O STJ não teve “medo de cara feia” do banco americano. Condenou-o a pagar o valor que está no título destas notas. Cabe recurso para o Supremo Tribunal. Lógico, quando houver julgamento, Gilmar Mendes não será mais presidente. Mas estará pessoal e tecnicamente impedido.
Julgamento do senador Azeredo,
foi aceito pelo Supremo Tribunal
Apenas o recebimento da denúncia, mas importantíssimo. Se o resultado fosse contrário, o senador estaria satisfeitíssimo, o caso, superado.
O PSDB ensaia defender o companheiro, mas esquece deliberadamente o comportamento quando foi descoberto esse mensalão, na época chamado de Valerioduto. No Estado do Rio já existia o propinoduto, do qual ninguém mais ouve falar.
Na época, Azeredo era presidente nacional do PSDB. Assim que explodiu o escândalo, o partido afastou o senador da presidência. Quer dizer: JULGOU o companheiro, coisa que o Supremo não fez. O mais alto tribunal do país, apenas RECEBEU a denúncia. E o próprio Azeredo saudou a decisão, dizendo: “Terei oportunidade de me defender e provar que sou INOCENTE, não sabia de nada”. (Seu mandato acaba em 2010).
Com o Supremo completo, Azeredo
seria ainda mais arrasado
Os 8 ministros, (Celso de Mello, Carmem Lúcia, a grande revelação desse Supremo, e Ellen Gracie) não estavam presentes. Se estivessem, Azeredo perderia por 7 a 4. (Até César Peluso, o mais reacionário dos ministros, votou contra Azeredo. Será o próximo presidente do Supremo, na certa e quase impossível, pior do que Gilmar Mendes).
Cara a cara, olhos nos olhos,
Joaquim Barbosa dá aula a Toffoli
O relator, que já dera voto anterior, reestruturou e aprofundou seu pronunciamento. O Ministro Toffoli, estreando em julgamento de importância, recusou a denúncia, mas num voto fraquíssimo.
“O senhor não leu meu voto”
Chamo “fraquíssimo”, não por ter votado a favor, é um direito dele. Mas desconheceu todas as provas, nomes e formas de agir, que ligavam indissoluvelmente o mensalão dos 40 do PT, a esse mensalão do PSDB. E como Joaquim Barbosa é o relator desse processo contra os 40 do PT, tem todas as condições de fazer a comparação.
Tendo apenas o Ministro Lewandowski entre eles, Barbosa, voltado fixamente para Toffoli, acusou: “O senhor não leu o meu voto, o voto do relator”. Realmente, como refutar o relator e votar contra ele, sem conhecer o que ele disse?
Noel Rosa: “Meu Deus do Céu, que palpite infeliz, (estréia)”. O grande compositor devia estar pensando em Toffoli, que ao contrário, votou sem pensar.