
Aparelho de escuta é um trambolho antigo e obsoleto
Ricardo Brandt, Fausto Macedo e Julia Affonso
Estadão
O Ministério Público Federal denunciou na última semana formalmente por calúnia o delegado e o agente da Polícia Federal que acusaram irregularidades e coação envolvendo a cúpula de delegados da Operação Lava Jato, em Curitiba (PR) – onde estão concentradas as apurações de corrupção e cartel na Petrobrás.
A acusação entregue à Justiça Federal no dia 11 é a primeira ofensiva contra suposta tática de contrainteligência que investigadores da Lava Jato identificaram, a partir do final de 2014. A estratégia seria desestabilizar as apurações e tentar algum tipo de nulidade legal na condução do caso, que atingiu a partir de novembro do ano passado as maiores empreiteiras do País e os dois principais partidos do governo federal, PT e PMDB.
‘FALSAS NULIDADES’
O delegado Mário Renato Castanheira Fanton e o agente federal Dalmey Fernando Werlang foram denunciados criminalmente à Justiça Federal pelo procurador Daniel Holzmann Coimbra, do Grupo de Controle Externo da Atividade Policial da Procuradoria.
Eles são acusados de se associarem “para ofender a honra dos colegas”, apontando grampos ilegais na cela do doleiro Alberto Youssef – peça central da Lava Jato, e cujo fato teria poder de anular provas da investigação – e vícios na sindicância aberta para conduzir o caso.
A Procuradoria pede abertura de ação penal por calúnia, que prevê pena de seis meses a dois anos de prisão e multa, aumentada em um terço da pena por envolver vítima agente público no exercício da função.
CPI E ODEBRECHT
A denúncia do órgão, externo à Lava Jato, reforça as suspeitas de que o episódio tem relação com uma manobra para tentar anular a Lava Jato.
Em maio, investigadores descobriram que assessorias de imprensa contratadas por empreiteiras do cartel, entre elas a da construtora Norberto Odebrecht, ajudaram a “difundir” para os jornais, rádios e TVs o conteúdo dos depoimentos dos dois federais denunciados.
No dia 2 de julho, após essa divulgação dos depoimentos dos dois policiais federais, eles foram convocados pela CPI da Petrobrás, onde confirmaram a existência das supostas escutas ilegais.
No relatório que pediu seu indiciamento, a PF aponta como figura central desse suposto plano o presidente da empreiteira, Marcelo Bahia Odebrecht – preso desde o início de julho.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A armação tinha base no estilo do banqueiro Daniel Dantas, especialista em anular provas nos tribunais superiores, que assim se livrou de 10 anos de prisão. Mas desta vez a condução do golpe foi amadorística desde o início, quando colocaram no teto da cela do doleiro Yousseff um equipamento de grampo obsoleto e fora de uso. Rolou muito dinheiro para subornar os policiais federais tidos como “dissidentes”, que deram depoimentos acusando a direção da Polícia Federal do Paraná de instalar a escuta, que inclusive estaria “operante”, mas era tudo conversa fiada e quem levou a pior foi o presidente da Odebrecht. (C.N.)
Esse grampo é da década de 90. Atualmente por R$ 300,00 se compra coisa melhor pela internet !
Olha aí para que serve o aparelhamento estatal:
“Ministro pede que PF investigue possível violação de sigilo de Lula.”
http://www.valor.com.br/politica/4184668/ministro-pede-que-pf-investigue-possivel-violacao-de-sigilo-de-lula
A agenda do Bob Marques estava recheada….
http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/pf-acha-na-agenda-de-bob-palocci-duque-lula-dilma/
Daniel Dantas era profissional, tinha apoio na imprensa que ia de Diogo Mainardi a Leonardo Attuch. A Odebrechet não tem o mesmo know how