
Charge do Sid, reprodução do Arquivo Google
Pedro do Coutto
O jornalista Eduardo Oinegue – reportagem de Marina Dias, Folha de São Paulo de sexta-feira – entregou ao presidente Michel Temer a proposta de um plano de comunicação do governo destinado à opinião pública brasileira. Seria um novo plano? Não. Seria o primeiro a ser colocado à mesa do Palácio do Planalto, pois até agora na realidade não existe plano algum.
Eduardo Oinegue, experiente profissional da imprensa, projetou uma unidade de pronunciamentos a ser observada pelos ministros, a fim de evitar as vacilações que têm ocorrido, marcadas por avanços e recuos, além de incluírem opiniões conflitantes.
Perfeito. Mas acima de tudo um sistema eficiente de comunicação exige a precedência de fatos concretos de interesse da população, remetidos às redações de forma jornalística, o que equivale a dizer de forma clara e substantiva. Sem fatos, qualquer comunicação torna-se frágil.
SEM PROPAGANDA – E não adianta recorrer à publicidade, pois esta só funciona na esfera comercial. Não no universo político, econômico e social. A publicidade encanta pela fantasia que coloca no mercado de consumo. Propõe financiamentos sem juros, o que é impossível na inflação, destaca a qualidade dos produtos à toda prova, em prazos sedutoramente eternizantes, e por aí vai.
Na onda dos juros zero, não se revela estarem as verdadeiras taxas embutida previamente nos preços. Há até uma empresa que patrocina o JN da Globo, horário de grande audiência, e acena com empréstimos até para inadimplentes, titulares de créditos negativados.
A comunicação jornalística é, para início de conversa, gratuita e representa um teorema. Teorema é o que tem de ser comprovado na prática. Nesta altura, peço opinião de especialistas em matemática, como é o caso de Flávio José Bortolotto e Wagner Pires. E se a informação política é um teorema em sua essência, ela requer fatos concretos, por parte do governo, para transportá-los ao endereço da opinião pública. E, neste ponto, começamos a medir as reações que a comunicação desperta no povo.
EXEMPLO DE JK – O presidente Juscelino Kubitschek, sem recorrer a marqueteiros de plantão, e de forma absolutamente jornalística, alcançou a melhor comunicação brasileira de todos os tempos. Criou, como definiu o deputado Paulo Pinheiro Chagas, a filosofia do desenvolvimento, tornando-se – acrescentou, recorrendo à poesia – um contemporâneo do futuro.
Por isso, com base nesse exemplo de JK, sugiro a Eduardo Oinegue que se inspire no processo de informação jornalística de 31 de janeiro de 56 a 31 de janeiro de 61. E não tente minimizar a oposição.
A oposição, outro princípio de JK, é indispensável a todos os governos democráticos. Nenhum presidente pode se limitar a ouvir somente seus aliados. Eles os conduzem à ilha da fantasia, elogios em cima de elogios.
É indispensável ouvir os contrários para estabelecer o princípio tese, antítese e síntese. Além de tudo, é a oposiçao que alerta para os erros inevitáveis do poder e, no fundo, estimula o desafio de governar para o povo brasileiro, sem distinção de classes sociais e além das fronteiras partidárias.
O grande e experiente Jornalista Sr. PEDRO DO COUTTO ao tratar da Comunicação do Governo com a Sociedade, diz que: Publicidade/Propaganda do Governo é um Axioma (ex. A soma dos ângulos internos de qualquer triângulo é 180º). Não requer comprovação. Já a Comunicação do Governo é um Teorema, requer comprovação, sempre terminada com Q.E.D. (Quod Erat Demonstrandum). Ex. Teorema de PITÁGORAS ( O quadrado da Hipotenusa é igual a soma dos quadrados dos Catetos).
Cita como exemplo a se inspirar o dinâmico Presidente JUSCELINO KUBITSCHEK ( PSD-MG), a quem eu LACERDISTA( UDN-DF) perdoo tudo, tudo.
JK foi um gênio da Administração Pública/Comunicações.
Como Prefeito de Belo Horizonte-MG construiu num Fim de Semana, uma Avenida de 6 Km de comprimento. Simplesmente dividiu os 6.000 m em 150 sub-Empreitadas de 40m cada, e entre Sexta-Feira a noite, Sábado e Domingo, a Obra foi feita, correndo o tráfego já Segunda cedo. Fez isso para mostrar que se um Prefeito pode fazer uma Avenida de 6 Km em um Fim de Semana, pode fazer tudo o mais que a Capital necessitava.
No Governo do grande Estado de Minas Gerais usou como Axioma de sua Administração o Binômio ” ENERGIA & TRANSPORTES” e como Teorema um “Plano de Metas”. Na Presidência da República inverteu o Axioma Estadual, agora ficando ” TRANSPORTES & ENERGIA), e como Teorema: um Plano de Metas de 30 Metas, acrescentando a Meta-Síntese: Construção de Brasília em 4 anos, ( e aí, a meu ver, extradulou financeiramente), e os cumpriu plenamente, demostrando cabalmente o seu Teorema.
Mas a meu ver, LACERDA lhe era superior, como demonstrou em seu Governo do Estado da Guanabara (1960-1965), porque era um JK , COM OS PÉS NO CHÃO.
O Presidente MICHEL TEMER (75) PMDB, deveria se inspirar nesses dois grandes Administradores Públicos, e na sua Comunicação com a Sociedade, usar o Axioma: “VOLTA DO CRESCIMENTO ECONÔMICO” e como Teorema, um Mini-PLANO DE METAS até 31 Dez 2018, entre o que, propusesse na Indústria da Construção Civil, vender 550.000 Aps/Casa/ano, atual 350.000, e pico em 2010 700.000;
Na Indústria Automobilística vender 3.200.000 Automóveis/ano, atual 2.350.000, e pico em 2010, 4.000.000. E assim por diante.
E PODE deve fazer rápido.
São grandes e boas idéias, mas, com tantos carrapatos no governo e no congresso, torna-se sonhos. Para mim, esse será um governo, como diz o ditado popular, “será levado com a barriga”. Demitir um ministro por querer reaver para o governo onze bilhões de reais, e depois alega que é preciso vender ativos para repor no tesouro. Qual o profissional de comunicação vai convencer o povo que o governo tá certo.
Essa gente quer é FAZER LAVÁGEM CEREBRAL NO POVO. Todos corruptos a serviço de uma elite comprometida com o capital internacional. Tendo como desiderato avassalar o Brasil. Eles já mostraram a que vieram. Venderam 90% de um gasoduto da Petrobrás. Tudo o que estão fazendo e pretendem fazer deveria ser primeiro consultado ao povo.
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Rebimboca da parafuseta
Parte I – No país com mais de 206 milhões de pessoas, 144 milhões possuem titulo de eleitor, +/- 25 milhões são menores de 16 anos e 37 milhões estão “perdidos” por aí, sem lenço nem documento.
144 milhões de eleitores é igual a 144 milhões de cnpj e apenas 28 milhões entregaram a declaração de IR, privilegiados porque 116 milhões estão isentos pois recebem menos de 2.160 reais por mês.
Parte II – “quase metade dos brasileiros sobrevive com ATÉ um salário mínimo”
São 103 milhões se ferrando como desempregados, subempregados, formais e informais.
Parte III – Rebimboca a droga da rebimboca
O produto do sonho de cada brasileiro é impossível de realizar porque ele é muito caro, ficou muito caro. Faz parte do custo um tropel de tributos e benefícios além da matéria prima e mão de obra, todos inclusos no preço:
ICMS
IPI
IR
PIS
Cofins
ISS
Adicional de supérfluo
PLR
Férias
1/3 de férias
13º salário
DSR
Vale refeição
Vale transporte
Outros vales
INSS
Sistema S
FGTS
40% de multa FGTS
10% de casquinha da multa do FGTS para o gobierno de bostia
Matéria prima
+ Um tiquinho de salário
Parte IV – Privada acima e estatal abaixo
Não tem dono, vale tudo, super povoada com indicados, concursados, super salários, superfaturamentos, propinas, baixa produtividade, nunca vai ter fim porque é um conto do vigário muito convincente como ter 10 vigaristas em torno do otário torcendo para que ele acerte onde esta a bolinha.
É Cpf, cnpj são 12 milhões.