
Charge do João Bosco (Arquivo Google)
Pedro do Coutto
Reportagem de Tiago Resende, Folha de São Paulo deste sábado, revela que o presidente Bolsonaro sancionou a lei que permite que empresas que se encontrem em recuperação judicial possam receber financiamentos públicos concedidos pelo Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES. A recuperação judicial destina-se ao parcelamento das dívidas e constitui a última escala antes da hipótese de falência. Neste caso, para haver concretização, é necessário acordo com credores.
O ministro Paulo Guedes espera que a nova lei funcione para evitar demissão dos empregados. O parcelamento pode até atingir 120 parcelas mensais e também – aí é que está – envolve o pagamento das dívidas trabalhistas até o prazo de homologação do plano de socorro empresarial.
TRATAMENTO DESIGUAL – A matéria de Tiago Resende não focaliza a correção monetária, tanto das dívidas ajustadas com os credores quanto em relação ao resgate das dívidas trabalhistas. Como se constata, há um tratamento para as empresas e outro para os empregados.
Para Guedes, o novo texto legal protege os trabalhadores das companhias em crise. A meu ver, o ministro da Economia não tem nenhuma compatibilização com os direitos dos assalariados. Pelo contrário. A lei foi sancionada com vetos: um deles, passava dos limites, atingiu um artigo do texto aprovado pelo Congresso que suspendia os pagamentos de salário no espaço de tempo entre a proposta de recuperação e a aceitação do parcelamento pelos credores.
NOVA ESTATAL – A lei foi sancionada na sexta-feira e nesse dia o presidente Bolsonaro assinou decreto criando uma nova empresa estatal, a Nave Brasil, que vai coordenar as atividades da navegação aérea do país, acrescentando suas atribuições à Infraero.
Mais uma contradição do Palácio do Planalto: Paulo Guedes quer privatizar as empresas estatais, Bolsonaro criou mais uma que vai se juntar a constelação das existentes.
Senhor Pedro Couto,seguindo a esteira do seu artigo.
O transporte público de Porto Alegre,sofre da “Pandemia Moral e Ética”.
Vejamos,o atual alcaide de POA, concede aos permissionários do transporte 39 milhões dos cofres públicos com a fachada de preservar os empregos..
Além,do governo federal,ajudar essas empresas com valores que nós desconhecemos, verdadeira caixa preta.
Os empresários nunca ganharam tanto dinheiro com essa Pandemia.
Bem verdade,Chico Propina e seus parça de SP,e outros sindicatos anestesiaram a categoria em proveito próprio.
Os empresários, forçam os “acordos leoninos” contra os indefesos trabalhadores..
PS: A balbúrdia Jurídica está instalada…
Essa de preservar o emprego é
Pura balela.
Estão demitindo por justa causa.
Reduziram em 50% os salários,mas a carga horária é 100%.
Suprimiram os tickets alimentação,deixando várias famílias de trabalhadores em situação de mendicância..
Pior, ministério público do trabalho-MTP, no momento, estão de férias.
Correto o comentário, Luiz Fernando. A prefeitura hoje só beneficia os donos das empresas e deixa o transporte uma bagunça.
Empresários no Brasil fala em “livre mercado”, “liberdade de empreender”, etc etc etc, mas só com o dinheiro do povão!