
Charge do Miguel (Jornal do Comércio/PE)
Renato Souza
Correio Braziliense
Mesmo com a popularização das novas tecnologias e a mudança radical nas práticas de difusão da informação, políticos ainda utilizam velhas estratégias na hora da campanha. Abusando do horário eleitoral no rádio e na televisão e gastando com a impressão de materiais gráficos, cada parlamentar utiliza, em média, R$ 6 milhões para se eleger. De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2014, foram gastos R$ 5,1 bilhões nas campanhas dos cargos federais, como presidente da República, governadores, senadores e deputados federais.
Entre os 10 deputados federais mais votados no último pleito, seis gastaram acima de R$ 2 milhões cada um na disputa. Entre os partidos, o PR teve as despesas mais elevadas para as campanhas, sendo R$ 10 milhões para cada candidato a deputado federal e R$ 5 milhões, para os estaduais. O DEM, o PSDB e o PP estimaram gastos de R$ 7 milhões para cada uma das cadeiras na Câmara dos Deputados.
HORÁRIO BILIONÁRIO – Em meio à discussão no Congresso para a frustrada criação de um fundo público de financiamento de campanha, inicialmente orçado em R$ 3,6 bilhões, a conta paga pelo eleitor já é alta. De acordo com a ONG Contas Abertas, no ano que vem, o governo deixará de arrecadar R$ 1 bilhão por causa da isenção de impostos para as emissoras de rádio e tevê veicularem o horário eleitoral tido como gratuito. Além disso, a Justiça Eleitoral tem um custo anual em torno de R$ 7 bilhões.
O secretário-geral da Contas Abertas, Gil Castelo Branco, aponta que, no quadro econômico atual, não se deveria debater o aumento do custo das eleições. “Antes de se discutir mais recursos para os partidos políticos, é preciso avaliar o barateamento das eleições. A democracia no Brasil já é financiada pela sociedade ao custo de R$ 7,2 bilhões em ano fora do período eleitoral. Além disso, neste ano, tivemos um fundo partidário de R$ 839 milhões”, destaca.
ELEIÇÃO CARA – Entre 2002 e 2014, o gasto por candidato durante a disputa por uma vaga de deputado federal aumentou 283%. De acordo com informações prestadas à Justiça Eleitoral por oito dos maiores partidos políticos — PT, PSDB, DEM, PP, PMDB, PPS, PSB e PR —, na campanha de 2002, cada deputado federal gastou R$ 1,6 milhão para se eleger, frente a 6,4 milhões em 2014.
Entre os mais votados que alcançaram um cargo na Câmara, o deputado Rodrigo de Castro (PMDB- MG) fez o maior investimento para conquistar os eleitores. De acordo com dados oficiais, a campanha dele custou R$ 4,5 milhões. Como obteve 292 mil votos, o político gastou em média R$ 15 para cada eleitor que conquistou — os que gastam menos, desembolsam, em média, R$ 0,50. Em segundo lugar, aparece o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), que reservou R$ 4,4 milhões para conquistar uma cadeira na Câmara.
É gostar muito da política.
É ser muito altruísta; gastar tanto $ para servir ao povo.
Bom dia e que Deus nos proteja.
PROJETO NOVO E ALTERNATIVO DE POLÍTICA E DE NAÇÃO, OU NULOS, BRANCOS E ABSTENÇÕES NELLE$. ” Em cada cabeça uma sentença.” Penso que em vez de dar mais dinheiro e mais campanhas espetaculosas e mercenárias para esses mala$ deveríamos estar empenhados em substitui-los por gente melhor e mais qualificada do que elle$ a preço de servidores públicos comuns, rigorosamente vigiados no exercício dos mandatos, sob penas rigorosíssimas.
Acho que solução seria ao invés de eleição, ser feito sorteio.
Os atuais cargos eletivos deixariam de ser remunerados, ficando o indivíduo apenas com a indenização das despesas relativas a atividade.
A cada dois anos, todos os brasileiros em dia com seus direitos, poderiam se registrar como candidatos,
sendo que a justiça faria um sorteio para cada cargo e todos teriam a oportunidade se ser sorteados e ocupar um cargo público.
Que o sorteio seja feito nos moldes das loterias da caixa, com ampla divulgação.
Economizaríamos uma fortuna e acabaríamos o profissionalismo na política, que é o verdadeiro mal que nos aflige.
Isso é muito relativo, não acredito que uma radicalização assim seria a solução. Em parte eu concordo mas teria que ter aí um, digamos … Plano Diretor!
Imagine se cada um que entrar quiser fazer de sua administração o que bem entender, com certeza seria pior do que é hoje e nenhuma obra provavelmente seria concluída, fora a roubalheira que aumentaria. Esse tal “Plano Diretor é que seria o sustentáculo de todas as benfeitorias necessárias para o bem estar social.
Em tempos de internet e recursos tecnológicos e de multi-mídia avançadíssimos bastava um microfone cadeira e mesa !!!
O povo não quer ver mais espetáculo, basta o candidato expor seu plano de trabalho e pronto, sem muita firula.