
Charge do André Dahmer (Arquivo Google)
Percival Puggina
Instalou-se entre nós uma justificada sensação de que os problemas são maiores do que nossa capacidade de os resolver e de que face aos males do corpo social e político nacional, os anticorpos institucionais são insuficientes para combater as células malignas que o acometem.
Creiam-me, o Brasil é inocente, totalmente inocente. Inapto a qualquer protagonismo, o país, como tal, é vítima e não culpado dos males de que é acusado. Tudo que costumamos dizer sobre o Brasil deveríamos transferir, por ação ou omissão, à sociedade brasileira. E esse é um dos aprendizados mais urgentes.
SEM CULPA – Nossas culpas são muitas e efetivas como nação. Não, não me atolarei no lugar comum de atribuir indiscriminadamente à sociedade o lixo arremessado pela janela do carro, a buzinada no trânsito e a venda sem nota. O que trago é muito mais sério. Refiro-me, entre outros desvios, à infeliz tentativa de criar um humanismo sem Deus porque o “politicamente correto” coíbe toda referência a Ele em espaço público. Refiro-me a uma sociedade que tem o dedo duro para as imperfeições alheias e jamais aponta o próprio peito por considerar mórbido e pernicioso examinar a consciência.
Refiro-me a uma sociedade que busca a perfeição nas coisas exteriores, que usa o espelho, os cosméticos e a academia para fazer porcelana do barro de que é moldada, mas teme olhar fundo nos próprios olhos.
Ora, a qualidade que pertença ao todo de um corpo social se faz da qualidade das pessoas que o compõem; em nenhuma organização humana haverá qualidade que não esteja fundada nos atributos de seus membros, em todos os seus níveis. Não há como nem por que ser diferente em relação a uma nação.
NA POLÍTICA – Todos desejamos um Congresso Nacional composto por pessoas probas, responsáveis, competentes e dedicadas ao interesse público. Se tal anseio fosse atendido, nossas dificuldades institucionais, sociais e econômicas já estariam resolvidas. No entanto, a maior parte dos cidadãos brasileiros, na hora de escolher um parlamentar, busca alguém para cuidar dos seus interesses. E quanto mais privados forem, melhor. É assim que a alguns se creditam e perpetuam privilégios enquanto a conta segue, inexoravelmente, a débito de todos os demais, incluídas as gerações futuras.
Num viés oposto, salutar, ao escolherem no leque de alternativas proporcionado pelos candidatos a uma determinada cadeira, os eleitores interessados no bem do país deveriam orientar sua opção àquele com cujas opiniões melhor se identifiquem. E não por convergência de interesses pessoais ou corporativos. Para despachante de interesses qualquer um serve.
PROBLEMA MORAL – A inversão na natureza do mandato parlamentar é, também ela, uma forma de corrupção, problema de natureza moral, que atinge a finalidade mesma da política, corroendo a ideia de representação e originando um paradoxal filho da hipocrisia. Refiro-me ao eleitor – e como ele é típico! – que elege alguém para cuidar de si e fica indignado quando percebe seu parlamentar fazendo exatamente a mesma coisa, dedicado a seus próprios negócios ou negociatas.
No dia em que tais compreensões alcançarem parcela expressiva da sociedade brasileira, muitos patifes que só causam dano à pátria perderão suas cadeiras.
Caro Pugina, olhamos o rabo dos outros, mas o nosso nunca, porque não olhamos no espelho nossas costas, isso que aí está, é fruto de nosso orgulho e egoismo, Esquecemos que estamos no mundo material de passagem, colocados pelo Pai Celestial- DEUS, para, através do trabalho, no Amor fraterno, em nossas obras, retornamos ao Mundo espiritual, o verdadeiro, e assim, vindo e indo, nossas almas eternas, vai progredindo, a Caminho da Luz, que um dia alcançaremos, por trabalho no Bem, olhemos a História Universal de nosso Planeta, e veremos o progresso realizado, o Cosmos, material é a Escola Hospital, não aprendemos, vamos repetir o ano, e voltar ao hospital, para pagar até o último ceitil, de nossas obras no mal. Temos o roteiro para termos Luz e Paz, temos, o Código nos foi dado a 2 mil anos, por Jesus, o Cristo, seu Evangelho, ou Boa Nova, o que fizemos, o torturamos e o assassinamos, mesmo, assim, nos deu, o exemplo, em seu último suspiro: Pai, Perdoa, eles não sabem o que fazem, e continuamos a não saber. A situação da Humanidade, não nos deixa mentir.
Jesus nos mostrou o Caminho de nossa redenção: Eu sou o Caminho, a Verdade, e a Vida, e ninguém, vai ao Pai, a não ser por mim. Estudar o Evangelho e o esforço de exemplificar, é preciso,
Ultimamente os articulistas tem acusado “a sociedade” de ser a responsável pelos nossos males. Mas, afinal, que diabos é essa tal de sociedade? Não consigo vislumbrar, sob esse nome, nada mais do que uma tremenda abstração que parece ilustrar o desespero de quem não vê mais saída para o buraco em que o país foi arremessado. Emile Durkheim assinalou que …”as gerações maturas agem sobre as imaturas com o objetivo de desenvolver estados físicos, psiquicos, morais e intelectuais reclamados pela sociedade em seu conjunto”… Aqui já vemos “o pai da Sociologia definindo a Educação como apanágio da tal sociedade. Assim não fica difícil entender que somente sairemos do buraco quando a dita cuja sair do seu lado fantástico e se apresentar, do lado concreto, com cabeça tronco e membros e der a cara a tapa…
Ou então, quem sabe, se acabar cansada de ser acusada e resolver arrancar do poder, toda essa gente que vive rindo dela…
Anunnaki,
Por favor, me permita assinar contigo este brilhante comentário que postaste.
Perfeito!
Parabéns.
Um forte abraço.
Saúde e paz.
Valeu, Bendl! No curso das coisas, acho que irá ganhar um bom dinheiro quem investir numa fábrica de guilhotinas…
Abçs
Parabéns Perciva !
Com poucas palavras retratastes bem as causas dos nossos desastres, ou seja, muitos brasileiros honrados ou não vão pelo caminho da porta larga, querendo que o homem em que nele votou resolva seus problemas que só ele mesmo pode resolver.
É o caso do lula bandido que com sua conversa mole engana principalmente esses que pensam que o molusco pode resolver problemas particulares de cada um, quando, até agora, só sabemos que ele resolveu o seu , os dos familiares, amigos e da comentada amante rose pacotão, mesmo assim resolveu os financeiros através da roubalheira do dinheiro público, mas deixou o rabo de fora e o Moro pegou.
O povo brasileiro paga muito caro pela sua ignorância, pois não tem tempo e nem dinheiro para se informar da nossa história que é tão importante para nos mostrar quem presta e quem não presta na vida pública. Daí prosperam os lulas, as dilmas, os diceus, os filhos dos lulas e toda a patota dos partidos como pt, pdt, o pc e tantos outros que abrigam a canalhada.
Vamos ter que trabalhar muito para mandar essa bandidagem para escanteio, pois eles só têm esse meio de vida que é chupar o sangue do povo brasileiro, e fazem dívidas astronômicas em nome da união que através de sucessivos governos perdulários aumentam impostos até quando puderem.
Mas tudo tem um fim, e disso ninguém tem dúvidas. Vejam o caso do lulalau que já tem 9 anos e meio de cadeia na primeira instância, e poderá ser aumentada na segunda, somente no primeiro processo.
Isso é esperança, isso é transformador, isso até poucos anos era inacreditável porque o bandido demonstrava toda seguraça aparentando que estava acima do bem e do mal, debochando até do Moro que teve pena de vê-lo bebendo água mineral pelo gargalo, paga com nosso dinheiro, numa atitude que pretendia afrontar a todos que ali se encontavam, e mais, falando palavrões.
Se não fosse a educação e a capacidade do juiz Moro de perceber quem era aquele sem caráter que fazia graça, o teria prendido naquele momento dando margem aos arruaceiros do pt a cometerem mais delitos em nome da injustificada argumentação que seria uma prisão com causa política.
Temos que barrar essa canalha com todas as nossa forças para isolá-los da vida pública e obrigá-los a buscar trabalho na iniciativa privada para aprenderem como é duro produzir e pagar pesados impostos para bancar a bandidagem do pt e companhia.
“A Câmara é a representação do povo. Os deputados não são santos porque o povo também não é santo” (Bonifacio Andrada)
Ei me permita destacar um pedacinho do seu texto?
“… em nenhuma organização humana haverá qualidade que não esteja fundada nos atributos de seus membros, …”
Perfeito!
Obrigado, Percival Puggina, pelo seu texto realista.
Parabéns pelo valioso texto.
Fábio Vale – BH