Carlos Newton
É impressionante o que está acontecendo na disputa pela terceira via, que pode acabar levando a melhor na disputa pela Presidência da República em 2022, devido à grande rejeição dos principais candidatos – o presidente Jair Bolsonaro, que enfim está se filiando ao PL nesta terça-feira, e o ex-presidente Lula da Silva, que ainda não confirmou a candidatura pelo PT, mas já está em franca campanha.
A maioria das pré-candidaturas só tem prazo de validade até o final de março, quando há a chamada “janela” para troca de partidos e a obrigatória desincompatibilização de quem exerce cargo público e pode se tornar inelegível. Mas agora, quatro meses antes, já avançam as articulações para fortalecer o principal candidato que despontar com possibilidade de quebrar a polarização Bolsonaro/Lula (não necessariamente nesta ordem).
BOAS CONVERSAÇÕES – Quem iniciou as conversações na terceira via foi o pré-candidato Henrique Mandetta, que se lançou antes da fusão de DEM e PSL, criando o União Brasil, que pode se tornar o maior partido do país. E o governador tucano João Doria então propôs que o candidato que estiver mais forte seja apoiado pelos demais.
Mandetta apoiou imediatamente, é claro, e também o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Em seguida, a ideia foi aceita pelo governador gaúcho Eduardo Leite, que disputou as prévias do PSDB, e também por Sérgio Moro (Podemos) e Luiz Felipe d’Avila (NovoJ).
Ficaram faltando Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), que somente agora está sendo oficialmente lançada, e o Cabo Daciolo (Brasil 35), também recentemente confirmado na disputa.
CIRO E MORO – É claro que os beneficiários desse acordo são Ciro Gomes e Sergio Moro, que desde sempre vêm disputando o terceiro lugar nas pesquisas.
O mais curioso nessa disputa paralela é que o pré-candidato Sérgio Moro, sem experiência política e que participa de sua primeira campanha eleitoral, está se relacionando cada vez mais com os demais candidatos, visando a alianças futuras, e já confirmou que abrirá mão da candidatura em favor do concorrente que estiver à sua frente nas pesquisas.
Enquanto isso, Ciro Gomes, com vasta experiência política e eleitoral, não busca se relacionar com os demais candidatos e está batendo forte em Moro, com se isso pudesse atrair mais eleitores, embora o efeito possa ser contrário.
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P.S. – Desse jeito, Ciro entrega a terceira via de bandeja para o ex-juiz Sérgio Moro, que tem pouco telhado de vidro e só pode ser “acusado” de tentar combater a corrupção e a criminalidade no país. Ainda hoje, vamos publicar um artigo de conhecido criminalista de São Paulo que mostra o importantíssimo legado de Sérgio Moro no Ministério da Justiça, em apenas um ano e quatro meses de gestão. É um texto de leitura obrigatória (C.N.)
Ele queria ser do STF. Agora ficou quase na obrigação de ser candidato. Como tem pouca rejeição e tá limpo, é candidato muito forte. O mais provável é que vá para o segundo turno e está costurando coisas do tipo “se eu não for te apoio”. Dá resultado com calculistas como ele. Quando ele for falar com o PT, me avisem. Kkk!
Sou obrigado a concordar com editor chefe.
Os inimigos de Moro são Bolsonaro e Lula PT.
Tiroteio, chumbo trocado é com eles..
CIRO GOMES não tem nada que se meter, neste momento.
Deixa eles sangrarem…
De outra banda, Lula prudentemente não é candidato pois, não houve a convenção partidária e seu processo está stand by.
“Da cabeça de juiz, bumbum de bebê” e da vontade de broxanarista “arrependido” os resultados serão sempre os mesmos.
MoroBolso 2.0 é a “nova” aposta dos mesmos que fizeram vistas grossas à chapa apoiada pelas forças Narcomilicomilicianas.
Moro está se promovendo para no dia D e na hora H dar seu apoio a qq um que o apoie para a Câmara ou ao Senado.
Ele sabe que vai precisar e muito da “imunidade parlamentar” quando for processado pela perseguição direcionada à Lula.
Os sem voto .
Data Vênia,essa pretensa imunidade não se aplica a “crimes”cometidos antes da legislatura.
Com a palavra,os Doutos da matéria.
Ah..nem após legislatura…
Caso contrário,Bolsonaro, é candidato a Deputado pra se livrar digamos, de alguns mal entendidos.
O grande telhado de vidro do Moro foi de tentar combater a corrupção e a criminalidade neste país
Prezado editor, o candidato Moro ainda não se pronunciou sobre o processo de Privatizações, se vai continuar com a venda do patrimônio público. Ciro Gomes já declarou que é contra, um ponto a meu juízo, a favor do pedetista.
Nesta segunda feira, o ex presidente da Petrobrás, Roberto Castelo Branco, demitido este ano pelo Presidente Bolsonaro, por não conter o aumento dos combustíveis, expôs em artigo na página A4 do Estadão, o seu júbilo e uma certa ponta de orgulho, com a batida do martelo da primeira Refinaria do Brasil, inaugurada em 1950 na Bahia, batizada com o nome Mataripe e depois rebatizada de Landulpho Alves.
Foi vendida para o Fundo Árabe Mubadala Capital/ Abu Dhabi dos Emirados.
Castelo Branco afirmou, que no discurso da sua posse, na presidência da Petrobrás prometeu que a nossa maior empresa não ficaria sozinha na Indústria do Refino, sob a alegação de que o monopólio restringe a liberdade.
O economista explanou todas as dificuldades para chegar a esse momento épico, se encerrando com o fechamento da transferência da Refinaria para o Fundo, com o nome original de Mataripe, agregando juntamente com a Infraestrutura de logística, os terminais e os dutos de petróleo para a propriedade da Mubadala Capital, por U$ 1,65 bilhão.
Completada essa primeira venda da Refinaria da Petrobrás transferindo o patrimônio público para o particular, ainda falta vender mais 7( sete) Refinarias.
Faltou ao economista Roberto Castelo Branco explicar ao distinto público, que o custo de uma Refinaria desde a planta até sua inauguração, custa mais de 10 bilhões de dólares e leva 10 anos para começar a dar lucros.
O Fundo Árabe Mubadala pegou uma estrutura funcionando, com pouquíssimos investimentos em modernização da infraestrutura existente e funcionando, devido ao rigor da empresa petrolifera, na manutenção de seus ativos nas estruturas em Terra e nas Águas Submarinas.
Foi um bom negócio para o Fundo Árabe, tenho minhas dúvidas se foi bom para o Brasil.
O que diriam os militares nacionalistas, da década de 50, que lutaram para criar a Petrobrás enfrentando toda sorte de boicote dos países que exportavam combustíveis para nós, com esse quadro de desmonte, que estamos assistindo inertes?
Acho que não obterei nenhuma resposta.