Jungmann diz que Bolsonaro pode estar ameaçando uma volta ao comportamento golpista

Inaceitável que se tente fazer crer que urna é possível de fraude", diz  Jungmann - ISTOÉ DINHEIRO

Jungmann elogia disposição do Exército para evitar conflitos

Gabriel Shinohara
O Globo

O ex-ministro da Defesa Raul Jungmann disse neste sábado que há possibilidades de distúrbios caso o presidente Jair Bolsonaro perca as eleições deste ano, como aconteceu nos Estados Unidos com a invasão do Capitólio por militantes republicanos, incentivados pelo então presidente Donald Trump.

Ouvido pelo Globo, o ex-deputado e ex-ministro da Defesa ressaltou que não é de hoje que o presidente Jair Bolsonaro tenta levar as Forças Armadas a apoiar suas ações. Ele lembrou o episódio em que os três comandantes das Forças Armadas entregaram os cargos após Bolsonaro destituir o então ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva.

VACINAR A TROPA – Segundo Jungmann, a recomendação publicada pelo Exército sobre necessidade de vacinação dos militares e seus familiares é “absolutamente de cunho administrativo e não tem nenhum viés político”, ressaltando que cabe ao comandante do Exército proteger a tropa na volta ao trabalho presencial.

“Essa decisão da vacina é uma atitude que revela responsabilidade do comandante do Exército com a tropa e evidentemente que isso desagrada o presidente, mesmo que o então comandante Edson Pujol, o anterior que foi demitido, tenha publicado uma diretriz praticamente semelhante, e mesmo que o atual ministro da Defesa, Braga Netto, também tenha tomado decisão semelhante” — disse o ex-ministro.

POSTURA GOLPISTA – Jungmann afirmou ainda que esse episódio pode significar uma volta do presidente Bolsonaro ao comportamento que tinha até as manifestações do 7 de setembro de 2021, incentivadas por ele com posições de ataque ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e às eleições.

“O que nós estamos vendo é um retorno à escalada. Eu inclusive escrevi sobre isso, conversei com ministros que têm proximidade no Supremo e outras autoridades para os riscos que vamos ter em 2022. Infelizmente eu acredito que todos nós temos que estar prontos para a possibilidade de nós convivermos aqui com conflitos” — afirmou.

E continuou: “O motor disso tudo é exatamente a ambição do Presidente da República de se reeleger mesmo que isso represente cometer um ato de absoluto desrespeito não apenas ao TSE, ao sistema eleitoral, mas a própria democracia” — ressaltou Jungmann.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Não vai haver distúrbios nas eleições. A filial Brazil é muito diferente da matriz U.S.A. e temos outro tipo de reação. Ao contrário do que aconteceu nos Estados Unidos, o Exército brasileiro vai estar nas ruas e sufocar qualquer movimentação golpista. Se Bolsonaro bobear, pode acabar em cana, acredite se quiser. (C.N.)

8 thoughts on “Jungmann diz que Bolsonaro pode estar ameaçando uma volta ao comportamento golpista

  1. Bolsonaro nao possui força moral para tentar qualquer golpe. Falta-lhe comando e idoneidade.

    Para muitos oficiais superiores na ativa ele continua sendo o tenente indisciplinado e mau caráter que foi nomeado de favor a capitão.

    Atualmente ´é filiado ao PL, partido do notório “beato” Valdemar Costa Neto.

  2. Não sei não hein CN
    Tem tanto efetivo ?
    A disposição de todos os Comandos Militares e de suas tropas é a mesma ?
    E as PM’s e Força Nacional ? Se esqueceu que uma major que saiu exonerada desta última denunciou que estavam servindo para disseminação ideológica de comportamento golpista ?

  3. Bom dia,leitores(as):

    Senhor Carlos Newton vejo meio mundo preocupado com a SANHA GOLPITAS do Presidente Jair Bolsonaro e ninguém preocupado com a captura e destruição das INSTITUIÇÕES BRASILEIRAS por maus agentes público.

  4. Esse lero de dizer que o Brasil é filial do EUA é um estereótipo cunhado pelas esquerdas brasileiras nos anos 60 do século passado, porque ela (a esquerda) queria que orbitássemos em torno da “imaculada” URSS. Se naquele tempo não era verdadeiro essa patacoada, imaginem agora.

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