Hoje é o Dia do Holocausto, para que a Humanidade jamais consiga esquecê-lo

Prisioneiros nazistas eram mortos também por inanição

Celso Serra

Há 77 anos, no fim da Segunda Guerra Mundial, o Exército Soviético, depois de intensa luta, tomava e libertava Auschwitz, na Polônia, o maior e mais terrível campo de concentração nazista, no qual milhares de judeus foram assassinados.

Devido a esse fato histórico, 27 de janeiro é o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Essa data foi instituída pelas Nações Unidas e faz com que jamais esqueçamos os milhões de seres humanos que foram brutalmente assassinados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial para impor a insana ideologia política que haviam criado, a da supremacia ariana.

GENOCÍDIO – Há informações de que apenas em Auschwitz, na Polônia, cerca de 1,5 milhão de pessoas tenham sido exterminadas no período, tudo para atender à insanidade dos nazistas da propagada “supremacia étnica” ariana.

Esse triste período da humanidade é historicamente denominado Holocausto. Para os judeus, Shoah, palavra hebraica que significa, literalmente, “destruição, ruína, catástrofe”, é a expressão para denominar o aniquilamento metódico –perseguição, exclusão socioeconômica, expropriação, tortura, trabalho forçado, fome, prisão sem motivo e extermínio de seis milhões de judeus da Alemanha e da Europa ocupada entre 1933 e 1945 pelo regime nazista

Enfim, a prática e a contínua evolução da técnica do assassinato em massa de seres humanos objetivando um extermínio seletivo.

EXEMPLO DA BARBÁRIE – No período, os seis milhões de judeus assassinados – homens, mulheres e crianças – representavam 65% da população judaica europeia e 30% da população judaica mundial. O Holocausto tornou-se o símbolo representativo da barbárie do século XX.

Há diversas suposições que tentam explicar a ideia fixa dos nazistas de que o povo judeu era inferior e, portanto, deveria ser exterminado. Alguns até escreveram que a causa para a desmedida crueldade se deu por supostos fatos religiosos, já que judeus condenaram Jesus à morte – o que significa patente distorção da verdade, pois Jesus foi condenado pelos romanos.  Jesus Cristo nasceu, viveu e morreu como judeu.

Porém, a teoria que mais parece merecedora de crédito é a que afirma que o objetivo do extermínio ocorreu devido à alta concentração de riqueza pelos judeus, principalmente pelo fato de muitos deles serem donos de instituições financeiras e empresas bem sucedidas. Assim, fica claro que o objetivo era tomar todos os bens dos judeus – em português claro: roubo, confisco.

POR ETAPAS – O Holocausto não foi praticado de uma só vez, foi um processo doloso aplicado por etapas, sem Hitler ter levado em consideração que na Primeira Guerra Mundial cerca de 100 mil soldados judeus alemães lutaram pela Alemanha, tendo 12 mil morrido em combate.

A primeira etapa (1933/1935) foi a da identificação dos judeus, sua separação social e início da exclusão da vida pública, com medidas como proibição do exercício de profissões liberais, de frequência a escolas e universidades e de boicote contra lojas judaicas.

A segunda (1935/1938) foi a de isolamento e degradação dos judeus, etapa que se inicia com as Leis de Nuremberg. Os judeus deixavam se ser reconhecidos como cidadãos e eram proibidos de se casar com “arianos”. Se não obedecessem. eram punidos com a morte.

NOITE DOS CRISTAIS – Na terceira fase (1938/1941), iniciada a partir da “Noite dos Cristais Quebrados” – a primeira chacina de judeus do século XX – assinala o princípio da violência física desmedida contra o povo judaico e o envio de seus membros para os campos de concentração.

Nessa fase, os judeus foram radicalmente expulsos da vida econômica e financeira na Alemanha. Todo o patrimônio foi confiscado pelo Estado alemão. Nesse período, começa a Segunda Guerra Mundial, a expansão do “espaço vital” da Alemanha nazista com a invasão de outros países, a forte elevação do número de vítimas, o aumento do número dos campos de concentração e também se inicia o confinamento dos judeus em guetos.

A quarta e última fase (1941/1945), é a denominada “Solução Final da Questão Judaica”: a do extermínio em massa dos judeus pelas “operações móveis de assassinato” formadas pela cruel SS (Schutzstaffel), nos campos de extermínio (Sobibor, Treblinka, Chelmno, Auschwitz e Majdanek) situados na Polônia, país onde se encontrava a maior concentração populacional judaica da Europa. Há registros que também consideram o campo de Jasenovac, na Croácia, como campo de extermínio.

(Celso Serra é advogado e economista, fundador da Academia Maçônica de Artes, Ciências e Letras do Rio de Janeiro)

LEIA AMANHÃ: No Holocausto, os nazistas perseguiam e matavam outros grupos sociais, além dos judeus

2 thoughts on “Hoje é o Dia do Holocausto, para que a Humanidade jamais consiga esquecê-lo

  1. Parabéns, pelo excelente resumo histórico, principalmente pelo momento em que vivemos, quando cidadões são coagidos, sob pena de terem os seus direitos elementares bloqueados, caso não façam aquilo que os mandões da hora determinam.

    Em alguns estados brasileiros, o tax-payer é impedido de usufruir de serviços públicos (entrar em hospitais, detrans, secretarias, escolas, etc) e privados (restaurantes, shoppings, clínicas, laboratórios, etc) caso não apresente uma “autorização” estatal, uma repetição da primeira fase da estratégia “por etapas”, claramente demonstrada pelo autor.

  2. Matéria que entristece qualquer pessoa de bom coração, pois trata-se de crueldade humana puramente, e não vejo nada de viés político quando a atrocidade impera.

    Lançar fatos terríveis como esse na conta da política é tentar dar uma conotação de que política é algo ruim, mas sei que essa não foi a intenção.

    Todavia, precisamos ter cuidados com criminosos poderosos que intentando fazer algo de seu interesse mais inconfessável busca dar uma conotação política para se livrar das punições merecidas que, às vezes, a honesta justiça lhes impõe.

    Observarmos fatos horroseos, principalmente, aqui no Brasil, onde pessoas sorrateiras e imprestáveis entram na vida pública, e daí denominados de “políticos” usam essa fachada para roubar, assassinar, corromper e muitos outros crimes cometem e depois dizem que são “perseguidos politicos” ou mesmo “preso político” como é divertidíssimo o caso do apedeuta Luiz Inácio.

    Outro que vai pelo mesmo caminho é o seu irmão siamês Bolsonaro, ambos disputam títulos diferentes mas o objetivo é o mesmo é a parceria é cada vez mais nítida.

    Rendamos nossas homenagens às vítimas, parentes e amigos dessa tragédia que foi o holocausto e nos sintamos dispostos a lutar para que, por outros métodos corruptos, não venha acontecer fatos trágicos ao povo brasileiro que pena nas mãos de toda espécie de bandidos, principalmente aqueles que entram na vida pública para cometerem crimes diversos e lançaram essa prática nas costas da POLÍTICA.

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