
Na portaria do Alvorada, Bolsonaro responde às críticas
Ingrid Soares
Correio Braziliense
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na manhã desta segunda-feira (5/10), que indicar um nome para o Supremo Tribunal Federal (STF) ficou igual a escalar a Seleção Brasileira. A declaração foi feita a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.
“Tem muita crítica para quem eu estou indicando para o Supremo, ou não?”, questionou o chefe do Executivo. Em seguida, ele voltou a defender o desembargador Kassio Marques, indicado por ele para a vaga a ser aberta com a aposentadoria do decano, Celso de Mello.
TODO MUNDO RECLAMA – “Indicação para o Supremo, para muita gente, ficou igual escalar Seleção Brasileira: todo mundo tem seu nome, e aquele que não entrou o nome dele, ele reclama e começa a acusar o cara de tudo. Esse mesmo pessoal, no passado, queria que eu botasse o Moro (Sergio Moro, ex-ministro da Justiça)”, destacou.
“Ele (Kassio) é católico, tem uma vivência na ala militar. É mentira aquela questão que ele votou para o Battisti ficar aqui. Quem decidiu foi o Supremo, não foi ele”, emendou, numa referência ao voto de Marques contra a deportação de Cesare Battisti, em 2015.
Bolsonaro defendeu Marques novamente sobre as acusações que vem recebendo, entre as quais, de ter liberado, em maio de 2019, que o Supremo pudesse comprar lagostas e vinhos. A aquisição dos itens havia sido impedida por uma juíza federal. O presidente enfatizou que isso não tira as qualificações do desembargador.
LAGOSTAS “LEGAIS” – “O negócio das lagostas é que a liminar não pode impedir isso ou aquilo para o Supremo comprar, tem que ver se o processo estava legal, e estava legal. Senão, daqui a pouco, vai chegar filé mignon aqui, alguém vai entrar com, uma ação aqui, eu posso comer só carne de terceira. Se bem que não dou bola para isso, minha formação é militar, não dou bola para isso”, afirmou.
“Acusam ele de comunista, o Tarcísio (de Freitas, ministro da Infraestrutura) trabalhou também com o PT, parece que o ministro da Justiça também trabalhou com o PT, um montão de militar ali foi ajudante de ordens do governo do Lula e da Dilma. E daí?”.
CÓDIGO DE TRÂNSITO – O presidente também rebateu críticas de apoiadores por ter se reunido, no sábado, com o ministro Dias Toffoli, do STF, e com Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado. Ele revelou também que se encontrou, hoje de manhã, com Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara. “Eu tomei café, aqui, com Maia. Estou errado? Quem faz a pauta na Câmara?”.
Apesar de não ter mencionado detalhes sobre a reunião com o parlamentar, Bolsonaro disse que deve sancionar amanhã as mudanças no Código de Trânsito. “Talvez amanhã eu vá sancionar com ele e com o Alcolumbre a mudança no Código de Trânsito, que aumenta a validade da carteira”, anunciou.
Uma das mudanças aumenta para até 10 anos o prazo máximo de validade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e prevê elevação, ainda, no número de pontos.
Triste a opção zoológica do povo brasileiro na última eleição presidencial, ou votava no “rato” ou votava no “cavalão”.
O “cavalão” teve mais votos.
Qual é o time do Bolsonaro? Ele torce pelo Palmeiras? 🙂
Referência á seleção ou a jogador de futebol são frequentes nas bocas dos militares no poder. Por que, não sei. Será que o mundo deles é restrito aos entremuros dos quartéis e ao noticiário futebolístico? Sei que a resposta é não, que eles têm outras coisas para pensar (afinal, há mais atividades esportivas para os entreter).
Para fechar com um Post Scriptum, o Mourão vira e mexe usa um ditado citado por algum jogador ou uma figura futebolística. O Bozo recentemente falou em cartão vermelho! (ai,ai, que saco!)
Confesso que não nutro a mínima simpatia pelo boçal mas desta vez ele está certíssimo, fez aquilo que a lei lhe permite. Se agradou ou desagradou muita gente o problema não é dele, é como toda convocação da Seleção, muita gente não concorda com as escolhas do treinador.