
Charge do Tacho (Arquivo Google)
Pedro do Coutto
Num editorial da edição de sábado, a Folha de São Paulo focalizou muito bem o problema da inflação, tanto a calculada pelo IBGE quanto a medida pela Fundação Getúlio Vargas, destacando a diferença essencial entre a dança dos números para os grupos de menor e maior renda. Isso porque o item mais afetado pelo aumento de preços sem dúvida alguma foi a alimentação.
Ocorre que o grupo de menor renda está mais exposto ao aumento de custo de vida, porque a maior parte de suas despesas é com o consumo de alimentos. Para as classes de renda mais alta, o percentual com alimentação é menor.
MAIORIA DO POVO – Então, para mim, a disparada de produtos alimentícios sufoca a maior parte da população. A FGV e o IBGE entretanto, dizem que houve o inverso. Na minha opinião, os cálculos do IBGE e da FVG não refletem a realidade. Os preços subiram muito mais do que os índices apontados pelas duas instituições.
As pesquisas de preços se baseiam nos preços mínimos dos supermercados, mas isso não significa que a população possa praticá-los. Porque num supermercado o feijão está mais barato e o arroz mais caro. Em outro supermercado acontece exatamente o contrário. Os consumidores navegam nas ondas dos preços na estratégia utilizada largamente pelas vendas no varejo.
Mas o que dizer do preço dos remédios? Do reajuste dos alugueis, das tarifas de transporte coletivo? Não acredito que o real fator inflacionário tenha fechado 2020 na convergência entre o IBGE e a FGV.
CRÍTICAS À FOLHA – Em artigo também na Folha de S. Paulo, o ex-prefeito Fernando Haddad despediu-se da coluna semanal que escrevia e criticou duramente a linha editorial do jornalão. Disse que a Folha estava publicando matérias para evitar que Lula possa ser candidato nas eleições de 2022.
Ou seja, Haddad não leva em consideração a sequência de fatos que impedem o retorno do ex-presidente ao Palácio do Planalto. A própria bancada do PT na Câmara Federal, por maioria de votos, decidiu apoiar a candidatura de Baleia Rossi. A diferença de votos foi pequena, mas seguramente significou uma derrota para Lula, que sempre isolou o PT em qualquer acordo político com o MDB, PSOL e com qualquer outro partido. Salvo quando estava no poder, quando se aliou aos segmentos políticos mais corruptos do país.
Prezado CN
O título do artigo não seria ….segmento ?
Acredito que o corretor ortográfico se equivocou ….
Gratíssimo pela correção, amigo Duílio Mendes (Tive um grande amigo chamado Duilio, que trabalhava no IBGE). Foi erro mesmo, que eu cometi.
Abs.
CN
Não sei não; hoje no jornal da afiliada da Globo aqui em PE foi noticiado que o alho saiu de vinte e três Reais para quarenta e seis. Fui no Extra Bom aqui em Piedade / Jaboatão dos Guararapes e comprei mais alho a dezenove e centavos o kg.
Podia até ter comprado o alho que estava a mostra e ido vender o mesmo a trinta e cinco Reais o que daria mais de cinquenta por cento no investimento.
Quanto ao Lula quando vejo uma foto recente dele eu só enxergo muito ódio em seu semblante; mas, ele tem o direito legítimo de querer se candidatar novamente pois a corrupção agora não está amparada e muitos liberados e investigações ditas improcedentes “engavetadas ad infinitum”?!!!
Quanto mais cedo vir o “caos”; mais cedo virá a ressurreição.