
Mesmo preso, o traficante Nem manda na Rocinha
Pedro do Coutto
O governador Luiz Fernando Pezão, além de atrasar incrivelmente o pagamento mensal dos funcionários, à espera de ajuda federal, está se notabilizando pelo absoluto silêncio em relação as violentas explosões de insegurança nas ruas e nas estradas, pois se mantém inerte diante do “terror no asfalto”, retratado pela reportagem de Bruno Alfano, Daiana Rezende e Gabriel Oliveira, em O Globo desta quarta-feira – bandido assalta e mata aposentada em Niterói; tiroteio no Shopping Rio Sul, neste caso com a morte do criminoso; bando armado de fuzis invade Hospital do Fundão e médicos foram tornados reféns.
Diante do quadro caótico de insegurança em que se encontra-se a população da cidade do Rio, o prefeito Marcelo Crivella deve estar preocupado e sentindo os efeitos da onda de descontrole urbano. O Rio, como dissemos ontem aqui na Tribuna, tornou-se uma cidade aberta ao crime e a violência. O panorama conduz à perplexidade.
DIÁRIO DA VIOLÊNCIA – A tal ponto chegou o vandalismo que O Globo lançou em suas páginas o que classificou de “diário da violência”, um espaço que destaca frontalmente o desmonte da política de segurança do estado.
Nesse panorama, advogados criminalistas chegaram a se reunir – segundo reportagem de Vera Araujo, O Globo de terça-feira – para propor uma estranha solução destinada a restabelecer a segurança pública. Seria um pacto a ser celebrado pelo poder público com chefes criminosos que se encontram presos.
Como a Prefeitura do Rio insere-se entre os poderes públicos, deixo a sugestão de opinar sobre a matéria para a vereadora Tereza Bergher, que há poucas semanas deixou a Secretaria Municipal de Assistência Social para votar contra o aumento do IPTU. Uma vereadora atuante como ela tem a oportunidade de trazer uma contribuição municipal para defesa da liberdade pública nas ruas, nas praças e nos parques do Rio.
ADVOGADO DE NEM – O pacto sombrio entre os bandidos e o governo estadual está sendo coordenado pelo advogado Jaime Fusco, que defende o traficante Antonio Francisco Bonfim Lopes, conhecido como Nem e que, segundo o noticiário, mantém sua influência na área da Rocinha, apesar de sua reclusão na penitenciária de Rondônia.
A proposta espantosa significa o enfraquecimento ainda maior do governo estadual. Vejam bem. Os criminosos separados da vida da cidade pelas portas da prisão continuam em condições de influir decisivamente para conter os assaltos e assassinatos em série que têm lugar nas vias urbanas da cidade.
O tema insólito foi pauta de uma entrevista de Jaime Fusco com o jornalista Ricardo Boechat, no programa da Band News. A rádio Band News está alcançando índices muito altos de audiência, principalmente nos táxis que cortam a cidade. Jaime Fusco afirma que a proposta é urgente e necessária para desarmar a bomba relógio em que se transformou o panorama carioca e fluminense.
O QUE DIZ PEZÃO? – Vamos ver se o governador Luiz Fernando Pezão sai da esfera do silêncio e se pronuncia a respeito. Só o fato de tal proposta ter sido colocada à mesa da decisão já revela uma dupla falência: a da segurança pública e a do sistema penitenciário estadual e federal.
Um outro assunto: O repórter Bruno Dutra, em O Globo de ontem, informa que o INSS pagou aposentadorias a 1.256 pessoas mortas durante 12 anos. Este fato deve ser do conhecimento do Ministro Henrique Meirelles e talvez faça com que ele tome providência concreta para conter o prejuízo das falsificações, ao invés de pressionar o Congresso para implantar uma reforma previdenciária que dificulta as aposentadorias legais.
Na verdade o déficit do INSS encontra explicação na ilegalidade. A sonegação por parte de empresas e a não fiscalização é que tornam o INSS alvo de roubos em sequência.
A JBS, quando Meirelles participou em sua administração, já devia quase 2 bilhões, não mandou pagar, hoje sinistro da fazenda, faz vista grossa, e pelo tempo, já ultrapassa em muito 2 bilhões, e não cobra, e o sinistro, com o Temeroso, estão a destruir os Direitos do Trabalhador, em confraria com os safados da câmara e senado.
Olha como são estes políticos, o desgovernador Luiz Fernando Pezão, o incompetente, pegou a fala de Leonel Brizola, o qual sabia o que falava e tinha consciência do que poderia ocorrer nas favelas, caso a polícia militar subisse os morros, muita gente inocente poderia sofrer danos, foi taxado de protetor de bandidos pela rede globo, diferentemente de Pezão, este pegou a fala de Leonel Brizola e disse a mesma declaração, só que foi diferente, bandidos trocavam tiros por posse na favela, policiais militares tiveram que fugir por ser número pequeno nesta guerra, aí se vê a incompetência deste desgovernador, ele, Pezão, é uma piada.
Roberto, é isso mesmo. Antes do governo Brizola, a televisão mostrava como a polícia tratava os moradores das favelas: ficava nas entradas das favelas abordando trabalhadores com truculência, era tapa na cara e outras humilhações, mediam o pé na porta dos barracos e invadiam. Certa vez a televisão mostrou uma pessoa com um cesto cheio de carteiras de trabalho, que foram retiradas do rio Acari, jogadas pela polícia.
Ninguém se torna marginal de uma hora para outra. A marginalidade é um processo que vem da infância, e em cada governo a tendência é aumentar, pela falta de educação, ampla geral e integral, que todos os governos com exceção do Brizola abandonaram.
Caro Nélio,
Se a falta de “educação” torna as pessoa bandidas, o MAIOR BANDIDO do Congresso Nacional deve ser o TIRIRICA…
-Ou estaríamos confundindo falta de “educação” com falta de “ética” e com falta de conhecimento?
Prezado Francisco Viera,
Eu me referi a violência urbana, Quem tem maior probabilidade de seguir o caminho da marginalidade, uma criança numa escola de tempo integral, ou uma criança, que passa a maior parte do tempo nas ruas?. O tiririca pode não ter um grande currículo escolar, mas deve ter tido boa educação familiar.
Não se pode confundir cultura com educação e ética. Os bandidos que infestam o Congresso podem ter cultura, mas não tem educação ética.
Um abraço.
Nélio Jacob, isto mesmo, o grande projeto de Leonel Brizola e Darcy Ribeiro, foram jogados no lixo da incompetência por governos posteriores, os Cieps deveriam continuar e ser melhorados, mas esta elite podre que só quer roubar, hoje está assistindo esta violência alarmante, que não atinge só o pobre, mas ricos também, deveriam responder criminalmente, Leonel Brizola e Darcy Ribeiro sabiam o que estava por vir e se preocupava com a educação integral.
Abs.
Valeu Roberto.
Quando os bairros mais ricos,não sofriam tanto, com a violência urbana e os bairros pobres sofriam. Lembro nos anos 80, Darcy Ribeiro disse: futuramente os ricos terão que colocar grades, muros altos e seguranças para se protegerem dos criminosos. É o que nós vemos hoje. A tendência é piorar.
Um abraço
Caro Jornalista,
O CONSUMO TÁ LIBERADO. A META AGORA É LIBERAR O TRÁFICO.
O crime organizado, através dos seus representantes infiltrados nos altos escalões dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, conseguiu liberar o consumo de drogas no Brasil e hoje o “nosso” consumo é quatro vezes maior do que a média mundial e já somos o segundo mercado consumidor do planeta.
Hoje é possível ver homens, mulheres e crianças se drogando em paz em qualquer centro urbano e é mais fácil para qualquer pessoa comprar cocaína do que antibiótico sem receita…
Como droga não brota do asfalto para os usuários, o próximo passo agora será liberar o tráfico, o que eu acho “natural” de acontecer, haja vista a banalização do consumo com o consequente aumento da base eleitoral dos candidatos dos traficantes.
-Bem-vindos ao paraíso prometido pelos “revolucionários” que pregavam contra 1964. E que venha a liberação!
Se o traficante está sob custódia, mas ainda negocia sobre o que acontece na sua comunidade, a falência não é apenas e, obviamente, da segurança pública, do sistema penitenciário estadual e federal, mas de toda sociedade que permite a omissão ou conivência do Legislativo e Judiciário. Como a população não está minimamente assistida por estas autoridades que são tão regiamente pagas para se omitirem ou serem coniventes com este estado de coisa, cabe sim, uma ação em tribunal internacional. Já que estas autoridades se protegem tanto, que sejam julgadas pela humanidade. Pelo mundo. Que Pezão ou a Alerj responda ao mundo a razão de ainda ser gonvernador do estado.
Parabéns! Apenas para corroborar: No Brasil, organizado, somente o crime!
Muita gente fica espantada de ver os CAPOS das favelas exigirem pedágios dos comerciantes, para manterem seus negócios. funcionais. Os traficantes não inventaram esse tipo de custódia espoliativa. Procurem saber na bíblia o que eram as Cidades Tributárias”
Depoimento de moradora:
“Desde a quinta-feira passada a gente foi avisado que a qualquer momento teria confronto. O Nem (o traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, preso em Rondônia) mandou recado dizendo que o Rogério (Avelino, o Rogério 157, chefe do tráfico na comunidade) tinha de sair da Rocinha até domingo. Rogério não saiu e disse que o Nem teria de vir da cadeia até o morro, para tirá-lo”.
“No domingo, às 6 horas, começaram os fogos, para avisar que ninguém poderia sair de casa. Umas 9h30 começou o tiro, muito tiro mesmo, correria, pessoas fechando seus comércios rapidamente. A gente em casa, sem luz nem água, sem poder sair. Os PMs nem se mexiam. Os bandidos passavam por eles e gritavam: ‘Fiquem quietos que não é com vocês, é entre nós'”, disse Lúcia.
“Aqui, tanto bandido quanto policial pega o nosso celular para ver o que tem. O bandido quer saber se tem vídeos com imagens deles. O policial quer ver se estamos ajudando traficante. Os vídeos que filmam da janela e espalham são aterrorizantes: olho arrancado, gente queimada viva, cabeça cortada, pernas espalhadas. São cruéis dos dois lados, estão ali para matar e morrer”.
“A vida ficou muito cara na Rocinha por causa do Rogério. O pessoal dele cobra R$ 90 pelo botijão de gás. Eles cobram taxa dos donos de supermercados, da água mineral. E passou a ter roubo, estupro, violência doméstica. A gente não pode reclamar com a polícia, até porque a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) não existe, fica só na rua principal”.
“Como mãe, fico muito nervosa. Meu filho menor se treme todo quando tem tiro. Segunda e terça-feira não teve aula, só hoje. Trabalho com o coração apertado, com medo de o mais velho, que cuida dos menores, me ligar para dizer que o tiro voltou. A polícia entra nas casas. Imagina se entram e pegam meus três meninos lá… Tem patrão que não entende, então as pessoas se arriscam a sair, mesmo proibidas, para não serem demitidas.
Na segunda-feira, tinha TOQUE DE RECOLHER (dado pelos traficantes) às 17 horas, e meu irmão saiu às 18 horas para o trabalho. Foi obrigado a voltar. Nessas horas, não tem o que fazer.”
Fonte: R7
(PS: Agora, pergunta se os ministros do Supremo têm pressa para mudar alguma coisa neste NARCOESTADO)
Há muito tempo, com o título de “capital cultural” do Brasil, o Rio de Janeiro passou a receber “inteléquituais” oportunistas de todas as estirpes. Como nenhum tem compromisso com o povo brasileiro e, em particular, com a Cidade Maravilhosa, passaram a se encastelar em sinecuras que lhes rendessem uma grana à nossa custa para manterem a boa vida.
Assim, andando nas ruas do Rio, você tropeça em entidades de defesa de todo tipo: índios, gays, florestas, mico-leão dourado, barata albina, onanistas silenciosos, periquitos mal lavados e outras do tipo. Nada que diga respeito àquela cidade.
A sequência de políticos eleitos para o governo e prefeitura da capital é de fazer chorar. Esses dirigentes e políticos vem sendo diuturnamente denunciados na Lava-Jato e em outros escândalos.
Demorou muito até chegar a esse estado de coisa. Enquanto os verdadeiros cariocas ficarem dando ouvido aos boquirotos que se dizem do movimento cultural e dormindo distraidamente, continuarão sendo surrupiados.
Até no linguajar estão tendo a verdade roubada. Note que quando a polícia resolve agir, e recebe a dura reação dos marginais, toda a imprensa bota a boca no trombone para “informar” que os estudantes não estão tendo aulas, as escolas estão fechadas, por causa da ação policial. Como se fosse obrigação deixar os bandidos quietinhos em seu lugar, roubando, traficando, matando e circulando ostensivamente com armamento pesado, ameaçando os cidadãos de bem.
Pelo raciocínio vesgo, acham que só assim o Rio ficará em paz!