
Ilustração reproduzida do Arquivo Google
Natuza Nery
Folha
A prisão de Anthony Garotinho (PR) e Sérgio Cabral (PMDB) elevou ao nível máximo o senso de urgência dos congressistas que querem aprovar uma anistia ampla e explícita aos alvos da Lava Jato. Esse grupo suprapartidário diz que, se é para assumir um desgaste dessa magnitude, que seja para obter um salvo-conduto seguro. Em outras palavras: a garantia de que não serão atingidos pela nova lei do caixa dois nem enquadrados em práticas como corrupção e lavagem de dinheiro.
Um dos nomes cogitados para assumir a autoria da emenda da anistia foi o do deputado João Campos (PRB-GO), coordenador da bancada evangélica e vice-coordenador da bancada de segurança pública.
Campos confirmou que foi sondado, mas disse que é frontalmente contra a anistia e que jamais aceitaria cumprir tal papel. “Não contem comigo. É questão de princípio, a minha atuação na Câmara não permite andar nessa direção.”
NAS SOMBRAS – O deputado não quis dizer quem o abordou, mas afirma acreditar que todos da comissão que discute o pacote anticorrupção do Ministério Público — e onde pode ser incluída a emenda da anistia — devem ter sido procurados.
Por essas e outras, o movimento Vem Pra Rua vai montar neste domingo (dia 20) um “muro da vergonha” na Avenida Paulista com o nome dos deputados que não apoiam o projeto das dez medidas contra a corrupção.
MENOS PARLAMENTARES – Outro detalhe da situação dos políticos – até esta sexta-feira (dia 18), o projeto com maior aprovação popular no portal do Senado era a emenda à Constituição que reduz o número de congressistas dos atuais 594 para 439, um corte de 26%. A proposta tinha quase 1 milhão de “joinhas”.
Apresentada pelo senador Jorge Viana (PT-AC), a PEC está na CCJ e recebeu parecer favorável de Randolfe Rodrigues (Rede-AP) na última quarta-feira (dia 16).
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É o fim da picada. os políticos continuam brincando com a opinião pública e querem ser anistiado tipo confissão a padre – per secula seculorum. Quanto ao projeto de emenda do senador Jorge Viana, é altamente benéfico e vai reduzir os custos do Congresso. Precisa ser logo aprovado. Mas será que isso acontecerá? Mais parece um sonho. (C.N.)
Existe coisa pior que político corrupto ?
Sim !
Os cidadãos que os defendem !!!
Verdade seja dita.
O Trem Sem Medo conseguiu unir o Brasil.
Só que contra o seu governo Temeroso ! ! !
FORA Micheque TEMER ! ! !
A Henriqueta vem ai…?O coadjuvante
Brasil 19.11.16 17:15
No Estadão, João Domingos prevê que “em breve” o PMDB reassumirá seu papel mais comum desde a redemocratização.
“O PMDB deverá voltar a ser coadjuvante por uma série de razões. Uma delas, a mais evidente, pode ser atribuída à Operação Lava Jato. Praticamente sem exceção, os principais nomes do partido ou estão sendo investigados, ou estão presos, ou encontram-se sob risco de irem para a cadeia. O presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), coleciona uma dúzia de pedidos de investigação. O presidente do partido, Romero Jucá (RR), também é citado pela Lava Jato, assim como ministros próximos a Temer. O próprio presidente corre lá seus riscos.”
Se conseguirem passar esse absurdo da Anistia para os corruptos será um vitória de pirro. Ganharão, mas não levarão. Contestarão sob o argumento de inconstitucionalidade no STF.
Trata-se de uma Lei para beneficiar o legislador corrupto e não à sociedade. Além do mais, o dinheiro que irrigava o caixa 2 foi produto de desvio dos cofres públicos, o que configura formação de quadrilha destinada a arrecadar fundos para legisladores e Partidos Políticos, que deveriam em tese sofrer processo de cassação da legenda.
“E a gente vai vivendo neste país do faz de conta.”
Uma anistia, um habeas corpus para delitos.
O crime organizado cada vez indo mais longe e só a Justiça não vê… pudera, ela tem uma venda.
E só enxerga o que lhe interessa…