Joaquim Levy diz que não, mas é um saco de maldades, sim.

Rogério Jordão
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Embora o ministro da Fazenda Joaquim Levy negue, é sim um “saco de maldades” o que o governo vem anunciando, a conta gotas, nos últimos 21 dias. São todas medidas econômicas que vão “tirar” da população de diferentes maneiras e intensidades. Na segunda-feira, foi a vez do anúncio sobre o aumento dos impostos sobre importação, a volta da Cide (que aumentará a gasolina e o diesel) e o aumento do IOF sobre operações de crédito.

O saco de maldades começou a ser despejado na cabeça dos brasileiros ainda no penúltimo dia de 2014 quando o governo anunciou restrições aos benefícios previdenciários, como o seguro-desemprego, que terá regras mais restritivas.

Depois veio o anúncio do aumento da conta da luz. De juros mais altos da CEF para a casa própria. De corte de gastos para todos os ministérios, incluindo o da Educação, no que pese sermos agora uma “pátria educadora”.

Tudo isso faz parte da mesma coisa: o ajuste fiscal. Ele não é indolor, nem neutro.

PARA PAGAR JUROS…

O objetivo final do ajuste é aumentar o superávit primário, a reserva de dinheiro para pagar os juros da dívida. Para isso, cortam-se despesas governamentais e aumentam-se impostos. Os defensores do governo dizem que se trata de um “ajuste gradual”, ou seja, feito de modo a não afetar (tanto) a população, sem uma elevação imediata, por exemplo, das taxas de desemprego. Será?

Seja como for, depois do impostômetro em São Paulo, um placar que mede o quanto se paga de impostos por minuto, talvez agora seja a hora de criarmos o jurômetro.

Não custa lembrar, conforme escreveu o economista Luiz Gonzaga Belluzzo na revista Carta Capital recentemente, que entre 1995 e 2011, “o Estado brasileiro transferiu para os detentores da dívida pública, sob a forma de pagamento de juros reais, um total acumulado de 109,8% do PIB” (o Produto Interno Bruto, que é a soma de todas as riquezas produzidas pelo país). Ou seja: é como se em 16 anos seguidos de trabalho de todos os brasileiros, um fosse dedicado exclusivamente ao pagamento de juros para instituições financeiras.

Por ano, o Brasil paga o equivalente a 10 programas Bolsa-Família de juros para os credores da dívida pública.

O MAL MAIOR É A VERDADE

Talvez o ajuste seja inevitável para evitarmos um mal maior, é verdade. Este mal é a inadimplência, é “quebrar” o país, como esteve perto de acontecer em 2002. As conseqüências seriam muito ruins – e não há força política de envergadura no Brasil disposta a assumir o risco. O PT foi a última voz de peso “em contrário”, até Lula assinar a Carta ao Povo Brasileiro de 2002, quando o partido assumiu que respeitaria os “contratos” e condições da dívida.

Se não se voltar a colocar na agenda política a questão de quanto pagamos de juros, porém, vai ser difícil entender porque os serviços públicos são tão precários e ineficientes. Uma coisa tem a ver com a outra (não é apenas corrupção!). O dinheiro para pagar os juros sai, afinal, dos nossos impostos, do orçamento que poderia ir para educação, saúde e tudo o mais. Ou alguém discorda?

21 thoughts on “Joaquim Levy diz que não, mas é um saco de maldades, sim.

  1. Bem antigamente, na época da TV preta e branca, havia o apresentador Flávio Cavalcanti e o seu programa: “A Grande Chance”. Me parece que o ministro Levy teve a sua Grande Chance agora, do Bradesco para a Esplanada dos Ministérios… “nóis”, o povo, continuamos tentando desatar os “nós” da Economia… só mesmo Nossa Senhora.

  2. O chefe da polícia política do Stalin ( e foi morto por ela ) Yagoda, coordenou mais de 1 milhão de fuzilamentos e torturas. Para aplacar a sua ‘consciência’ ele mantinha nos arredores de Moscou, um orfanato 5 estrelas, com atendimento quase pessoal às crianças. Certa vez foi preso um jornalista americano e ao invés de ser torturado e morto, o Yagoda lha pediu um favor. Pediu que ele publicasse em sua revista uma matéria sobre o orfanato. O jornalista perguntou o motivo e o Yagoda respondeu: É que a minha tia lê essa revista, assim ela vai ver que eu não sou tão ruim. O Bolsa Família, além de eleitoreiro, é o orfanato de Yagoda do PT !

  3. Saco de maldades? De jeito nenhum. Isso é uma carreta bitrem de maldades. Dizem que este cara é economista e que faz e acontece. Agora para aumentar impostos precisa ser doutor em economia? Eu
    acho que qualquer jumento pode fazer.
    Se era para chegar fazendo estas coisas, ele poderia ter declinado do convite para ser ministro, teria sido
    mais bonito.
    Do jeito que o PT esta acabando com o Brasil, logo vão ter que cobrar imposto de renda da turma do bolsa
    família, nesse dia então faremos uma grande homenagem aos eleitores que reelegeram a doutora em
    estelionato eleitoral.

    • E a Tia está pressionando o BNDES, para ele liberar R$ 10 Bilhões a Sete Brasil, que está boiando na água da Lava Jato. Perderam a noção dos limites.

  4. Puro Maquiavel!

    ” Faça o mal de uma vez e o bem aos poucos. “…o conquistador deve examinar todas as ofensas que precisa fazer, para perpetuá-las todas de uma só vez e não ter que renová-las todos os dias. Não as repetindo, pode incutir confiança nos homens e ganhar seu apoio através de benefícios…. ( …) As injúrias devem ser feitas a fim de que,…, ofendam menos, enquanto os benefícios devem ser feitos pouco a pouco, para serem melhor apreciados.” ( * Capitulo VIII )”

    Estaremos vivos para saber se os benefícios,mesmo aos poucos,virão?

    Idiotamente me pergunto,qual o motivo para não cobrarem primeiro, os grandes devedores do Imposto de Renda,do INSS,dos vários impostos devidos,multas governamentais etc,preferindo acharcar os assalariados?

  5. O Flávio José Bartotolloto, acertou na mosca, o gasto com a máquina
    pública é de estarrecer ( como diz a Presidente). Creio que para manter
    esse 39 Ministérios com os respectivos funcionários, o governo deve gastar
    meia centena de bilhões, fora cartões corporativos, verba para ONGs, empreguismo
    mordomias etc. Para pagar o Juros da dívida, em vez do governo diminuir a
    taxa de juros, faz o contrário, aumenta a taxa SELIC, para os bancos receberem
    um montante maior. É tirar dos pobres para dar aos ricos.
    Urge que se faça uma auditoria nessas dívidas. Isso é usura, roubalheira.

  6. Como é fácil tirar o dinheiro do povo para tapar buracos, o PT faz a merda e o povo é quem paga, que país é este, o pior é que ninguém faz nada, cadê o congresso que não se manifesta, ainda por cima vem dona Dilma Rousseff falar em responsabilidade fiscal porque o senado aprovou a correção da tabela do imposto de renda, é brincadeira, será que ela pensa que o povo é burro, aliás o burro é inteligente, nós o povo brasileiro é que somos burros, porque não taxar as grandes fortunas que crescem neste país, aí é preciso coragem, coisa que eles não tem.

  7. Mais uma vez a Tia se supera…
    “Indústria de SP tem o pior desempenho em cinco anos, diz Fiesp
    CARLA ARAÚJO
    Quase 60% avaliaram a atividade do 2º semestre de 2014 como pior que a do mesmo período de 2013.”

  8. Mais uma superação da Tia:
    Tarifaço vai chegar a R$ 47,2 bilhões; especialistas criticam gestão
    Aumentos entre 30% e 40% nas contas de luz e de até 10% nos combustíveis baterão fundo no orçamento de famílias e empresas. Ministro tenta minimizar risco de apagão e diz que “Deus é brasileiro e vai trazer chuva”

  9. Não chega a 1.500.000 pois “o chefe” é petista ! Vamos colaborar !
    ” Apesar das manobras do site de abaixo-assinados Avaaz, controlado por petistas, pedido de impeachment de Dilma Rousseff da Presidência da República já totaliza 1.481.606 adesões. No Brasil, o Avaaz é chefiado pelo petista Pedro Abramovay, ex-secretário Antidrogas, e há denúncias de manipulações para inibir adesões ao impeachment. Clique aqui para ter acesso à petição pelo impeachment de Dilma. Outra proposta idêntica, no site Petição Pública, já reúne 57.404 assinaturas.
    Outros sites como o change.org e o manifestolivre.com.br também já têm petições e abaixo-assinados contra Dilma.
    Os sites abaixo-assinado.org e o euconcordo.com também hospedam abaixo assinados pedindo o impeachment de Dilma. Leia na Coluna Cláudio Humberto.

  10. Joaquim Levy foi indicado pelos banqueiros. Levy é o Ministro dos Bancos. E os Bancos, insaciáveis, querem mais grana (juros). Se a Dillma não der, será impichada, como aconteceu com Collor, que não quis sentar no colo dos agiotas. Por isso esse aumento de impostos e sacanagens-mil prá cima dos trabalhadores/aposentados. Governo precisa de mais grana para dar aos banqueiros e para sustentar a Cumpanherada vagabunda.

  11. Faz tempo que escrevo que quando chegasse a África o Petrolão ia pegar ! Uí Rosí !
    “Ao investigar negócios articulados pelo ex-diretor Nestor Cerveró, que causaram prejuízos à Petrobras na África, a força-tarefa da Operação Lava Jato deve esmiuçar a venda ao BTG Pactual, de André Esteves, banqueiro ligado ao ex-presidente Lula, dos direitos de produção da estatal em 7 poços de petróleo africanos. Avaliados em US$ 7 bilhões pelo ex-diretor Jorge Zelada, foram entregues ao BTG por US$ 1,5 bi.
    Após Graça Foster, o valor dos poços africanos foi reestimado para US$4,5 bilhões, para US$3,6 bilhões, até o BTG levar por US$1,5 bi.
    Para força-tarefa, Nestor Cerveró impôs à Petrobras prejuízo proposital para ganhar dinheiro em Angola. Aí a África virou linha de investigação.
    André Esteves é ligado a Lula e ao ex-ministro Antônio Palocci, que é, digamos, o “interlocutor” do ex-presidente junto ao empresariado

  12. VOCÊS QUEREM O QUÊ?!
    Joaquim Levy era íntimo do ex-governador Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, e estava naquelas célebres fotos da “turma do guardanapo”, tirada em Paris, refestelando-se em restaurantes caríssimos às custas do povo, claro, e que suas esposas diziam usar sapatos de R$ 10.000,00 o par!
    Os aumentos de impostos, que mais deixarão a população sem dinheiro e inadimplente, em decorrência, é a fórmula simples que encontram para compensar esse tipo de mau uso do dinheiro público, esta farra indecente com o erário, este escárnio que fazem conosco.
    Agora, vamos e venhamos, a presidente Dilma escolher esse indivíduo …

  13. Mas ninguém vai para rua reclamar, desde as alterações previdenciárias até não correção real do imposto de renda, a recessão que está na nossa porta quem tem emprego que se segure nele.

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