
Charge do Montanaro (UOL Notícias)
Pedro do Coutto
O presidente Michel Temer, depois da edição de O Globo desta quinta-feira, não poderá se manter no cargo até o dia 6 de junho, data em que sua eleição será julgada pelo Tribunal Superior Eleitoral já que sua chegada ao poder ocorreu pela condição de vice-presidente de Dilma Rousseff. Seria uma oportunidade para superar a crise detonada pela delação do empresário Joesley Batista. Mas, diante da proporção dos acontecimentos, a data de 6 de junho está relativamente muito distante.
Michel Temer está exposto ao que dizem os artigos 85 e 96 da Constituição Federal, capítulo que trata dos crimes de responsabilidades em atos do presidente da República que se chocarem contra a própria Constituição Federal e as leis, especialmente a lei 1079 de abril de 1950. Está no artigo 85. O artigo 86 determina que, admitida a acusação contra o presidente da República por 2/3 da Câmara dos Deputadoss será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal nas infrações penais comuns ou perante o Senado nos crimes de responsabilidade.
MAIORIA DIFÍCIL – Alcançar maioria de 2/3 não será tarefa fácil. Afinal de contas ele ainda detém nas mãos a caneta do poder. É verdade que começou a desenvolver um movimento, para o qual se exige 2/3 no sentido de antecipar as eleições diretas de 2018, uma vez que pela legislação em vigor a queda do Chefe do Executivo implicará na investidura do presidente da Câmara que terá de convocar eleições indiretas dentro de 30 dias. Indiretas porque a vacância terá se substantivado a menos de 2 anos do término normal do mandato.
Entretanto, o parágrafo 1º do mesmo artigo 86 trata da suspensão das funções do presidente da República nas infrações penais comuns, recebida a denúncia pelo Supremo Tribunal Federal. Para esta solução não há necessidade de 2/3 da Câmara, valendo frisar que o afastamento tanto pode ser provisório quanto definitivo. Fica a indagação a respeito de quem terá o poder de enviar a acusação ao STF. Preenchendo um vazio constitucional pode-se admitir que seja possível através de representação do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot.
SEM RENÚNCIA? – Seria uma saída para a crise, admitindo-se que Temer não renunciará. Porém, a ação da Polícia Federal realizando busca e apreensão de documentos na residência do senador Aécio Neves em Belo Horizonte e prendendo sua irmã Andrea Neves já revelou a profundidade da ação determinada pelo ministro Edson Fachin.
A atmosfera de indignação para com atos de corrupção tornou-se muito densa, fornecendo as condições para investidas com base em normas legais rígidas.
Acentue-se novamente que o afastamento do presidente da República, uma vez decretado pelo STF, significará praticamente sua queda do Palácio do Planalto, a qual, aí sim, poderá ser confirmada definitivamente a 6 de junho pelo Tribunal Superior Eleitoral. Essa seção foi marcada pelo ministro Gilmar Mendes para um sentido e ironia do destino, terminará favorecendo outro. A solução provisória da crise surge por uma coincidência.
Organizar nas ruas, para explicitar aos 2/3 , 3/4 ou 100% desses congressistas que 220 MILHÕES de Brasileiros querem o Vampiro FORA do cargo…
Sem demora que já passou da hora há muito tempo….
O ÚNICO NÚMERO REAL DE TEMER:
CRESCIMENTO DE 26 MILHÕES DE DESEMPREGADOS ….
Alô, Temer?
Celso de Mello mandou sair!!!
Alô, Temer?
FHC mandou enfiar no saco!!!!
FHC quer a cadeira já
Porque o Lauro Jardim tem o direito de ficar editando os videos e não repassar para o publico?
que nhaca!
como se o assunto atingisse só a ele, pessoalmente….
E o cinegrafista? Com esse material em maos, apos o recebimento pelo servico, nao teria que ser preso por nao divulgar publicamente imediatamente?
Prova é sempre prova….
Acabo de assistir vídeo em que o Temer garante que não renunciará e pede urgência ao Supremo para que seja esclarecido de forma rápida o episódio da gravação.
Por sua vez, o Reinaldo Azevedo tece comentário questionando a maneira como foi anunciado o vídeo comprometedor, acenando que o mesmo não teria validade como prova em juízo.
Sei não…
Em tempo de tantas armações, fica complicado saber quem é quem,e se falam a verdade.
Em suma, quem é o mocinho e quem é o bandido nesse faroeste caboclo cheio de surpresas…