
Charge do Céllus (Arquivo Google)
Deu em O Globo
É obrigação das autoridades investigar e dirimir as dúvidas sobre o interesse que a milícia digital instalada no Palácio do Planalto, conhecida como “gabinete do ódio”, demonstra por ferramentas de espionagem.
O portal UOL noticiou que um integrante dessa milícia — investigada no Supremo Tribunal Federal sob a acusação de promover campanhas de difamação, desinformação e ataques à democracia — manteve contato em Dubai com um representante da DarkMatter, fornecedora de sistemas de arapongagem.
ESPIONAGEM DIGITAL – Composta por programadores egressos das Forças Armadas de Israel, a empresa tem sede em Abu Dhabi e vende sistemas para invadir celulares e computadores chamados “spyware”.
Seus serviços são semelhantes aos da também israelense Pegasus, acusada no ano passado pela Anistia Internacional de propiciar a invasão dos celulares de mais de 50 mil ativistas, jornalistas, políticos e personalidades de interesse espalhadas pelo mundo, até mesmo chefes de Estado.
De acordo com a reportagem do UOL, um “perito em inteligência e contrainteligência” ligado ao “gabinete do ódio” visitou no dia 14 de novembro o estande de Israel na Dubai AirShow, uma feira aeroespacial no Oriente Médio, onde manteve contato com representantes da DarkMatter.
PEDIDO DE INVESTIGAÇÃO – O texto afirma que integrantes do gabinete do ódio também buscam informações sobre outros softwares espiões como o Pegasus. Depois da publicação, a bancada do PSOL na Câmara enviou ao Ministério Público Federal (MPF) uma requisição solicitando investigação a respeito.
O MPF tem o dever de ir a fundo nessa investigação. Se provar ser apenas mais uma teoria conspiratória, cortina de fumaça ou tentativa de ridicularizar o PSOL com uma história fantasiosa de espionagem, todos ficarão tranquilos.
Mas, se a acusação for sustentada por fatos e evidências, os efeitos precisam se estender além do sistema judicial. O uso de softwares espiões contra jornalistas e oposicionistas é prática de traidores da pátria, déspotas ou mafiosos.
PAI & FILHO – Não é sensato deixar que paire suspeita de tamanha gravidade sobre o presidente Jair Bolsonaro e seu filho vereador, Carlos Bolsonaro (Republicanos), a quem o “gabinete do ódio” foi vinculado. É do interesse de ambos que se jogue luz sobre os fatos, até para que se comprove a inocência dos acusados, se for o caso.
Não custa lembrar o que afirmou em outubro o ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do inquérito das “fake news” ao absolver a chapa Jair Bolsonaro-Hamilton Mourão no julgamento por disparos em massa na campanha eleitoral de 2018: “A Justiça não é tola. Podemos absolver por falta de provas, mas sabemos o que ocorreu e o que vem ocorrendo. As milícias digitais continuam se preparando para disseminar ódio, conspiração, medo para influenciar eleições e destruir a democracia”.
Em ano de eleição presidencial, o Brasil precisa saber se há alguém em busca de ferramentas ilegais para tentar influenciar o resultado das urnas.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O editorial de O Globo (“Autoridades precisam investigar graves suspeitas levantadas contra o Gabinete do Ódio”) é procedente e importantíssimo. Mudamos o título para mostrar que, infelizmente, este editorial está destinado à lata do lixo da História. Como se sabe, as autoridades que deveriam proceder a essa investigação são a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal, dois órgãos que estão aparelhados e imobilizados pela intervenção da Presidência da República, sejamos menos ingênuos, por gentileza. (C.N,)
Os tempos são outros.
Atualmente é de conhecimento geral que as Fake News existem e são criadas com claros objetivos.
2018 não se repetirá. O eleitor já foi vacinado. Lula bilionário, mamadeira de piroca, o comunismo vem aí, kit Gay, em novas versões serão motivo de riso.
O certo seria pararem com investigações ce legalidade duvidosa, inclusive para não desestabilizarem um país já tão sofrido.
É o velho modo de operação da escória narco-socialista. O chefe do PT (partido dos traficantes) encomenda uma denúncia para a imprensa venal, após a publicação um partido puxadinho, nesse caso o PSOL, aciona o MPF ou os advogados narco-socialistas do STF e pronto, a denunciação caluniosa ganha ares de legalidade. Mais manjado do que esbarrão de trombadinha, na 25 de Março, em SP.