
No dia 22 de outubro, aqui, no site da Tribuna da Imprensa, publiquei artigo sobre possíveis divisões internas no PSB, entre as correntes de Marina Silva e Eduardo Campos, e no PSDB colocando em confronto Aécio Neves e José Serra. Em ambos os casos em torno da obtenção das legendas para disputarem a sucessão presidencial de 2014 contra Dilma Rousseff. Os duelos estavam nas respectivas atmosferas partidárias, entre sombras. Agora não. Vieram à plena luz do dia. Basta ler a Folha de São Paulo de quinta-feira, página 8.
Torna-se fácil traduzir as palavras e a disposição agora nada oculta de Marina Silva. Como Eduardo Campos reagirá aos dois posicionamentos? Ainda não se sabe. E se o governador de Pernambuco custar muito a responder, deixa a impressão que foi levado à defensiva dentro da própria legenda da qual é presidente e nessas condições avalizou a entrada de Marina Silva. Na recente pesquisa do Datafolha, Marina alcançou 29% das intenções de voto. Eduardo campos 15 pontos, praticamente a metade. Sua posição na liderança partidária ficou abalada.OS TUCANOS
Na esfera tucana, os repórteres Marina Dias e Felipe Amorim revelam que José Serra apareceu em maratona organizada por Aécio Neves junto a prefeitos paulistas e afirmou: o futuro não está definido. O que está definido é que vou estar na batalha. A qual futuro ele se referiu? Só pode ser o processo de escolha do candidato pela convenção nacional. Aécio neves, inclusive, foi surpreendido com a presença de seu adversário, sobretudo porque somente na véspera Serra avisou de seu comparecimento ao encontro. Isso, claro, no sentido de imobilizar qualquer reação negativa por parte do senador mineiro. Eugênio Juliani, organizador do encontro, acentuou que o convite havia sido feito há alguns meses, mas Serra não respondera se estaria ou não presente.