Jorge Nicola
A iminente chuva de ações na Justiça comum de torcedores da Portuguesa contra o rebaixamento do time, decretado nos tribunais esportivos, já ligou o alerta da CBF. E existe um estudo para viabilizar o Brasileirão de 2014 com novo tamanho e formato.
O presidente da CBF, José Maria Marin, conversou nos últimos dias com Marco Polo Del Nero, seu vice, sobre a possibilidade de a edição deste ano contar com 24 clubes, incluindo Lusa, Vasco, Ponte e Náutico, que caíram.
Até a Globo já entrou na conversa e deu seu pitaco: a emissora que paga os direitos de transmissão do Brasileirão quer a volta da fórmula do mata-mata – os índices de audiência do campeonato desde a introdução dos pontos corridos, em 2003, despencam ano após ano.
Em cima disso, a CBF cogita organizar um torneio com dois grupos de 12 times, cada. Eles se enfrentariam em turno e returno, apenas contra adversários de sua chave. Os quatro primeiros colocados de cada grupo passariam às quartas de final, quando começaria o mata-mata.
Existe importante vantagem prática em um eventual Brasileirão desta maneira: ele só teria 28 datas, dez a menos do que o modelo de 2013. E o futebol nacional vive problema sério de calendário, principalmente pela realização da Copa do Mundo, que vai abocanhar quase dois meses do ano.
Política – Por trás de uma eventual virada de mesa, também há um cunho político. Em abril, ocorre a eleição para a presidência da CBF e apenas os presidentes de clubes da Série A têm direito a voto. Com a inclusão de Lusa, Vasco, Ponte e Náutico, Marco Polo, candidato da situação, pode garantir mais quatro votos.
Além dos times, têm direito a voto os presidentes das 27 federações de futebol do país. Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians, será o candidato da oposição.
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NOTA DO COMENTARISTA PAULO PERES – Torcedores do Vasco também estão se mobilizando para entrarem com ações na Justiça comum, tendo em vista que o STJD, no julgamento da partida Atlético PR X Vasco da Gama, não respeitou o regulamento da competição, o Estatuto do Torcedor etc.
(texto enviado pelo comentarista Paulo Peres)
E continuamos com a Republiqueta de Bananas de Nóis Todos.
E o futebolzinho dos filhos do marinho continua na mesma de todos os anos com MARACUTAIS REGADAS a boa e velha CORRUPÇÂO…….
Advogado aciona Justiça comum em favor da Portuguesa
Quinta-feira, 02/01/2014 – 17:01
Parece que o Campeonato Brasileiro de 2013 está mesmo longe de acabar. Após a chamada ’40ª rodada’, em que os destinos de Portuguesa e Fluminense foram selados no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o caso do rebaixamento da Lusa pode ganhar novo capítulo. Delmiro Aparecido Goveia, advogado e ex-presidente do União Mogi, de Mogi das Cruzes, cidade da região metropolitana de São Paulo, entrou nesta quinta-feira com uma ação no Juizado Especial Cível da cidade, que tem como réus a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o próprio STJD.
De acordo com Goveia, sua intenção no processo é que seja suspensa a multa de R$ 1 mil e a devolução dos quatro pontos à Portuguesa, e seu pedido na Justiça comum está legitimado pelo Estatuto do Torcedor.
– Eu sou um torcedor e me sinto no direito de mover uma ação porque acompanho o campeonato. Espero que seja acatado e que a Portuguesa seja mantida na Série A, uma vez que os auditores do Tribunal não tiveram coragem e tampouco foram legalistas para aplicar a lei de forma correta. Aplicaram somente o Código (Brasileiro de Justiça Desportiva) para favorecer os times grandes – opinou o advogado.
Goveia registrou o processo no Juizado Especial, já que, segundo ele, este tipo de juizado não há custos quando a ação se baseia em um valor inferior a 20 salários mínimos, que é o caso desta ação, e é conhecido por ser mais ágil na execução das ações.
– O Judiciário está em recesso até o próximo dia 6 de janeiro, o processo só terá continuidade durante esta sexta-feira se o juiz de plantão der seguimento ao caso – explicou.
A punição à Lusa só foi divulgada pelo site da CBF na segunda-feira (09/12/2013), um dia após a última rodada do Campeonato Brasileiro, e é nisso que se baseia o advogado na sua tese, alegando que a pena se torna nula diante do que rege o Estatuto do Torcedor.
– “… o que precisa ser observado, e até agora não foi, é que a Lei nº 12.299, de 27.07.2010, que alterou alguns dispositivos do Estatuto do Torcedor (Lei nº 10.671/03), modificou expressamente a forma de publicação de qualquer decisão da Justiça Desportiva, inclusive aquelas do STJD do futebol. O art. 35 do Estatuto do Torcedor, após afirmar que as decisões da Justiça Desportiva, em qualquer hipótese, devem ter publicidade igual a dos tribunais federais, determina expressamente que todas as decisões deverão ser disponibilizadas no site da entidade de organização do desporto, no caso, o site da CBF, sob pena de serem nulas, conforme previsão expressa do art. 36 do mesmo Estatuto (Lei nº 10.671/03)” – diz um trecho da ação proposta por Goveia.
Procurada pela reportagem do GloboEsporte.com, a CBF não atendeu as ligações para comentar sobre o caso.
Fonte: GloboEsporte.com
Não acredito na mudança do formato do atual sistema de pontos corridos, a alteração precisaria ter autorização do Conselho Nacional do Esporte e poderia desencadear uma greve liderava pelo Bom Senso. Tanto a Fifa quanto a CBF já advertiram a Portuguesa e poderá sofrer punições esportivas. Uma pergunta ficar no ar. Caso um grande time seja eliminado antes da fase eliminatória, quem vai pagar o prejuízo da longa inatividade durante três meses.?? A Globo??? Duvido. E quem garante desvalorização das marcas dos clubes fora do eixo Rio/SP?? Qual empresa vai querer patrocinar alguém fora dos grandes centros, orçamento menor, menos espaço na mídia e sem atividade de outubro até janeiro?? E os campeonatos estaduais do Estado de Goiás, nordeste, Minas… tem tanto apelo midiático???
A solução seria criar no máximo onze datas e mudar o formato dos estaduais. A questão fica por contada falta de atividade dos clubes pequenos. Nenhum dirigente da CBF e das federações querem trabalhar para deixar a maioria dos clubes em atividade durante toda a temporada, preferem fazer agrados e perpetuarem no poder. Seria bom para todos criarem uma longa fase classificatória durante o segundo semestre e os melhores enfrentariam os grandes nas fases finais.
Eu acho que a CBF devia juntar todas as divisões numa só e fazer um campeonato com 150 clubes, seria sensacional. O torcedor não importa, eles têm mais que pagar(caro) o ingresso, já que o aumento é para compensar os ingressos dados gratuitamente para as “organizadas” (que de organizadas não têm nada). Para a imprensa também não vai mudar muita coisa, já que aqueles que falam sobre o esporte, como não entendem nada mesmo, tanto faz falar do Flamengo como do Canto do Rio.
Prezado sr. Nicola : Tomo a liberdade de fazer uma sugestão, posso ? Que tal se a CBF, durante o Campeonato Brasileiro, todos os dias anteriores às das partidas, divulgasse quais os atletas não estariam em condições de jogar o próximo jogo. O motivo do impedimento seria irrelevante. Caso fosse suspensão, caso fosse documentação incompleta ou qualquer outra proibição, já haveria um informação em caráter nacional que determinados atletas estariam ” impossibilitados ” de entrar em campo. Com certeza isto desmascarava a posição canalha do jogador se fingindo de inocente, do técnico alegar que não foi avisado, do advogado do clube deixar de falar bobagens numa audiência e do presidente do clube, como sempre despreparado, em atitudes e declarações ridículas que a imprensa adora publicar. Atitudes como essas, penso eu, somente seriam para mostrar respeito ao torcedor e a CBF melhorar a sua desmoralizada imagem.