
Moro fez uma gestão exemplar no Ministério da Justiça
Marcelo Knopfelmacher
Estadão
Sergio Moro assumiu o Ministério da Justiça e Segurança Pública em 1º de janeiro de 2019 e o deixou em 24 de abril de 2020. Em apenas um ano e praticamente quatro meses à frente da pasta, o balanço de sua gestão é extremamente positivo, a despeito da grande dificuldade que lhe foi imposta tanto pelo próprio governo, que nem sempre encampou suas propostas (exemplo disso foi a manutenção do dispositivo que previa o controvertido instituto do “juiz de garantias”, ao invés de vetá-lo como pedia o Ministro), como pelo Congresso.
Entre os programas e ações que deram mais visibilidade à gestão da pasta sob o comando de Sergio Moro, estão medidas de segurança pública tais como: (a) a transferência de líderes de facções para presídios federais, (b) o envio de homens da Força Nacional para auxiliar cidades e Estados (o caso do Ceará, por exemplo), (c) a criação de centros integrados de inteligência e (d) o registro de apreensões recordes de drogas.
REDUÇÃO DA VIOLÊNCIA – O isolamento de chefes de facções, inclusive, representou um dos fatores que levaram à redução de índices de violência – a taxa de homicídios caiu 20% em 2019 em relação ao ano anterior e roubos a bancos foram 36% menores.
Logo em fevereiro de 2019, o então Ministro enviou ao Congresso um conjunto de projetos, que recebeu a alcunha de “pacote anticrime”, e que previa, como carro-chefe, medidas como (a) a prisão após condenação em segunda instância, (b) o plea bargain – acordo prévio em que o acusado confessa o crime para evitar uma ação judicial e (c) a criminalização do caixa 2.
Contudo, o projeto inicial foi significativamente desfigurado no Congresso, afastando-se boa parte das medidas propostas. Ao menos foram instituídos, dentre outras medidas, o chamado “acordo de não persecução penal” (uma versão bem diferente do plea bargain, mas na linha da justiça penal negocial) e o aumento do tempo máximo de cumprimento de pena de 30 para 40 anos.
PROGRESSÃO DE REGIME – Também no âmbito do pacote anticrime houve importante alteração no que diz respeito ao percentual de cumprimento de pena privativa de liberdade para progressão de regime, tornando a progressão mais severa.
Estabeleceu-se o mínimo de 16% de cumprimento da pena, para apenados primários e para crimes sem violência ou grave ameaça, com uma escala progressiva passando por 20%, 25%, 30%, 40%, 50%, 60% a até 70%, a depender das circunstâncias tanto do apenado (ser ou não reincidente) bem como as circunstâncias do crime (se hediondo ou não, se violento ou não e se com resultado morte ou não).
MEDIDAS EFICAZES – E passou-se a exigir comprovação de boa conduta carcerária para a progressão de regime.
Enfim, tanto o aumento do tempo máximo de cumprimento de pena como uma progressão mais severa de regime são medidas que, sob a ótica da segurança pública, interferem no cálculo do risco x benefício da criminalidade.
Mesmo sem o devido apoio do governo e do Congresso, a gestão liderada por Sergio Moro se dedicou intensamente ao combate às facções criminosas e à chamada grande corrupção.
MAIOR RECEITA – Assim, foi notável o crescimento da arrecadação do Fundo Antidrogas, proveniente da venda de bens de traficantes, de R$ 44,6 milhões para R$ 91,7 milhões. Foram viabilizadas 29 delegacias de combate à corrupção nos Estados com o repasse do Fundo Nacional de Segurança Pública e a coleta de DNA para apontar a autoria de crimes aumentou em 600% no período, atingindo o número de coleta de 67 mil perfis genéticos de criminosos condenados.
A coleta de perfil genético permite, além de identificar culpados de crimes por meio da comparação de material genético, provar a inocência de pessoas que estejam sendo acusadas injustamente.
Balão de ensaio relevante durante a gestão Moro para a área de segurança, como o projeto “Em Frente, Brasil”, foi muito bem recebido entre os especialistas em segurança pública. Tal medida previa o reforço do policiamento com agentes da Força Nacional em cidades que apresentam altos índices de criminalidade violenta.
OUTRAS PRIORIDADES -A gestão se dedicou (a) à aceleração na naturalização de estrangeiros, (b) à expulsão de condenados e (c) ao combate ao tráfico de pessoas, medidas fundamentais para dar cumprimento ao princípio da dignidade da pessoa humana e à soberania do Estado brasileiro em relação à sua jurisdição.
Há muito a ser feito e o trabalho precisa continuar, tanto na frente da Justiça (aí incluída a retomada do combate à corrupção que sofreu muitos reveses nesse ano de 2021), como na frente da Segurança Pública.
O Brasil precisa de mãos firmes para conduzir esses temas tão essenciais à manutenção do Estado de Direito, sendo certo que a gestão Sergio Moro deixa um legado importante a ser seguido pela pasta.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Enviado pelo advogado e economista Celso Serra, o excelente artigo do criminalista Marcelo Knopfelmacher mostra que Sérgio Moro, no Ministério da Justiça, mostrou ser um extraordinário administrador, fato que precisa ser divulgado, porque ainda é desconhecido pela maioria dos brasileiros. (C.N.)
Pois é isto o que podemos esperar do Moro à frente da presidência da república, um cara que não precisa ficar fazendo campanha para a sua reeleição.
Tá sendo pago?
De graça ninguém ê tão idiota.
Administrou os vazamentos muito bem, concordo.
Por que vc não gosta do Moro? 🙂
A cachorrada ladra furiosa e a carruagem passa incólume. Moro é um excelente caráter, um administrador de escol, um Estadista do primeiro time. Espero que ele derrote o boçal e o Lula para que tenhamos, enfim, um país progressista e vitorioso, ladeando-se entre os melhores do mundo.
Já começou a fabricação de mais um títere do Tio Sam.
O que me espanta são os jornalistas pusilâmines que não enxergam um palmo adiante do nariz e embarcam em Nova aventura rumo ao desastre.
É isso aí Ronaldo; vamos reeleger o ‘tosco’ ou trocar o ‘tosco’ pelo ladrão.
Bota plataforma nisso,cojo..
Kkkkkkkkkkkkkkkk
É,o sabonete vale quanto pesa já estão distribuindo a vontade….
Ah Robertão!!!
Ah Roberto Cardoso Alves, jogava aberto.
Hahahahah
Fã é tudo igual.
Essa eleição vai pegar fogo: a Lei X um maluco X um corrupto.
Sou mais a Lei.
Daqui por diante Moro vai ser a ultima bolacha do pacote, o enfant terrible. Se todos caminhos conduzem a Roma, toda esquerda deságua no Moro.
Na hora que Globo, Folha, Estadão e JB afinar a pontaria dos canhões, Moro vai ser o Dom Sebastião tão esperado.