
Charge do Boopo (Humor Político)
Eliane Cantanhêde
Estadão
A então presidente Dilma Rousseff descumpriu uma regra básica do poder ao transferir o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, para a Petrobrás num momento muito delicado para o País e para a estatal. Essa regra é que “à mulher de César não basta ser honesta, é preciso parecer honesta”. Bendine era considerado competente na gestão do BB, mas pairavam sobre ele várias polêmicas de ordem ética.
Como presidente do BB, ele foi pego pela Receita Federal por “evolução atípica” de patrimônio, por valores não justificados e pela compra de um imóvel com dinheiro vivo. Sem ter o que responder, alegou que guardava R$ 280 mil em casa. Soou excêntrico o presidente do maior banco público guardar pilhas de notas de reais debaixo do colchão e comprar apartamentos em “cash”.
INDAGAÇÕES – Será que Bendine, funcionário de carreira de uma das instituições mais sólidas do Brasil, não acredita no sistema financeiro? Vê com desconfiança o próprio Banco do Brasil? Ou, como a Receita suspeitava, ele não tinha como justificar a origem do dinheiro e não podia depositá-lo? A Lava Jato está respondendo a essas dúvidas agora.
Além disso, Bendine tinha passado pelo vexame de liberar um empréstimo camarada, de R$ 2,7 milhões, para a socialite Val Marchiori, que tinha um probleminha: estava inadimplente com o banco e não poderia receber empréstimos. Mas ela guardava um trunfo: era amigona de Bendine, com quem até viajou para o exterior.
Numa outra frente, Bendine foi processado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por suspeita de “violação de silêncio” sobre uma oferta pública inicial de ações da BB Seguridade. No início deste ano, ele pagou multa e ficou por isso mesmo, mas as multas e os jeitinhos não resolvem uma questão básica: um cidadão com tantas situações “atípicas” poderia assumir a presidência da Petrobrás?
MOMENTO ATÍPICO – E ele não assumiu num momento qualquer, de normalidade no País e na própria petroleira. Assumiu justamente com o País de pernas para o ar e a Petrobrás estraçalhada desde o governo Lula e com operações estranhíssimas também na era Dilma (como Pasadena), e já alvo da Lava Jato, que completava então um ano.
Assim como a grande amizade com Bendine justificou a quebra de regras e um empréstimo milionário para Val Marchiori, a proximidade de Bendine com Lula e com o PT o catapultou à presidência do maior banco público, a ótimas relações com ministros e assessores-chave de Lula e Dilma e depois à maior e mais simbólica companhia brasileira.
TUDO DOMINADO – Foi por essas e outras que, apesar de o próprio BB ainda passar razoavelmente ileso pelas investigações, nada mais escapou da sanha da corrupção ou da má-fé: Petrobrás, Caixa Econômica Federal, Correios, Furnas, administração direta, crédito consignado dos aposentados, sistema bancário, agências reguladoras…
A teia ficou tão imensa, tão diversificada – e tão fácil – que Aldemir Bendine não se intimidou com a Lava Jato, a maior operação de combate à corrupção do mundo, nem com a crescente atuação e competência do MP, da PF e da Justiça e é acusado não apenas de cometer crimes, mas de ter uma ousadia espantosa. Com todos os holofotes na Odebrecht e na Petrobrás, lá foi ele pedir propina justamente para a Odebrecht, e para manipular decisões da Petrobrás. Até na véspera da posse!
Parece doença, mas não é. É a sensação de poder, de costas quentes e de impunidade que contamina o Brasil, onde a mulher de César não precisa ser honesta nem parecer ser honesta. Tem só de ser cobra criada, com as amizades certas, nas horas certas, para se infiltrar nos palácios, ministérios, órgãos e empresas públicas. Depois, o céu é o limite.
Um ditado antigo já dizia: Cacete não é santo, mas faz milagres.
Pois não é que um “tempinho” atras de um “gradil” de uma cadeia também faz? Pois foi o que aconteceu com o “pimpolho” dos Odrebecht.
Bastou uma temporada no xilindró, para que o rapaz abrisse o bico e contasse tudo.
O que este Bendine e asseclas não contavam, era a tal delação do Marcelo Odebrecht. Apostavam que todos ficariam em silencio e tudo ficaria como antes nas hostes governamentais.
Porém desta vez foi diferente, um juiz de primeira instância cheio de coragem, virou o jogo e promoveu uma enorme correria entre os ladrões, que por nunca serem alcançados pela lei e justiça, não tinha experiências e ficaram sem saber o que fazer.
Pois agora, tem um que na falta de argumento melhor para se defender de uma condenação e varias outras acusações, anda dando entrevistas suspeitas para radio do interior, dizendo da sua inacreditável inocência.
A tática é dar uma entrevista para uma radio la de “Cipó do Brejo” e repercutir nos meios mais importantes do pais.
A coisa nada mudou, continua sendo o uso do cachimbo, que faz a boca torta. É lamentável que o dito já esteja em campanha e ninguém faça nada.
Qualquer assunto vindo da “jornalista” Eliane Cantanhêde, não merece credibilidade, pois não há imparcialidade da matéria, afinal seu marido e ela, vivem das benesses pagos pelos serviços ao PSDB onde eles tem muitos amigos e irmãos camaradas.
Juares, boa tarde!
O que a Catanhêde escreveu é pura verdade. Todos sabem.
Vamos dar força para propagar isso e para que o lula também seja preso.
O que estamos esperando para colocar Bendine preso ? Nada.
Agora já está. Mas até quando ?
Sabemos a quem recorrer para acabar com a corrpção,atualmente temos Moro e outros poucos.
Mas para acabar com a incompetência, o buraco é mais embaixo porque o diabo lula deixou um rastro de enxofre que vitimou todo o serviço público, incluindo as estatais, fazendo com que estes se sintam os donos do Brasil porque recebem fortunas por serviços não prestados e roubando o erário de forma cada vez mais descarada.
Temos que isolar esse diabo, e exigir de volta todo o dinheiro que supostamente ele roubou, e, mais ainda, o que ele permitiu que roubassem, inclusive a devolução da refinaria da Bolívia.
É questão de honra, pois por muito menos, quase fomos à guerra, em 1962, com a poderosa França, e hoje, o diabo enfia a viola no saco, e diz que Evo Morales tinha razão de nos tomar a refinaria, sem um único tiro, enquanto que aqui um brasileiro mata o outro por apenas alguns trocados.
Vamos retomar esse patrimônio, mesmo sem o apoio do congresso e muito menos dos bandidos que hoje trabalham na Petrobras. Lógico, não são todos.