
Vasconcelo Quadros
iG São Paulo
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Ideólogo das Forças Armadas e um dos principais combatentes da fase decisiva da Guerrilha do Araguaia, o general Álvaro de Souza Pinheiro fez uma inesperada revelação sobre o destino dos militantes do PCdoB desaparecidos na região entre 1972 e 1975:
“É uma guerra inglória tentar saber onde estão enterrados, um desperdício de tempo. Vai procurar eternamente e não vai encontrar coisa alguma”, disse ele a assessores da Comissão Nacional da Verdade, durante audiência realizada no Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, a cujo teor o IG teve acesso.
Pinheiro afirma, no entanto, que todos os mortos foram identificados e enterrados em locais conhecidos, como é praxe em operações das Forças Armadas. Mas se recusou a dar qualquer informação relevante alegando, num momento que as operações eram compartimentadas e, em outro, simplesmente se negando a falar sobre eventos, datas e pessoas envolvidas nos episódios. Disse que o resgate de mortos e feridos era papel da equipe de logística.
PACTO DE SILÊNCIO
O depoimento inédito de Pinheiro durou 92 minutos. No final, ele acabou, involuntariamente, deixando pistas sobre o que o governo e a CNV já suspeitavam, ou seja, que há um pacto de silêncio entre os oficiais para manter em segredo as violações aos direitos humanos durante os anos de chumbo.
“Não vou confirmar nada a comissão nenhuma. Nem o papa me obrigaria”, disse o general, colocando a estratégia do silêncio acima das questões de estado. “Tô rindo. Não tenho nenhum interesse nisso. O que me interessa é que o exército resolveu o problema grave de um foco terrorista num ambiente de selva”, respondeu.
Pinheiro acha que como as operações militares no Araguaia eram sigilosas, não dará detalhes. E respondeu com evasivas às perguntas sobre a hipótese de destruição formal de documentos e restos mortais de guerrilheiros. “Quem garante que não tem termo de destruição? O problema é que nenhuma instituição quer alimentar a canalha e inescrupulosa indústria das indenizações”, disse.
Ele ainda ironizou a decisão do governo em determinar as buscas dos desaparecidos, afirmando que a CNV “é uma farsa, que carece de legitimidade e de credibilidade”. Disse que as investigações deveriam abordar os dois lados do conflito, apurando os casos de sequestro, assassinatos, assaltos e atentados cometidos pela esquerda armada.
“Acho difícil encontrar (restos mortais)”, disse ele, sem confirmar se em 1985, preocupados com o deslocamento de caravanas de familiares à região, os mesmos militares coordenaram uma “operação limpeza” para desenterrar e dar fim aos restos mortais dos 67 guerrilheiros desaparecidos.
A ofensiva final ao Araguaia, levada a cabo por integrantes das Forças Especiais de Exército, Marinha e Aeronáutica, a partir meados de 1973, resultou na eliminação completa do foco guerrilheiro.
EM NOME DA PÁTRIA
Álvaro Pinheiro afirmou que desconhece uma suposta ordem do comando segundo a qual nenhum guerrilheiro deveria sair vivo das matas do Araguaia. Num ato falho, no entanto, acabou confirmando que alguns foram capturados com vida.
“Às vezes se rendiam, se entregavam. Chegavam às bases dizendo ‘não quero mais’. Mas não explicou se foi na fase em que ainda se fazia prisioneiros ou, na etapa final, em que os militares partiram para o extermínio. Pelas estimativas da CNV, 41 militantes do PC do B vistos com vida por camponeses em poder dos militares foram executados friamente.
No mesmo dia, foram ouvidos também o ex-secretário de segurança do Rio de Janeiro, general Nilton Cerqueira, o comandante da operação que dizimou a guerrilha, e vários coronéis. Com exceção de Álvaro Pinheiro, todos responderam às perguntas relevantes sobre os desaparecidos com um “nada a declarar”.
Pinheiro só não economiza palavras quando é para falar mal da guerrilha. Diz que era “uma célula terrorista perigosa, terrível para a nação”, trata o episódio como uma guerra vencida pelos militares, diz que a missão das forças especiais era a neutralização do foco e sustenta que o que estava em jogo era a defesa da pátria. Mas faz uma ressalva para explicar a missão em casos de conflito: “Morrer pela pátria é amadorismo. Matamos pela pátria!”, disse. “O exército tinha a obrigação de neutralizar rápido e completo (o foco)”.
FERIDO EM CONFRONTO
Na época da guerrilha, Álvaro de Souza Pinheiro era primeiro tenente do exército e teve seu batismo de fogo em maio de 1972 num confronto em que, por pouco, não foi eliminado. Um tiro na clavícula, disparado pelo guerrilheiro Bergson Gurjão Faria o tirou de circulação. Meses depois, Pinheiro voltaria ao Araguaia, participaria das operações decisivas e, no final, entre idas e vindas, completaria um total de 247 dias na região.
“É a história da minha vida”, disse ele, se recusando, mais uma vez, a entrar em detalhes sobre o confronto. Bergson, cujos restos foram reconhecidos em 2009, foi morto pelos outros integrantes da equipe de Pinheiro.
Mesmo afirmando que não tem nada a esconder ou temer, o general disse que os militares estão expostos física e moralmente. E reagiu com cautela e desafio: “Não falta radical tresloucado que queira acertar contas do passado. Mas não é qualquer vagabundo que vai me pegar, nem a investida de policiais do governo”.
(texto enviado por Sergio Caldieri)
Disse claramente que eliminou fisicamente presos políticos, foi de tenente a general, isto é, promovido por tal “façanha”, está anistiado e impune por matar presos políticos e declarou que não aceita a anistia para as vítimas, ao dizer em alto e bom som não desejar “alimentar a canalha … das indenizações às vítimas”. E o que vem fazendo os governos, notadamente o do Lula e da Dilma em relação às vítimas? Na prática exatamente o que prega o general. Engavetando processos administrativos durante anos para elas morram, restringindo direitos dos que resistem a morrer, principalmente daqueles punidos no passado que não rezam hoje por suas cartilhas e não têm cupinchas conselheiros, apesar de todas as legislações, e se autopromovendo às custas dessas desgraças.
O senhor que faz o primeiro comentário fala a verdade: O governo Lula e Dilma estão com 28.000 processos engavetados (outras fontes dizem ser mais), esperando os que estão fila por reparações justas por terem sido presos, expulsos, com carreiras encerradas, morram. Essa é a verdade.
O que o general Pinheiro talvez não saiba é que a guerrilha do Araguaia foi um ardil armado pelo Exército, com a colaboração de um dirigente maior do PC do B, que, mandou seus militantes para aquelas longuras, onde não havia comunicação de espécie nenhuma para serem dizimados pelas Forças Armadfas, cujos militares não sabiam do ardil. Já apareceu um sobrevivente da guerrilha no Estado do Pará que declarou: O Exército já sabia da existência da guerrilha a muito tempo. É notória a entrevista do general Leônidas Pires Gonçalves dizendo que um dirigente do PC do B traiu seus companheiros por CR$150. 000.000,00( cento e cinquenta milhões de cruzeiros), e o Exército foi a São Paulos e matou todos, menos o delator que inventou uma missão e viajou para Albânia. As pistas estão dadas, a impresa investigativa se quizer pode correr atrás.
Para reflexão: Alguém de de consciência plena iria para Xambioá no Araguaia fazer guerrilha para derrubar a ditadura? Isso não entra nem na cabeça de um sapo. Como acreditar que gente culta vá meter-se em uma armadilha dessas sem que sejam induzidos por alguém hierarquicamente superior? Essa guerrilha não tem lógica. Entraram em um alçapão para serem mortos. Quem salvou-se como o Genoino é suspeito de colaboração. É só ver seus beijos e abraços com militares das três forças. Lula chegou a pensar em nomeá-lo Ministro da Defesa.
Muito bom raciocínio, Aquino. E talvez, por isso, tenha sido condecorado com a Medalha do Pacificador, – uma distinção aos que prestaram relevantes serviços ao Exército Brasileiro (??). Então por qual razão esse guerrilheiro dedo-duro estaria nessa fileira de notáveis homens da pátria?
Caso os comunistas do Araguaia não tivessem sido combatidos,
quantos estariam fazendo companhia a ZEDIRCEU na PAPUDA ?
Infelizmente temos que dar razão aos generais de 64 pois RUIM COM
ELES, PIOR SEM ELES.
E para o que servem as FFAA? Fizeram seu papel constitucional frente a ameaça alienígena do comunismo genocida e, se mataram, foi em defesa da soberania nacional. Mataram em missão e mostraram que para aquele contexto estavam qualificados. Que pena que não mandaram todos aqueles subversivos, terroristas (independente de serem comunistas) e guerrilheiros para o inferno, pois agora muitos deles têm imunidade e prerrogativas em seus altos cargos no Estado. Outros receberam polpudas indenizações no governo Lula, sempre através do advogado do Diabo, Luis Eduardo Greenhalgh, que sangrou mais de R$ 2,6 bilhões de Reais para os principais terroristas anistiados. Se lutaram por uma causa estavam ali por idealismo e contrários ao Estado de Direito, portanto, estavam e sempre estarão à margem da lei, então por que receber do Estado que combateram, dinheiro por isso? Essa ‘tuminha feliz’ de cumpanheiros camaradas continuou suas atrocidades com a mesma maestria mefistofélica ao colocarem em prática os atentados contra Celso Daniel e Toninho, num modus operandi bem conhecido por quem entende de contra-guerrilha. Infelizmente eu ainda era aspirante quando esses confrontos aconteceram, mas daria o meu melhor para efetivar as missões e silenciar a sanha que esses imundos pregavam contra nossos valorosos homens das FFAA, que cumpriram o seu dever, quando juraram sobre a bandeira defender a pátria com suas vidas. Terrorista não defende a bandeira, mas tão somente seus ideais de vida e interesses de minorias. A exceção de Lula, que não era porcaria nenhuma, -mas se tornou a maior delas tempos depois-, todos os anistiados que ai estão ocupando cargos de confiança não merecem confiança alguma, pois ainda exalam o hálito sulfuroso do comunismo, esse mesmo que por décadas fez, alhures, milhões de mortos pela fome, miseráveis pela exploração, ignorantes pela desinformação, brutos pela necessidade, submissos pela tirania e desesperados por um libertador capaz de sepultar os algozes de suas liberdades. Por sorte nossa tivemos homens de coragem para enfrentar Dilma, Dirceu, Genoino, Franklin e tantos outros que hoje recebem pequenas fortunas da Bolsa Ditadura por seu ato inglório. Sim! Matamos pela Pátria e estamos prontos para morrer, pela Pátria.
E, bandido Genoino, devolva a Medalha do Pacificador. Ela é apenas para homens.
Brasil! Selva! Prosseguir!
Não apoio radicalismos.
Sou contra nacionalistas lutarem entre si para implantação de regimes ou sistemas de governo ou para derrubarem ou colocarem gente no poder sem o voto popular.
Se o golpe militar se fez necessário, inexplicáveis as torturas e mortes que aconteceram promovidas pelos litigantes de ambos os lados.
Ufanismos não são apropriados quando constatamos que houve centenas de pessoas que tiveram suas vidas ceifadas em nome de uma ideologia ou em defesa da Pátria, mas que redundaram em brasileiros aniquilando brasileiros, promovendo ódios e indignações, injustiças e temores indiscriminadamente.
As Forças Armadas exageraram na sua ânsia de impedir uma ditadura à lá cubana, que estava em curso indiscutivelmente; os adeptos de Castro erraram ao eleger o Estado e quem lhes fosse contra para também cometerem seus assassinatos e torturas, sequestros e roubos, que simplesmente distorciam a causa que defendiam e combatiam.
O problema atual que se percebe hoje em dia é o revanchismo, a vingança, a cobrança de quase trinta anos passados de um período que o País não tem do que se orgulhar, ao contrário, tanto o Estado quanto os rebeldes pela forma que adotaram para impor suas vontades, desconsiderando o povo e o Estado de Direito da cidadania brasileira.
Lamento ainda ler discursos em defesa dos assassinatos e torturas cometidas, na mesma medida que repudio explicações e justificativas dos “guerrilheiros” ainda vivos que alegam mentirosa e desavergonhadamente que lutavam pela democracia!
Se o primeiro deveria ter seus torturadores punidos, o segundo, igualmente deveria ter seus falsos combatentes desmascarados e também cobrados pelos crimes que cometeram.
Esse assunto já cansou, fica nesse reme, a Argentina TEVE PEITO e já mostrou como se resolve essa questão ! Tirou o esqueleto de dentro do armário e enterrou, caso resolvido.
O resto e perda de tempo!
Ate o Chile em grau menor resolveu melhor essa situacao.
Feridas nao se fecham atraves de ” acordos ” unilaterais !
http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2013/12/argentinos-comemoram-os-30-anos-do-fim-da-ditadura-militar-no-pais.html
Estavam em plena guerra fria. Ninguém defendia a Democracia.
Os terroristas eram financiados pela ex URSS. O exército ajudado pelos USA.
Se houve a anistia ampla, geral e irrestrita por que a revanche dessa comissão da meia-verdade?
Alguém investigou o papel do ganso “Barba” de X9?… Nem querem saber!
Alguém pensa em investigar quantos brasileiros foram mortos ou aleijados pelos terroristas?
Poupem-me!!
Fico com o comentário de Aquino e acrescento que essa gente, que a religião marxista-leninista sempre quer fazer de mártir é igual ou pior que o pessoal da ditadura militar. Farinha do mesmo saco.
Tomassem o poder, matariam muito mais. Centenas de vezes mais.
Ponto.
O pior é que eles não desistem de ocupar o poder totalitariamente, com a mentira de da salvação do povo. Os cubanos é que sabem bem o que é isso.
Estão aí, o governo petista, combatendo a democracia sem descanso, aliando-se o que tem de pior hoje em dia no planeta: Cuba, Venezuela, Bolívia e outros lixos por aí que já deram prejuízo de bilhões ao povo brasileiro, como aquela senhora que apareceu na TV chorando por ter perdido tudo , comseu barraco destruído pelas chuvas.
E pensar que essas pessoas morreram para que o SARNEY, COLLOR, FHC E LULA pudessem ser presidentes…
Quanto desperdício!
Está certo General. Não deixe essa cambada de vagabundos que querem ir à forra te pegarem, não.
Cambada de vagabundos comunistas. Pena que nem todos foram exterminados.
Cambada de vagabundos!
Todos que conscientemente tomaram parte no golpe sabiam estar a serviço dos Estados Unidos. Tentar justificar dizendo que havia a possibilidade de um golpe comunista ou a iminência de ser implantada a tal “república sindicalista” que nunca existiu é não ter vivido aquele momento trágico de nossa história. Os comunistas no Brasil não tinham força para tomar o Estádio do Morumbi. Dizer que Jango estava dominado pela esquerda e o sindicalismo é outra bobagem. O golpe só aconteceu porque os Estados Unidos assim quizeram. E nossa sociedade que não tem sentimento de pátria concordou gostosamente em trocar as “reformas de base”, todas democráticas pelo governo ditatorial comandado pelos EEUU. Jango, o maior pecuarista do Brasil seria um comunista?Lógico que não. Era um covarde? Também não. Não resistiu a investida dos golpistas porque Santiago Dantas ao falar com Afonso Arinos foi ameaçado, quando este lhe disse como ameaça: Se vocês resistirem os americanos invadem o Brasil em nosso apoio. Santiago imediatamente comunicou a Jango. Era verdade uma Esquadra Americana (Brother Sam) já estava nas costas do Espírito Santo pronta para invadir o Brasil se houvesse resistância. Jango patrioticamente não resistiu contrariando muita gente, principalmente seu cunhado Brizola. Evitou assim que o Brasil fosse dividido como foi o Vietnan e a Coréia.
Antônio Santos Aquino, seu comentário é verdadeiro. Todo golpe em países da América Latina, tinha
um chavão principal: contra o comunismo ateu. Comunistas mesmo era uma minoria, conforme você
disse: não tinham força para tomar o estádio do Morumbi, a maioria da população, inclusive militares
que apoiavam o governo de Jango, defendiam a democracia contra a ditadura, eram considerados comunistas ( viam comunistas até na sombra deles ). Nem Jango, nem Brizola eram comunistas, tanto
que em eleições no Rio de Janeiro, o PC do B sempre foram contra o Brizola, a ponto de apoiar o
Moreira Franco contra o Darcy Ribeiro. Logo no início do governo militar, para agradar os americanos
Castelo Branco, tratou de imediato revogar a Lei de Remessa de Lucros. O EUA, não iam permitir um
novo Japão no hemisfério sul. Quando se fala em: o outro lado, referindo-se ao movimentos armados contra a ditadura, diga-se de passagem, foi um erro. Esses movimentos começaram em l968, quatro anos após o terrorismo, com mortes e tortura implantados pela ditadura. Enfim, conseguiram travar o Brasil, que tinha tudo para ser uma potência.
E, para fechar o assunto sobre Jango, que não era comunista e nem Brizola, mas que a minoria comunista aproveitava deles por serem ligados à causa dos pobres, para inserir sua demagogia da ditadura do proletariado, que se sabe no que deu, a Tribuna da Imprensa deu essa manchete após a derrubada de Jango:
“Escorraçado, amordaçado e acovardado, deixou o poder como imperativo de legítima vontade popular o Sr João Belchior Marques Goulart, infame líder dos comuno-carreiristas-negocistas-sindicalistas. Um dos maiores gatunos que a história brasileira já registrou, o Sr João Goulart passa outra vez à história, agora também como um dos grandes covardes que ela já conheceu.”
— Tribuna da Imprensa
Esta na hora dos militares tomarem o poder porque o Brasil só tem ladrão viva a ditadura militar.