Helio Fernandes
Péssimo analista, mas ótimo na exploração do trabalho escravo e no enriquecimento ilícito, Picciani acreditou que seria eleito senador. Muito antes e até durante a campanha, me fartei de dizer: “Não se elege, Lindberg e Crivella estão garantidos, apoiados por Lula”. Não acreditou, agora não sabe o que fazer.
Para piorar a situação, cabralzinho “elegeu” Paulo Melo, mais do que adversário, inimigo de Picciani, embora pertençam ao mesmo “partido”. Não demorou, os fatos explodiram. Melo quer mostrar a Picciani, “o presidente sou eu e mais ninguém”.
Picciani pensou (?) que fosse continuar dominando a Alerj. Paulo Melo não demorou para mostrar ao ex-dono da Alerj, quem é que agora está no Poder Legislativo e suas consequencias. E tomou as seguintes providências.
1 – Picciani queria manter seu amicíssimo José Geraldo Machado no cargo mais do que importante de diretor geral.
2 – Foi o primeiro ato drástico de Paulo Melo; demitiu o amigo de Picciani, substituindo-o por José Araújo, de sua total confiança.
3 – Paulo Melo fez mais, e imediatamente demitiu sete titulares de diretorias e departamentos.
4 – Esses sete vinham sempre e seguidamente com Picciani. E alguns eram do tempo de cabralzinho.
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PS – Dizem na Alerj que Paulo Melo, antes das demissões, conversou ou comunicou o fato ao próprio cabralzinho. Como na Alerj tudo se sabe, Picciani conhecia as demissões, antes de se concretizarem.
PS2 – Só que agora, o ex-presidente da Alerj não tem o que fazer. Além de Paulo Melo ser tão esperto quanto Picciani, cabralzinho não está mais interessado na Alerj. A não ser que para ele, em 2014, sobre apenas a volta à Alerj.