Ex-ministros Abraham Weintraub e Ernesto Araújo criticam acordo entre Bolsonaro e centrão

Bolsonaro como 'boneco' do Centrão na charge do dia | Charges | O Liberal

Charge do João Bosco (O Liberal)

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Os ex-ministros do governo Jair Bolsonaro (PL) Abraham Weintraub (Educação) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores) fizeram críticas ontem, durante uma live, à aliança do presidente com os partidos do centrão. Para o ex-titular da Educação, os conservadores foram “substituídos por essa turma [do centrão]”.

O ex-chanceler, por sua vez, disse que o bloco político “começou a dominar o governo e pautar o governo”.

As críticas ao centrão começaram quando o líder religioso Silas Malafaia disse que os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil), Flávia Arruda (Secretaria de Governo) e Fábio Faria (Comunicações) não fizeram esforço para aprovar a indicação do nome de André Mendonça para STF (Supremo Tribunal Federal). A indicação demorou quatro meses e meio para ser analisada pelo Senado.

DISSE WEINTRAUB – “Uma das frentes que a gente está sofrendo grandes ataques, os conservadores, é justamente da turma do centrão”, disse Weintraub.

“[É] um grande obstáculo que nós conservadores estamos passando, sendo atacados continuamente, e substituídos por essa turma do centrão que você citou”, emendou o ex-ministro, dirigindo-se a Malafaia.

As declarações dos antigos integrantes do governo aconteceram durante uma live do “ConservaTalk”, programa no YouTube do qual os dois fazem parte, ao lado do também ex-ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente) e de outras personalidades do campo da direita.

DISSE ARAÚJO – O ex-chanceler Ernesto Araújo reforçou as críticas do colega que comandava a pasta da Educação. “E o que aconteceu quando o centrão começou a dominar o governo e pautar o governo? Fui cada vez mais isolado e tirado da capacidade de levar adiante essa política externa transformadora. Esse centrão que veio aí é um centrão que acha que a política externa é fazer tudo o que a China quer”, disse Araújo,que foi demitido em março do ano passado por pressão do Congresso.

Apesar das críticas, Salles, Malafaia e o deputado federal Paulo Eduardo Martins (PSC-PR) afirmaram que a era necessário manter o grupo próximo ao governo.

“Essa história do centrão também não pode virar um cavalo de batalha. Por quê? Porque a política é feita de alianças. A política é feita de união”, afirmou o ex-ministro do Meio Ambiente.

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MORO TAMBÉM CRITICA O CENTRÃO

O ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, que comandou a pasta da Justiça e Segurança Pública, foi ao Twitter dizer que o centrão comanda a gestão do presidente. “O centrão dá as cartas no governo Bolsonaro, como deu nos governos PT. Ajustam-se os interesses, o discurso e pronto”, escreveu o ex-ministro.

O comentário foi feito por Moro ao mencionar a vitória do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, na indicação do economista José Gomes da Costa como presidente interino do Banco do Nordeste (BNB).

Moro é pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos e aparece em terceiro lugar nas pesquisas de opinião, atrás do ex-presidente Lula e de Bolsonaro.

4 thoughts on “Ex-ministros Abraham Weintraub e Ernesto Araújo criticam acordo entre Bolsonaro e centrão

  1. Os ex-ministros Abraham Weintraub e Ernesto Araújo, respectivamente, da Educação e das Relações Exteriores es,tão abrindo dissidencias com o Bolsonarismo.
    Bolsonaro defenestrou os dois, porque causavam mais problemas do que solução para o Governo.
    Eram duas nulidades, primários e incompetentes. Um destruiu a Educação, lógico, não entende nada da Pasta, seu salvo conduto é que o atual ministro também não sabe nada. O Ernesto, conseguiu transformar o Brasil em um Paria da Diplomacia. Ernesto é um anti diplomata. Arrumou briga com a China, o nosso maior parceiro comercial para agradar o golpista Donald Trump.
    Como um cara desse nível conseguiu passar no concurso da Escola do Itamaraty?
    Deveria conhecer, uma máxima da Diplomacia: países não tem amigos, têm interesses.
    O Brasil sempre foi uma Escola de magistrais diplomatas: Oswaldo Aranha, Saraiva Guerreiro, Azeredo da Silveira, Rubens Ricupero, me desculpem se esqueci mais alguns nomes exemplares. Então, Bolsonaro escolheu muito mal, o Ernesto. Entretanto, se redimiu. Agora, o ex chanceler ataca o Centrão, achando que saiu por exigência do grupo que apóia Bolsonaro e todos os governos de todos os tempos, inclusive apoiaram Lula também.
    Os dois dissidentes, não são conservadores, são reacionários. O conservador quer manter o estado de coisas, o reacionário deseja ampliar as desigualdades Sociais.
    Daqui para frente, essas figuras das trevas vão pressionar o presidente, em busca de espaço para conseguir um mandato parlamentar.
    O Weintraub está magoado, porque pretendia ter o apoio presidencial para ser candidato a governador em São Paulo, mas, o mito já escolheu o Ministro Tarcísio de Freitas. Ernesto Araújo não é lembrado para nada. Gostaria de ser deputado distrital por Brasília, mas, a família Bolsonaro está fechada com Bia Kiss, fiel escudeira do grupo.
    Está difícil conciliar tantos desejos políticos. No Rio, o amigo Fabrício Queiroz quer se candidatar a deputado federal, mas, a família tem outro nome na agulha, além do Hélio. O que fazer?
    A vida não está fácil para ninguém.

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