
Casal pagava em espécie funcionárias, tributos e escola das filhas
Chico Otavio e Juliana Dal Piva
O Globo
Ao oferecer a denúncia contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), o Ministério Público também listou uma série de acusações contra a mulher do “01” e apontou que apesar de o casal fazer diversos pagamentos em espécie as contas deles não registravam lastro para as operações.
A promotoria indicou, por exemplo, que a dentista Fernanda Bolsonaro “não realizou nenhum saque em sua conta bancária entre os meses de agosto de 2010 e dezembro de 2014, não contribuindo com qualquer quantia em espécie para pagar as contas do casal nesse período”. Ela também foi denunciada por lavagem de dinheiro junto com Flávio e Queiroz.
RACHADINHA – Durante as investigações, os promotores estimaram que “o desvio de recursos da Alerj tenha propiciado aos integrantes da organização criminosa acesso a R$ 4,23 milhões”. O valor integral que teria chegado diretamente para Flávio e Fernanda foi considerado “incalculável”. Só nas despesas pessoais de Flávio e tributos, foi identificado um valor de pelo menos R$ 419,2 mil quitado em dinheiro vivo.
Os promotores descobriram que o casal usou dinheiro vivo para pagar empregadas domésticas, tributos como ITBI e IPTU, além do plano de saúde e escola da filhas. Para o MP, o volume de pagamentos em espécie realizados pelo casal Bolsonaro no período de 2010 a 2014 é “incompatível com os recursos auferidos de forma lícita e declarados à Receita Federal”. Por isso, resta evidente a utilização de dinheiro em espécie desviado da Alerj pelo esquema das “rachadinhas” no pagamento de despesas pessoais do líder da organização criminosa e de sua família.
Por meio das declarações de imposto de renda, o MP verificou no documento entregue à Receita Federal em 2014 que Flávio e a mulher registravam duas empregadas domésticas e declararam uma contribuição patronal no valor de R$ 4,8 mil referente às duas funcionárias.
EM ESPÉCIE – Na denúncia, o MP aponta que “como as contas do casal não registraram nenhuma transferência bancária ou cheque emitido em nome dessas empregadas domésticas, foi possível concluir que as trabalhadoras recebiam seus salários mensais mediante entrega de dinheiro em espécie”. Pelos valores recolhidos junto ao Fisco, o MP projetou que as empregadas receberam um total de R$ 40 mil (quarenta mil reais) ao longo de 2014.
Com as quebras de sigilo bancário, foi verificado que a conta de Fernanda não teve saques ao longo desse ano e nos três anteriores. Já a de Flávio teve saques que totalizaram apenas R$ 17,3 mil ao longo do ano, ou seja, um valor insuficiente para arcar com a despesa.
TRIBUTOS – A Prefeitura do Rio também forneceu informações à investigação o que permitiu ao MP verificar que o casal pagou R$ 80.695, 53 em espécie em tributos para a transmissão de bens. Em 2010, Flávio pagou em espécie R$ 33.969,20 referentes ao ITBI das 12 (doze) salas comerciais do condomínio Barra Prime Office. Já em 2012, o pagamento do mesmo imposto para uma cobertura no bairro de Laranjeiras custou R$ 39.020,00, também quitado com dinheiro vivo. Ainda, em 2012, foi pago igualmente em espécie o valor de R$ 7.706,33 pelo ITBI de dois apartamentos em Copacabana.
Além disso, no ano de 2017, Flávio pagou outros R$ 36 mil pela transmissão de um outro apartamento e uma sala comercial no shopping Via Parque. No entanto, ele recebeu R$ 30 mil em depósitos fracionados em espécie e não identificados para poder arcar com a despesa em sua conta.
Os promotores analisaram, por amostragem, os pagamentos de IPTU referentes a dois apartamentos do senador entre os anos de 2016 e 2017. A pesquisa verificou que “mesmo considerando apenas esses dois imóveis e o limitado período de 2016 e 2017” o casal pagou pelo menos R$ 18.845,14 com dinheiro em espécie, “sem deixar rastros no sistema financeiro nacional sobre a origem dos recursos utilizados”.
MENSALIDADES – O MP identificou ainda imagens de Queiroz pagando, com dinheiro em espécie, as mensalidades escolares das duas filhas de Flávio e Fernanda no dia 1º de outubro de 2018, no valor total de R$ 6,9 mil. Além disso, outros 193 boletos também foram pagos com dinheiro vivo totalizando R$ 247,5 mil entre 2015 e 2018.
Foi identificado ainda que as passagens para uma viagem à cidade de Natal/RN, entre os dias 18 de janeiro de 2011 e 24 de janeiro de 2011, no valor de R$ 2.164,08 também foram pagas em espécie.
DEFESA – Os advogados Rodrigo Roca, Luciana Pires e Juliana Bierrenbach informaram por nota que “em função do segredo de Justiça, a defesa está impedida de comentar detalhes, mas garante que a denúncia contra Flávio Bolsonaro é insustentável”.
No entanto, apontam “vícios processuais e erros de narrativa e matemáticos, a tese acusatória forjada contra o senador se mostra inviável e não passa de uma crônica macabra e mal engendrada, influenciada por grupos que têm claros interesses políticos e que, agora, tentam voltar ao poder”.
Para eles, a denúncia possui “erros e vícios, não deve ser sequer recebida pelo Órgão Especial. Todos os defeitos de forma e de fundo da denúncia serão pontuados e rebatidos em documento próprios e no momento adequado”.
Flavio virou Tchutchuca. Bolsotrouxas piram! 🙂
Me pergunto aonde guardavam esta montanha de dinheiro, por que na cueca não teria a menor condição.
Millor perguntaria: “quanto pesa um saco enorme cheio de moedas de ouro? Nada. Dinheiro não pesa.”
Não pesa, mas dado o montante fora do banco, o volume é muito difícil de esconder em casa. Cofre de parede? Tem que ser enorme, por que a grana não parava de chegar, moto contínuo.
Debaixo do colchão, esqueça. Dentro de armários, paredes falsas, forros embutidos, shaft nos banheiros, colunas de ventilação, tudo vale.
Só não vale meter a mão grande no dinheiro público, mas me parece uma especialidade familiar.
Bolsonaro ataca Biden, Evo Morales e o centro, e diz que sua vida é ‘uma desgraça’
Em dia de fúria, presidente fala em usar ‘pólvora’ contra os EUA, vê fantasma do comunismo de volta e reclama de não poder tomar caldo de cana em paz na rua
Por Eduardo Gonçalves
11 nov 2020, 05h45 – Publicado em 10 nov 2020, 20h48
https://www.google.com/amp/s/veja.abril.com.br/blog/maquiavel/bolsonaro-ataca-biden-evo-e-o-centro-e-diz-que-sua-vida-e-uma-desgraca/amp/
FREDERICK WASSEF É ALVO DE QUEIXA POR INJÚRIA RACIAL CONTRA FUNCIONÁRIA DE PIZZARIA EM BRASÍLIA.
https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2020/11/12/frederick-wassef-e-alvo-de-queixa-por-injuria-racial-contra-funcionaria-de-pizzaria-no-df.ghtml
“Uma nova prova apresentada na denúncia contra Flávio Bolsonaro pelo Ministério Público do Rio reforça a acusação de que o filho 01 de Bolsonaro fez uso de dinheiro das “rachadinhas” para quitar a compra de apartamentos no Rio. Por meio da quebra de sigilo da nuvem do email do americano Glenn Dillard, os promotores identificaram que ele registrou na agenda de seu celular um encontro para o fechamento do negócio com o casal Bolsonaro.
Entre as anotações de Dillard, que foi o responsável pela venda dos imóveis, os promotores destacam na denúncia a frase “Closing at HSBC”, o que indica, para os investigadores, que eles fecharam o negócio em um agência bancária no centro do Rio.
As investigações já tinham identificado que, no mesmo dia em que a compra dos apartamentos foi registrada em cartório, por R$ 310 mil, Dillard efetuou ainda um depósito de R$ 638 mil em dinheiro vivo em uma agência do HSBC que fica a uma rua do cartório onde foi lavrada a escritura. Para o Ministério Público, o pagamento em espécie feito no momento da escritura foi realizado com dinheiro oriundo do esquema das rachadinhas na Alerj.
Dillard é um dos 17 denunciados no caso, com Flávio e Fernanda Bolsonaro. Em seu depoimento, há três meses, o senador foi questionado se teve algum encontro na agência bancária para fazer o pagamento relativo aos imóveis, mas disse que não se lembrava. Ele também afirmou que não se recordava se a aquisição envolveu dinheiro em espécie.
Ao citar as anotações coletadas no celular do corretor, a denúncia do MP destaca que “todas essas circunstâncias deixam claro que os valores ilícitos foram entregues ao procurador (Dillard) pelo casal Bolsonaro, ou a seu mando, no interior da agência bancária no dia da assinatura das escrituras de compra e venda dos imóveis, e que o dinheiro em espécie foi depositado juntamente com os cheques”.”
https://blogs.oglobo.globo.com/bela-megale/post/anotacao-de-corretor-de-imoveis-e-nova-prova-contra-flavio-bolsonaro-no-caso-das-rachadinhas.html
Essa família é(?) profissional na arte de fazer falcatruas!