
Charge do César (Arquivo Google)
J.R.Guzzo
Estadão
Prepare-se para ser roubado, mais uma vez, pelos juízes e procuradores brasileiros – estes mesmos que não conseguem passar nem cinco minutos sem dizer o quanto lutam pela igualdade e o quanto combatem os acumuladores de renda e outros malfeitores sociais. Está de volta, pela mão dos serviçais que mantém no Senado e na Câmara, o “quinquênio”, uma das mais infames trapaças que a máquina burocrática, especialmente a do Judiciário, já conseguiu aplicar contra o interesse público no Brasil.
Por essa aberração, extinta em 2005 e ressuscitada agora pelo sindicalismo judicial e seus despachantes no mundo político, você terá de pagar a cada cinco anos um aumento salarial automático de 5% para todos os juízes e integrantes do Ministério Público.
ENCHER O BOLSO – Esse aumento é extorquido do Erário pelas piores razões. Não é dado porque os magistrados trabalharam mais nesse período, ou porque trabalharam melhor, ou porque cumpriram alguma meta; nada disso.
O quinquênio é arrancado do bolso do pagador de impostos única e exclusivamente pela passagem do tempo. Você pode ser o pior juiz sobre a face da Terra; vai encher cada vez mais o seu bolso à medida que fica mais velho.
A qualidade da Justiça brasileira, em todos os rankings internacionais sérios, é uma das piores do mundo. Como premiar com mais um aumento salarial, assim, os responsáveis diretos pela impunidade que o crime desfruta no Brasil, pela demora absurda dos processos e pela inépcia pura, simples e histórica da justiça nacional?
SEMPRE MAIS… – Quanto mais miserável é o serviço que presta, mais caro o Judiciário custa para o cidadão que paga por sua existência.
A despesa média com um magistrado, hoje, está na casa R$ 50 mil reais por mês, o que já é ganho de gente rica – mas as aglomerações sindicais que ao longo dos últimos anos transformaram a magistratura numa “categoria” estão entre as mais vorazes do planeta.
Querem sempre mais, e estão querendo mais agora. Já tem os privilégios mais extravagantes do sérvio público brasileiro: férias de 60 dias por ano, “auxílios” moradia, alimentação, transporte, educação dos filhos, viagens, livros, plano médico cinco estrelas e por aí vai.
À BEIRA DA MISÉRIA – Agora, como se juízes e procuradores estivessem à beira da miséria, estão trazendo de volta o quinquênio, com apoio entusiástico do Legislativo.
A demência na remuneração e nas regalias do Judiciário é uma manifestação evidente do câncer mais devastador que consome a administração pública brasileira: o controle da máquina estatal por interesses particulares.
A Constituição de 1988 e a maçaroca de leis criadas como fungos sob a sua sombra permitem, o tempo todo, que grupos com organização, poder e influência, como é o caso do Judiciário, façam o Congresso aprovar medidas em seu benefício material direto. Já o interesse da imensa maioria da população, que paga cada centavo de tudo isso através de impostos, não tem nenhuma voz que o proteja. É óbvio porque as coisas são assim. A população não tem nada a oferecer aos políticos. Os juízes e promotores oferecem a proteção das varas penais e cíveis aos senadores e deputados. Estão subindo na vida, cada vez mais, com esse comércio.
Finalmente o Sr. falou coisa com coisa.
Guilhotina é a solução!
Guilhotina é a solução ?
Enfim um pouco de coerência desse senhor, até relógio quebrado acerta duas vezes no dia.
Tenho na segunda Vara da Subseção Judiciária de Juz de Fora um Processo para revisão de meu Benefício e agora em 31 de maio, completara um ano que o referido Processo se encontra Concluso para Sentença, extrapolando o Artigo quinto da Constituição, o CPC e o regrame que norteia os trâmites de Processos no Judiciário. Tal regramento, preve no máximo 90 dias. Este é o Judiciários brasileiro. Este é um país dr Direito, a Justiça é engodo.
Aleluia!!! O GuzzoBozo esqueceu do Lula e fez uma excelente matéria. Aí , Guzzão , continue assim!