Mourão, um vice-presidente intrometido, teve a ousadia de dar “pitacos” sobre política externa

Brasil não concorda com a invasão do território ucraniano', diz Mourão | Brasil | O Dia

Mourão se acha o máximo e não pode ver um microfone…

Roberto Nascimento

Na tarde desta quinta-feira, o vice- presidente Hamilton Mourão deu declarações à imprensa, condenando a invasão da Ucrânia ordenada pelo presidente Vladimir Putin. Chamou o governante russo de um novo Hitler. Entendi essa entrevista como uma desconsideração do vice em relação ao presidente Bolsonaro.

Quem dá declarações oficiais pelo governo, em questões delicadas como a atual, nesse conflito no Leste Europeu, é o presidente da República, Jair Bolsonaro, que ordena ao seu Chanceler qual o caminho deve seguir nos organismos internacionais (ONU) e na atuação das Embaixadas brasileiras na Rússia e na Ucrânia.

MOURÃO EXTRAPOLOU – Ninguém pode falar em nome do governo sem o aval e a permissão do presidente da República. Qualquer iniciativa nesse sentido é uma contrafação, um embuste, uma falsa qualidade.

O momento é sensível e a direção da política externa deve ter um único comandante. Essa tarefa não pode ser dividida e haver uma contradição entre o chefe da nação e o vice-presidente.

O país pertence ao grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Então, certas declarações podem prejudicar os interesses brasileiros no âmbito do bloco econômico.

POSIÇÃO CORRETA – Bolsonaro agiu acertadamente ao visitar a Rússia, visando às relações diplomáticas e comerciais, com estreitamento dos laços econômicos, que unem os dois povos.

O Brasil têm que manter a neutralidade, como vem fazendo neste confronto, seguindo o pragmatismo democrático responsável, que sempre foi o norte da política externa brasileira.

A esse respeito, o  pronunciamento do embaixador brasileiro na ONU a favor da soberania dos povos, como lema do povo brasileiro, deveria ser seguido por todos os integrantes do governo Bolsonaro, especialmente o vice-presidente Hamilton Mourão, que perdeu uma boa oportunidade de ficar calado.

12 thoughts on “Mourão, um vice-presidente intrometido, teve a ousadia de dar “pitacos” sobre política externa

  1. Para mim jogo
    Combinado.

    Quando cobrei em grupos de whats sobre o jogo andar de motinho ao invés de condenar a invasão, de todos eles o assunto virava_se para o Mourão.

    Que ele não devia falar, que o bozo não podia ter qye se preocupar em apagar o incêndio da fdja do Mourao etc etc.

    Não deve falar nada.

    Para mim tem menos moral que o bozo pois continua a fazer parte ativa do governo.

    Vai falar quando for humilhado pela Milésima vêz e chuta o balde e abandonar.

    Ou escreve uma carta.

    Não devia falar, certamente, a não ser que estivesse fira fo governo.

    Por mim nao merece o menor crédito.

    Espero wye venha ao rs e faça uma miséria vergonhosa de votos, condizente com sua postura.

    Não sei como se combina soberania com invasao

    • A manifestação do vice, se insere no contexto do seu distanciamento do presidente, agravado pela comunicação de que não participará da chapa da reeleição. Os analistas dizem, que será o ministro da Defesa, Braga Neto, mas, não creio, que possa agregar valor para angariar votos na dificílima eleição de outubro.
      O vice exagerou no vocabulário. Faltou- lhe assessoria. O momento é grave, por isso, as palavras devem ser bem sopesadas.

      Quanto a candidatura de Hamilton Mourão, ao Senado pelo Rio Grande do Sul, é uma aposta corajosa. O vice provavelmente estudou o cenário dos postulantes adversários e concluiu por tentar um mandato no RS, em detrimento de uma disputa no Rio de Janeiro, na qual teria que concorrer com o senador Romário, o Bispo Crivella e o deputado Alexandro Molon. Trio barra pesada.
      E para piorar, somente uma vaga de senador nesta eleição.

  2. Duarte, você citou o Rio Grande do Sul e suscitou em mim, uma dúvida. Por que, um Estado com tantos luminares da política brasileira, como Pedro Simon, Paulo Brossard, Leonel Brizola, Getúlio Vargas, João Goulart, os gaúchos terão que votar em Onix Lorenzoni e no novato outdsider Eduardo Leite?
    É nesse vácuo, que Mourão quer entrar. Nesse sentido, evidentemente foi uma boa escolha.
    Precisa calibrar seus pronunciamentos. Um erro, pode ser fatal. Os adversários não perdoam uma falha.

    • Nascimento Bom dia.

      Desculpe o texto às vezes confuso mas continuo com ombro direito imobilizado e tenho que recorrer ao Google ou a mão esquerda os dois são terríveis.

      Sobre o Mourão para mim é uma decepção superior até bolsonaro de quem não se esperava tanto mas ele tem dado mostras de adorar as benesses do poder e não se importar em ser extremamente flexível se vergar e lamber as botas de bolsonaro a cada humilhação para não perder as tetas do poder.

      É tão vexatória essa sua submissão que parece jogo combinado.

      Na hora da Onça beber água sempre está e acredito sempre estará ao lado de bolsonaro.

      Por isso mesmo numa disputa com quadros lamentáveis como Onix Onix E o senador cloroquina e outros menos visíveis ainda assim acredito que terá dificuldade pela sua postura Firme com uma gelatina

      • Sobre o meu estado infelizmente atingimos o que dizia Osvaldo Aranha um deserto de homens e de ideias

        O motivo não sei acredita que sejam vários assim como a queda de um avião nunca há um motivo só mas a junção de pequenas tragédias ao final resulta em uma grande tragédia.

        A ruína financeira do Estado desnudou uma situação vergonhosa para os Gaúchos. Sempre nos orgulhamos de sermos diferentes do resto do Brasil dos políticos que viviam a sombra do Estado e percebemos com grande pesar de que não éramos diferentes pelo contrário o assalto aos cofres públicos e a dependência da iniciativa do Estado era tão grande ou maior do que em outros estados.

        Quando for impossível continuar a mesma política de Amparo pelo Estado das suas várias formas ficamos sem saber o que fazer.

        O surgimento do PT e a sua força que estado conquistando prefeituras posições importantes na Assembleia e até o governo do estado de forma repetida seguramente reforçou essa ideia de que o estado deveria subir a todos.

        O PT pensávamos estava avançando a política brasileira com a sua posição moralista com a sua composição estruturada em sindicatos e trabalhadores mas na prática percebemos hoje que ele estava rebaixando o nível da política levando apenas a ser a nosso favor ou contra nós com isto As lideranças que não se sentiram confortáveis em participar desta guerra suja permanentemente sem grandes discussões de sua profundidade aos poucos foi abandonando a política.

        A tomada de assalto no MDB Nacional por figuras como Quércia Newton Cardoso e outros similares enfraqueceu a projeção de Pedro Simon o último grande líder, Guardião da Moral e dos bons costumes que cuidava com mão de ferro do MDB do Rio Grande do Sul, buscava novas lideranças como Germano Rigotto Como José Fogaça entre outros.

        Admissão de sua força no cenário nacional evidentemente se refletiu aqui no Sul onde também ou MDB começou a ser corrigido trazendo figuras similares e aliadas nacionalmente a esses luminares da política e da política de negociação e de obtenção de vantagens a todo custo.

        Assim o MDB do Rio Grande do Sul que sempre era diferente do MDB corrompido nacionalmente, tornou-se uma extensão do cenário nacional não havendo mais espaço para o Simon e para sua política de a lista.

        Brizola com todos os seus méritos como líder com brasileiro preocupado com o futuro da nação e dos seus habitantes, com a sua postura de não deixar nem um grande líder se criar a sua sombra também permite um partido grande o PDT mas com quase nenhuma figura de expressão.

        O declínio absurdo da qualidade do ensino motivo anteriormente de orgulho para todos os Gaúchos, resultou na formação de militantes e Guerreiros de uma ideia e de um partido ao invés de grandes nomes participando da discussão das grandes questões nacionais ou estaduais.

        O CPEx Sindicato dos Professores transformou-se num instrumento de luta ideológica de lavagem cerebral visando transformar todo mundo toda criança não socialista o comunista como queiro e esqueceram-se de ensinar e de difundir a cultura e o ensinamento.

        Hora em ambientes de trevas qualquer pequena vela parece um holofote.

        Provavelmente existem muitas outras causas mas é muito difícil para mim escrever sobre isso.

        Logo que melhorar vou voltar ao assunto Acho interessante realmente como atingirmos um patamar tão baixa que política .

        É só verificar absoluta ausência de políticos gaúchos no cenário nacional

        Obrigado pela preferência um grande abraço e vamos continuar na luta

        • Prezado Duarte
          Que texto maravilhoso sobre à política do Rio Grande do Sul.
          Análise nua e crua, indo aos detalhes do antes e do agora.
          Acompanho o Partido MDB nacional, desde a Ditadura Militar. A ARENA (Aliança Renovadora Nacional), de renovadora não tinha nada, era o mais do mesmo. Arena era o embrião do Centrão.
          O MDB também apoiou a ” Revolução”, mas, como era uma Frente, os Autênticos divergiam do comando do Partido, muito mais pragmático. Tanto, que essa corrente mais progressista do Partido era chamada de “esquerdistas”.
          No SUL lembro do combatido deputado Alencar Furtado, do Paraná.
          No Rio de Janeiro, o dono do MDB era o governador Chagas Freitas, que liderava os deputados para votar nos projetos do governo militar/civil.
          Duarte, se formos comparar seu Estado, com o Rio de Janeiro, a cidadela aonde vivo, você ganha de goleada. Nos últimos 20 anos, os governadores eleitos e a bancada de deputados federais eleitos, transformou o Estado em chacota nacional.
          Três governadores afastados do cargo por corrupção, um deles ainda encarcerado e mais dois respondendo na Justiça. Um desastre para cariocas e fluminenses. Por conta desse descalabro gerencial e ético, o Rio de Janeiro se encontra em Recuperação Fiscal, atolado em dívidas.
          É muito triste comentar sobre esse drama, que nos assola.
          E o carioca, que era alegre, piadista, acolhedor, se tornou agressivo e vem desrespeitando as Leis e regras civilizatórias todos os dias. Por exemplo:
          Regras de trânsito: avanço de sinal, uso de setas indicando que vai virar à esquerda ou à direita, uso de celular numa mão e a outra para passar a marcha e segurar o volante.
          Regras de saúde pública: desrespeito no uso de máscaras e distanciamento social.
          Evidente, que se trata de 50% dos cidadãos, sendo muito otimista. Observo isso, todos os dias no transporte coletivo e observando o trânsito.
          As nações têm o seu tempo de crescimento econômico, social e político. Por isso, acredito que vamos dando os passos lentamente em busca de mais justiça social e respeito as Leis.

  3. Desculpem. Estou corrigindo o texto. me perdoem.

    Gostaria de conhecer a sua opinião sobre o assunto. Quem sabe possamos convergir sobre o assunto?
    Ninguém tem o dom da verdade absoluta.
    As opiniões são postas para que haja o debate das ideias.
    Inúmeras vezes, aqui na TI, elogiei o posicionamento do vice, Hamilton Mourão, um militar preparado, estudioso dos problemas brasileiros e um político que expõe as suas ideias com coragem e fibra.
    Infelizmente, dessa vez, discordei.
    Li o artigo do escritor peruano Prêmio Nobel, Mário Vargas Llosa, sobre o desenrolar do processo que levou a morte do filósofo Sócrates, muito importante nesse momento que vive o mundo. O retorno da Guerra Fria.
    Sócrates se convenceu, que ainda que absurda, a sentença que o condenou a beber Cicuta (veneno mortal) deveria ser cumprida. Ele amava demais sua cidade Atenas e ensinava a seus discípulos, em suas palestras ao ar livre, nas ruas, que as leis da cidade são sagradas e deveriam ser cumpridas. Assim, expôs com o brilhantismo habitual no domingo, Mário Vargas, no jornal O Estado de são Paulo.
    Um homem genial, à frente do seu tempo, o filósofo Sócrates. Teve a oportunidade de fugir e não o fez.
    Ele sabia, que as Leis da Terra são injustas e que Justiça só existe no paraíso, como bem pontuou recentemente, o Ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal, Eros Grau.
    O mundo sempre esteve em guerra, desde os Impérios do Egito, o Romano, Portugal, Espanha, França, Inglaterra e agora os Estados Unidos, o senhor do mundo. fazem o que querem e se acham no direito de criticar os outros.
    O próprio Biden ano passado ordenou um ataque a um suposto terrorista no Afeganistão, quando abandonavam o país a própria sorte e acertou o alvo errado, matando inocentes, perto do aeroporto de Cabul.
    No Iraque praticaram um massacre, acreditando que Saddan tinha armas de destruição em massa. Era mentira. Morreram centenas de iraquianos e mataram o ditados Saddan Hussein.
    E os exemplos do Vietnam, da Líbia, completamente destruída por bombas disparadas do mar Mediterrâneo, através de Drones assassinos.
    E os franceses e ingleses, que armaram os insurgentes, a partir de Benghasi, para iniciar a derrubada de Kaddafi.
    A Líbia está destruída, e sua Infraestrutura retorno ao patamar de 100 anos. A Mídia ocidental não dá a mínima para o drama do povo líbio, largado a própria sorte.
    Não acredito em nenhum líder mundial, são todos voltados para seus próprios interesses pessoais e corporativos.
    Duvido, que todos enterrem seus arsenais nucleares, pelo contrário, impedem que outros países possuam a tecnologia. Pressionaram o presidente Collor a desistir dos testes nucleares e agora tomaram a Base de lançamento de mísseis de Alcântara no Maranhão.
    Eles se preocupam com a vida do planeta? Acho que não, senão evitariam as duas bombas nucleares contra cidades japonesas, no final da guerra, portanto, desnecessárias. Lamentável

  4. Caro Nascimento

    grato, mais uma vez, a gentileza é caracteristica dos grandes homens.

    Nao sei se sabiamos menos, se erámos mais ingênuos e otimistas, nao sei se os atores eram mais performáticos, mas para mim, é real que mudamos, muito e para pior.

    Como dizia Ulisses, o que vier será muito pior.

    Quando conseguir escrever, vou fazer um artigo /provocacao ao debate(claro virão as ofensas dos democraticos raivosos) sobre o que, eu, na minha limitada ignorancia, considero a gasolina para a criminalizacao em grande da escala da poltica no Brasil:

    o voto aos analfabetos e remuneracao dos vereadores

    mas vai demorar.

    Catar milho com a mao esquerda é cruel

    Grande abraco

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