
Charge do Duke (dukechargista.com.br)
Pedro do Coutto
Os jornais deram grande destaque à matéria divulgada ao IBGE sobre o crescimento do PIB na escala de 7,7%, mas o índice de desemprego não diminuiu no mesmo período. Até pelo contrário, aumentou bastante, agora envolvendo 14 milhões de brasileiros e brasileiras. Essa pergunta faço a mim mesmo e, através da Tribuna da Internet, a dirijo ao IBGE, já que tanto o produto e o desemprego foram divulgados pelo instituto.
A jornalista Miriam Leitão escreveu sobre essa contradição na edição de O Globo de sexta-feira. E no mesmo jornal foi publicada reportagem sobre o panorama econômico do país.
SOBE E DESCE – No segundo trimestre da 2020 o produto decresceu 5%. Agora no terceiro trimestre teria avançado 7,7%. Para início de conversa, é preciso saber sobre quais montantes as percentagens incidiram, pois como dizia Roberto Campos, só se deve usar percentagens se acompanhadas dos números absolutos nas quais se baseiam.
Por exemplo: No trimestre abril, maio e junho o PIB, era de 6,6 trilhões de reais, citado para efeito de comparação com o montante da dívida interna. Foi noticiado que a dívida interna brasileira estava se aproximando de 90% do PIB.
Vejamos. Se o PIB de junho estava em 6,6 trilhões de reais, a queda de 5% atingiu a economia do país em menos 330 bilhões de reais. Agora no trimestre julho, agosto e setembro o crescimento do produto teria sido de 7,7%. Mas 7,7% em cima de quê? Se fosse em cima de 6,3 trilhões o efeito do crescimento representaria um pouco mais de 484 bilhões de reais. Ora, se fosse tal montante o nível de desemprego obrigatoriamente teria desabado. Pelo contrário, não diminuiu nada.
RECUPERAÇÃO FRACA – Esses cálculos que apresentam levam a ter a certeza de que os 7,7% incidiram sobre a percentagem de recuo no segundo trimestre que foi de 5%.
Portanto, a comparação esclarece diretamente que a economia brasileira continua não recuperando o espaço perdido até o segundo trimestre deste ano. É exatamente sobre isso que Miriam Leitão escreveu, assinalando que o PIB subiu mas ainda ficou devendo.
De outro lado o ministro Paulo Guedes sustentou que a economia está se recuperando e que portanto a partir de janeiro de 2021 o auxílio de emergência pode terminar. São visões diferentes de um problema que interessa a todos,
Quanto será o PIB brasileiro em 2020? 🙂
13,45 %
E por mencionarem PIB, na hora da União dividir o bolo, via Pacto Federativo, um fator deveria ser determinante na quotizaçã: a preguiça ou desídia reinante em cada estado, ou mesmo nos municípios.
Há brasileiros, oriundos de determinadas Unidades da Federação que, ao chegarem num posto de recrutamento, quando o selecionador ver lá no RG: Naturalidade? Dependendo do pedigree do candidato, o atendente do RH já vai exibindo a placa: NÃO HÁ VAGAS. Para os otários e demagogos que não circulam o Brasil e outras nações, já se adiantam explicando o porquê da ergofobia (aversão ao trabalho) coletiva: “Tadinha dessa criatura de Deus, nunca teve uma oportunidade, o governo é o único culpado de ela viver nessa penúria”.
O grande e experiente Jornalista Sr. PEDRO DO COUTTO se pergunta como que crescendo o PIB 7,7% no 3° Tri/2020 o Desemprego não caiu?
Na verdade o IBGE informa que o crescimento do PIB/2020 foi:
1° Tri………….-1,5% do PIB
2° Tri………….-9,7% do PIB
3° Tri………….+7,7% do PIB
Talvez a explicação da não diminuição do Desemprego no 3° Tri/2020 e provavelmente razoável crescimento no 4° Tri/2020, tenha a ver com a Medida Provisória 936/2020 que diz que enquanto durar o Estado de Calamidade Pública da Pandemia, pelo menos até o fim de 2020, as Empresas mediante Acordo Mútuo Patrão/Sindicatos/Empregado podiam diminuir a Carga de Trabalho/Salário em 25%, 50% ou até 70%. A retomada do horário cheio normal se daria 2 dias após as Empresas informarem.
A nosso ver, a maior parte desse Crescimento de 7,7% do PIB no 3° Tri/2020 se deu com a chamada dos Empregados para horário cheio.
Pode ser sr. Bortolotto, faz sentido.
Pedro do Couto se perdeu nas contas: Se o PIB caiu 5% sobre 6,6 trilhões, passou para 6,3 trilhões. Se cresceu daí 7,7%, cresceu 485 bilhões (e não trilhões) o que daria um PIB de 6,685 trilhões, superior ao valor anterior. Portanto houve crescimento e isso levaria à diminuição do desemprego. Mais o fator bem apontado pelo Flávio Bortolotto, sempre preciso.,
Grato, amigo Wilson, foi um ato falho do Coutto e já corrigimos.
Abs.
CN
Mas a resposta já está na própria pergunta. Explico. Meu filho caçula trabalhava em uma empresa que, até o começo deste pandemônio tinha 64 pessoas no setor dele, mandaram embora “só” 49 pessoas e, com o restante os ganhos cresceram mais de 20% ao mês. Cortaram despesa com aluguel de carro, despesas de viagem e os lucros só aumentaram. Os salários continuaram os mesmos. Aposto que com outras empresas aconteceu o mesmo.
Isso é o que os três poderes da República deveriam estar fazendo, aliás há muito tempo…
Desde os tempos idos, que os responsáveis pela Economia do país, mentem descaradamente sobre o PIB e sobre a inflação. Isso é um absurdo que se repete enfadonhamente.
Acredita quem quer, vai fazer o que? Tem gente para tudo, que acredita em nova Ordem Mundial, em salário mínimo unificado para o todo mundo e ainda que a vacina da Covid vira com um Chip mortal, que a China aperta um botão e o vacinado morre. Quanta ignorância. Esse país virou a República dos toscos, que acreditam em tudo, por mais desbaratada que seja, a mentira, mesmo assim, acreditam.
O Guedes por exemplo, esse ministro falastrão, que só fala em economia de 1 trilhão, crescimento em V, decolagem do país e outras barbaridades, nunca confirmadas, está levando a nação para um poço sem fundos.
Podem falar, explicar, defender, gritar, que não acredito nos números de crescimento de 7,7% de crescimento do PIB no terceiro trimestre desse ano.
Os dados não correspondem aos fatos. Vamos lá na prática:
Desemprego avassalador,
Fechamento recorde de empresas,
Aumento da pobreza e de moradores de ruas.
Não há planejamento no curto, no médio e muito menos no longo prazo.
O Ministério da Economia, se parece com os peladeiros de clube de várzea, sem regras, no vai dá valsa, que não é a Vianense, mas, é aquela do apagar incêndios, aqui e alí sem nenhum profissionalismo.
Governo de amadores, que não consegue resolver o apagão de Macapá.
Então, diante disso tudo, dá para acreditar nos números da inflação e do PIB?
Como Delfim Neto, czar da Economia do Regime Militar, vão esperar o bolo crescer para depois repartir. Guedes, reflita melhor, pois desde a época da ditadura, que vocês adoram de paixão, o bolo não cresceu ainda. Quem sabe até 2022, vocês conseguem esse milagre.