Elio Gaspari
Folha/O Globo
Um estudo do Ministério da Fazenda expôs a ruína que o comissariado dos ministros Aloizio Mercadante e Fernando Haddad produziu no programa de financiamento para estudantes de curso superior, o Fies. Fizeram a farra das faculdades privadas expandindo a carteira de empréstimos de 600 mil contratos em 2012 para 1,9 milhão em 2015. No interesse das empresas, davam-se empréstimos a quem tirava zero na prova de redação do Enem e praticamente dispensava-se o fiador. O saldo das operações do Fies cresceu 1.000% em quatro anos e ao final de 2016 chegou a R$ 61,9 bilhões.
Naquele ano o Bolsa Família custou R$ 28,6 bilhões. Eram programas essencialmente diferentes, mas o governo permitiu que o Fies fosse percebido com um programa de bolsas. Estudantes que tinham acesso a outras formas de financiamento migraram para a bolsa da Viúva. A Fazenda calculou que a inadimplência (51,4%) e os subsídios levarão o Fies a gerar um espeto de R$ 11 bilhões em 2024.
DINHEIRO DA VIÚVA – A farra inflacionou os preços das mensalidades e engordou grandes empresas do setor. O estudo, assinado por dez técnicos do Ministério da Fazenda, chega ao final com uma questão óbvia: existindo o ProUni, que beneficia o mesmo público, não havia por que expandir o Fies. Não havia nem há, a menos que o nome do jogo continue sendo jogar dinheiro da Viúva nos cofres dos donos de faculdades. O programa do Fies foi remodelado há poucas semanas. Tomara que dê certo.
Serviço: O “Diagnóstico Fies”, do Ministério da Fazenda, está na rede.
pt = quadrilha
Mistério do Fies desde que foi criado pelo FHC :
Para onde vão os 7,76% do valor bruto de cada jogo da caixa a ele destinado ?
Se responderem eu conto quem é o dono do avião que o Lula voa….
E o Temer vai dar esse dinheiro para os abutres do ensino a distância. Treinamento de professores através de uma metodologia americana que até lá foi abandonada.
Tem muitos donos de ONGs picaretas ligadas a partidos , atrás dessa farta grana…
E a safadeza é tamanha que ainda almejam voltar.
Confesso que cansei de ouvir, ver e ler matérias sobre desperdício, roubo e corrupção com recursos públicos. E fico chateado de ver que, com tudo que é denunciado, pouco ou nada acontece com seus autores a não ser receberem novos mandatos e novos cargos para continuarem fazendo o mesmo. A isto dou o nome de “conversa de bêbado”.
Levantar dados, identificar falcatruas e/ou desmandos e desvios e deixar por isto é de uma irresponsabilidade brutal. Quando não sei, nada a dizer. Mas quando sei, comprovo e não faço nada, a situação fica pior do que se não soubesse.
Quando será que faremos o que precisa ser feito?
Alguma dúvida do que precisamos fazer?
Fallavena