
Charge do Zé Dassilva (Arquivo Google)
Pedro do Coutto
O presidente Jair Bolsonaro vetou artigo da Lei de Diretrizes Orçamentária que impedia que o governo pudesse bloquear os recursos previstos para vacinação contra a Covid-19. Com isso, deixou no ar o receio de que o programa de vacinação corre risco de contingenciamento. O Congresso havia colocado no texto legal exatamente o contrário: o Executivo não poderia congelar essas verbas.
O presidente da República vetou também as emendas parlamentares que tornavam impositivos os destaques para que fossem realizadas obras direcionadas pelos deputados e senadores.
RISCO E CONTRADIÇÃO – Na minha opinião a etapa de vacinar em massa a população passa a correr risco. Quanto às verbas parlamentares, o veto significa uma contradição. No momento em que o Palácio do Planalto se empenha a favor de Arthur Lira, líder do Centrão, para presidir a Câmara, o veto só poderá causar reação negativa por parte dos deputados.
Relativamente à vacina, tenho receio de que Bolsonaro esteja tramando algo destinado a impedir o início da vacinação pelo governador de São Paulo, João Doria. Alguma coisa enlouquecida assim.
ALGO INCOMPREENSÍVEL – Os vetos poderão ser derrubados pelo Congresso Nacional, e se isso acontecer o chefe do Executivo ficará em situação ruim junto à opinião pública e também entre os senadores que se articulam para indicar o presidente daquela casa do Congresso no lugar de Davi Alcolumbre.
O que está sucedendo no governo é algo para mim incompreensível. O presidente da República parece estar contra as vacinas, sejam elas a de Oxford, Pfizer ou vindas da China ou da Rússia Politizar um tema do porte do coronavíirus revela uma inabilidade total.
OUTRO ASSUNTO – Reportagem de André Coelho e Luiz Ernesto Magalhães, O Globo de sábado, destaca providências anunciadas pelo prefeito Eduardo Paes logo ao início de sua administração recém-iniciada.
Ele anunciou que vai propor o aumento de 11 para 14% sobre os salários do funcionalismo municipal para a Previdência da cidade. A elevação é de 3 pontos, mas em relação ao desconto em vigor significa um aumento de 22%. O prefeito diz também que vai rever os incentivos fiscais que atingem 1 bilhão de reais.
Não adianta reclamar. Em nosso país os candidatos dizem uma coisa e na prática fazem outra.
1) Em 1973, o ator/cineasta/vereador pelo PDT-RJ/botafoguense/compositor Carlos Imperial, estreou o filme “Um Edifício chamado 200”, tipo pornochanchada, que também foi sucesso no teatro.
2) O Brasil hoje é este edifício… rumo, infelizmente, às 200 mil mortes por Covid.
3) O Edifício existe, foi construído em 1954 e fica na rua Barata Ribeiro, 200 – Copacabana.
Caro Antônio Rocha, o edifício existe sim, só que devido a fama o condomínio conseguiu mudar seu número para 198.
Aliás, quando ainda era 200, a imprensa publicou um acontecimento inédito no mundo: um morador foi atropelado no corredor do 6º andar por uma Lambreta.
Havia também uma piada que o saudoso Chico Anysio contava, a de que um bêbado que morava lá chegou na porta do edifício na alta madrugada e constatou que tinha esquecido a chave da portaria no apartamento. Para poder entrar gritou: -“joga a chave mulher !” – Foi parar no hospital todo machucado de tanta chave que foi atirada em cima dele.
Um bom ano novo !