE tem normas de combate à corrupção a que seus membros aderem. É um selo de qualidade.
O mesmo vale para a questão climática. Partiu da OCDE boa parte das recomendações para que os países adotassem legislações para garantir que as empresas comprem de cadeias produtivas sustentáveis. O Reino Unido já as implantou.
TUDO ERRADO – Lula não queria saber da OCDE. Tentou outro clube, o dos pobres do Sul, um total fracasso, exceto num ponto: exportou a corrupção para a América Latina e para a África.
No governo Bolsonaro, Paulo Guedes fez profissão de fé liberal e apressou-se em pedir entrada na OCDE. Foi bem recebido no começo.
Mas ninguém é bobo neste mundo. Ao contrário, todo o mundo percebeu a volta do desmatamento com a complacência ou o estímulo do governo. E o desmonte do sistema de combate à corrupção, aplicado pela cúpula do Executivo, do Legislativo e parte do Judiciário.
RECADO DIPLOMÁTICO – Um fato, como disse o embaixador britânico, num recado diplomático mas incisivo. Notou que o Brasil até tem boas metas para a questão ambiental e bons instrumentos de combate à corrupção. O problema é a prática, que tem ido no sentido contrário.
Isso afeta a imagem do país e, sobretudo, os negócios. Como notou o embaixador, investidores são cada vez mais orientados para países com políticas verdes e sustentáveis.
É o contrário do nosso selo atual, de pária.
O governo brasileiro fala muito e pouco faz. O trabalho de Moro estava sendo magnífico e os resultados aparecendo rapidamente. Destruíram a lava jato. O desmatamento me pareceu que ia acabar, sobretudo sub a supervisão do Mourão. Infelizmente, porém, o Boçal não ajudou em nada. Ele só sabe atrapalhar.
O regime militar foi a matriz da CORRUPÇÃO, no Brasil. Toda a ladroagem e outras Ilicitudes praticadas hoje tem o DNA daquele período.
Os Órgãos de Controle não controlavam, eram controlados. O que eu não compreendia por causa da minha idade, meu pai, que foi militar, e outras pessoas lúcidas e cultas traduziram pra mim. As mega empreteiras era o carro-chefe, em volume de dinheiro desviados. Saltava os olhos, que até peão analfabeto percebia tudo.
Se, atualmente, PF, MP, e Judiciário não têm autonomia, naquela fase eram apenas serviçais da ditadura!
Ganhar aposentadoria “por ser filhO solteiro de militar”.
Depois dessa vou voltar a dormir!
Esse é o robô mais bisbilhoteiro do blog.
Eu aderi ao PDV junto com uma colega, com quem, há oito anos, repetíamos a mesma aposta, em jogo lotérico.
Atualmente, ela tem duas lojas de materiais de construção e formou os três filhos: um médico, um denfensor público estadual e uma promotora.
Satisfeito? Ou vai suicidar-se por inveja?
“… um homem, conseguir um atestado de feminilidade para receber MAIS UM beneficio, pra vocês, é café pequeno.”
Depois dessa acordei assustado!
Vai ser criativo assim lá em Rio das Pedras!
A milicada na Ferrovia do Aço encheu as burras de dinheiro. Projetos inviáveis, vários segmentos com fortunas por km, túneis e viadutos no melhor estilo suíço e…inoperantes. Passaram-se décadas para alguns segmentos funcionarem.
Um roubo.
Assalto feito por incompetentes e venais.
No pequeno município onde nasci, só para cuidar do setor agropecuário e agrário, 9 empresas e institutos sobrepostos: algumas mistas Estado + União. Do trato rodoviário era o mesmo exagero. Elas serviam de albergues a famílias inteiras. Para quem tivesse acesse à folha de pagamento era um espanto, se comparado ao número de servidores que comparecia na sinecura. Nas Companhia de Água e de Energia Elétrica: “os fantasma se divertiam”
Lembro de um projeto que grassou pelo país inteiro. Qualquer indivíduo com uma graduação voltada para o campo poderia requerer o recurso no BB. Três parcelas de 7 milhões. Não recordo a unidade monetária. Os bacanas já engajavam com o propósito de roubar. No final, o projeto sempre malograva; tudo combinado com os fiscais do BB. Próximo passo: ANISTIA.
Fico emocionado com a preocupação destes países, em relação ao Brasil.
Como são bonzinhos!
Estes de há muito, estão de olho nas nossas infinitas riquezas.
Hipócritas…