
Charge do Nani (nanihumor.com)
Catia Seabra
Folha
Reunidos nesta segunda-feira (17), cerca de 40 parlamentares petistas, em sua maioria deputados federais, decidiram divulgar um manifesto em que cobrarão a antecipação das eleições internas do partido. Autointitulando-se “Muda PT”, o grupo exigirá a realização de um encontro partidário no mês de dezembro para convocação de um congresso da sigla. Do contrário, planejam uma debandada coletiva do PT, com a possível fundação de um novo partido. A hipótese foi discutida numa reunião que consumiu toda a manhã e invadiu a tarde.
Por enquanto, o grupo se dedica à criação de uma frente ampla, que nasceria da fusão do PT com outros partidos. A nova frente seria uma última tentativa para que permaneçam no PT. Na reunião, no entanto, esses parlamentares avaliaram que não existem muitos partidos interessados em uma fusão com a sigla.
Frustrada essa coalizão partidária, só restaria a alternativa de abandonar o partido.
FUSÃO DE PARTIDOS – Anfitrião do almoço, o deputado federal Décio Lima (SC) explica que uma fusão seria mais prática do que a criação de uma nova legenda. Ele defende a composição da frente. Sua opinião, porém, não é majoritária no grupo.
Emissários do movimento deverão conversar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda esta semana. Os parlamentares convocaram uma nova reunião para o dia 3 de dezembro.
Segundo participantes do encontro, esse seria um prazo fixado pelos descontentes antes de dar início à criação da nova sigla.
Após o encontro, Décio Lima disse que tem conversado informalmente com integrantes de outros partidos, como o PDT, PCdoB, PTdoB e até PMDB. Mas a discussão é embrionária. “Quando falo em frente ampla, falo em uma organização tática vinculada ao processo eleitoral de 2018”, disse o anfitrião, explicando que caberá a seus integrantes “espírito de grandeza” para escolher seu melhor candidato em 2018.
SEM ULTIMATO? – Participante do encontro, o ex-ministro Pepe Vargas (RS) nega, porém, que seja um ultimato: “não tem esse caráter”, disse. “A gente discute cada coisa a seu tempo.”
Além de Pepe Vargas, a reunião incluiu nomes como o da ex-ministra Maria do Rosário (RS), o vice-presidente do PT Paulo Teixeira e Moema Gramacho (BA).
Integrantes desse movimento enfrentam dificuldades para encontrar um destino fora do PT, já que uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) impede que partidos recém-criados tenham direito a fundo partidário e tempo de TV antes das eleições de 2018. Daí, a ideia de fusão com siglas já existentes.
A partir de agora, os petistas procurarão oficialmente potenciais coligados, como o PTdoB. “Temos até 2018 para decidir. O importante é criar uma nova esquerda, sem corporativismo”, defende o deputado Silvio Costa (PTdoB-PE), que acompanha os movimentos do grupo petista.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A crise é gravíssima, o PT pode acabar. Esses 40 parlamentares querem preservar seus mandatos e suas bases eleitorais. Sabem que a legenda do PT se transformou numa sigla maldita, sem a menor perspectiva, conforme ficou demonstrado nesta eleição municipal. Como não existe condições de reversão desse quadro a curto e médio prazos, a tendência é de que os parlamentares descontentes se filiem a outros partidos para tentar se reeleger. A piada é velha, mas sempre funciona – o último a sair do PT, por favor, apague a luz. (C.N.)
Imaginação faz falta: o plano B do pt é o ptdoB!
Esses petistas bem que poderiam fundar o Clube dos Derrotados. Ao menos faria algum sentido.
Quarenta… parlamentares?
É o que diz a matéria, amigo Francisco Vieira. Também estranhei e aguardo desmentidos, se é que haverá…
Abs.
CN
É, pelo visto, o navio está naufragando.
Uma democracia sobrevive com situação e oposição, mas depois de tudo esse PT merece desaparecer. Será ótimo para o Brasil!
Concordo com o senhor Marcos; e me permito acrescentar que, para o bem da pátria brasileira e a felicidade geral de seus cidadãos o PT deve ser, legalmente, na forma da lei eleitoral, ser banido, extirpado, como partido politico.
Sem chances de renascer.
Merecido, após, ficar comprovado que, de sigla partidária,passou a figurar como quadrilha de ladravazes…
Um bando que tem de devolver a Nação. os bilhões de reais levados pela corrupção..
Como diz naquela charge: “Se não reformarem os políticos, não adianta nada”. Assim é com os partidos.