
Charge do Lane (chargesdolane.blogspot.com)
Antonio Carlos Fallavena
No Brasil do século XXI. sobraram poucos pais e poucas mães. Hoje temos, na maioria, “fazedores de crianças”. Educação? Entregaram à escola. Ensino? Entregaram à escola. Orientação sexual, drogas, bebidas? Entregaram à escola. Portanto, a família, uma instituição falida, entregou tudo à outra instituição falida. Resultado? Uma geração de idiotas!
Alguém dirá: não generalize! É claro que há muitas exceções, mas quando se analisa a sociedade em que vivemos, logo se constata que a maioria das famílias terceirizou às escolas não somente o ensino, mas também a educação de seus filhos. E no final, a maioria diz que a culpa é dos governos que não investem em educação! Fazer o quê?
ENSINO E EDUCAÇÃO – Bem que sei o que precisaria ser feito. Ensino é uma coisa, responsabilidade da escola, mas educação é obra, deve ficar a cargo das famílias e complementada na escola. O diabo é que não tem gente, em quantidade e qualidade, para fazê-lo. Nem pais nem professores, porque “um” espera pelo “outro”, que espera pelo “um”. Fico pensando o que farão com seus filhos, nossos netos! Na verdade, as pessoas parecem ter medo de enfrentar as próprias falhas.
Na década de 90, quando participava de painel em um evento de prefeitos no Rio Grande do Sul, sob o tema “educação”, mostrei alguns problemas que tínhamos como nação, nesse particular. Em dado momento, um dos prefeitos questionou-me: “O palestrante Fallavena só apresenta problemas. Terá alguma solução a propor?”. Respondi que sim, mas ressalvei que a resposta, certamente, não seria bem recebida.
É UM CAMINHO – Naquela oportunidade, mostrei que educação não é propriamente a solução, mas representa o caminho para que muitos problemas sejam solucionados. E mais: queremos punição para os outros, porque só os outros cometem erros e crimes. Ou seja, não queremos mudanças em nossas vidas, mas nas vidas dos outros, e por aí adiante. E conclui que, assim agindo, a única saída seria trocar o povo, já que o país parece ser muito bom.
Quando vejo aqui na Tribuna da Internet a opinião de comentaristas gabaritados como Carlos Frederico Alverga, dizendo que não existe regime de governo ou sistema político que nos sirva, isso reforça a minha opinião. O que nos falta são pessoas, cidadãos qualificados. O resto o país já tem.
O pior é que há inúmeras ONGs , fundações, etc querendo vender ao governo um sistema de educação americano que lá já foi abandonado há 20 anos.
Tudo a distância… Só interesses menores.
1) Excelente artigo.
2) Parabéns Fallavena !
Ir contra mais de 80% da população é encerrar a carreira política.
Vai ter muita gente sem foro privilegiado em 2018 !!!
1) Fala Virgílio !
2) Bem vindo Tamberlini !
3) Melhor é trocarmos de planeta …
4) Abraços.
Sem calote da dívida não se governa!
São os juros, estúpidos!
https://www.conversaafiada.com.br/economia/sem-calote-da-divida-nao-se-governa
Atenção: Solicito aos leitores que leiam este artigo publicado originalmente no Tijolaço e republicado no Conversa Afiada. É muito interessante e mostra qual é o verdadeiro problema do Brasil.
Excelente artigo. O articulista chegou no Xis da questão, pais omissos versus escola pública igual a geração idiotizada, e a prova dos nove está aí para quem quiser ver.
O Sr. já viu as avaliações das universidades do Brasil ?
Qual.a porcentagem de de universidades privadas ? Aliás a maioria das privadas nem universidades são, são Faculdades ou Centros Universitários segundo a LDB
PARABÉNS.
Claro tem outra saída, mas quem vai fazer? Quais os políticos e o presidente que vai privatizar o desnecessário, cortar o próprio salário e os beníficios, cortar funcionários públicos aspones, ajuda a sindicatos, artistas, ONGS, etc…
Fazendo isso a economia iria crescer, porque o Estado iria diminuir (isso é coisa que ensinam no primeiro semestre de economia) mas como fazer isso num país onde todos sonham ser com as mesmas mordomias de quem está no poder? Para um ganhar sem trabalhar, 10 precisam estar trabalhando e ainda fazendo hora extra.
Artigo muito bom. Deixa no ar reflexões que não acabam mais, cada qual mais brasileira que a do outro…
Sei não…
Vai que, de repente, largado do jeito que está, nesse tamanhão todo de gigante adormecido, aparece ideia, que poderá grudar, de dividi-lo em diversas partes, como se nascendo um país ao gosto de cada um…
Caro leitor e comentarista Antonio Carlos Fallavena,
Tocastes numa ferida ainda aberta!
De fato, essa é uma das mazelas de nossa sociedade, os pais empurrando para as escolas as criações dos seus filhos.
O papel preponderante das escolas é propiciarem, de preferência, um ótimo ensino aos nossos filhos, sejam elas públicas ou privadas.
Certamente, quem deve educar os seus filhos são os pais, sobretudo com ótimos exemplos.
A escola complementa uma ótima educação que é o ideal que almejamos.
Entendi perfeitamente a sua abordagem Fallavena , muito pertinente!
Parabéns!
Belem,
o “diabo” é que famílias hoje pouco existem. Nem nas chamadas “elites”, alvo do artigo, as famílias são raras. E quando existem, são mal constituídas. Vamos ser realistas. Como podemos falar em famílias constituídas, com meios e condições de dar boa educação aos filhos, nesta quadra da História que a humanidade vive?. Nesta quadra da História do Brasil pela qual atravessa o nosso país?. São milhões de brasileiros sem emprego, sem casa para morar, sem comida para se alimentar, sem roupa para se vestir, sem serviço médico-hospitalar para socorrê-los, sem bons exemplos vindos dos governantes para serem seguidos, sem segurança pública para protegê-los, sem Justiça para restabelecer seus direitos violados, porque Justiça lenta e que retarda não é Justiça.
O refúgio está na escola. Mas a escola também não é mais aquela de outrora, em que nós, articulistas —uns elitistas, outros não — frequentamos e estudamos anos seguidos. Ah! essas classes sociais formam castas, impiedosas, e distanciadas da realidade. Mas todos os comentários, todos os artigos, todas as visões são muito bem-vindas, porque assinadas por pessoas de bem, de boníssima fé e sem o propósito de criar mais conflito. São exposições da experiência de vida de cada um, de cada região deste imenso país, de cada berço. E que venham sempre neste espaço bendito que é a Tribuna da Internet.
Há tempos tem pensado, o sistema político no Brasil, não governa para o povo, existe um protecionismo de quem tem poder, a única finalidade do povo é pagar impostos, mas não é revertido para o povo, para o contribuinte é conceder poderes e privilégios, se assim fosse, não haveria tantos benefícios para quem detém o poder, deveriam utilizar os mesmos serviços que são oferecidos para o povo como, saúde pública, educação pública, não teriam direito a carros oficiais, esta é a divisão que existe neste país, não governam para o povo, mas para manter as benesses, este sistema de governo está falido, falo de todos os poderes, é uma enorme distância entre o poder e o povo.
Nos comentários a respeito da entrevista do Gal, um veio com “aí tem coisa” ou coisa parecida. Pensei no assunto e realmente, parece que só se mexem com ordem da Matriz.
Veja bem; se a célula mater da sociedade brasileira está toda destruída, precisa de um choque para se recompor e voltarmos ao caminho de nação que almejamos.
Na política não vemos meios logo teria que vir um braço forte e uma mão amiga, para recomeçarmos do zero; pois agora estamos negativos.
Meu caro Fallavena,
Lamento não ter postado o meu comentário ontem, mas eu viajei a Porto Alegre e voltei tarde da noite.
Bom, parabéns pelo texto, como sempre irrepreensível.
Comentários desairosos e preconceituosos contra os gaúchos não devem ser levados em conta, pois estes que nos acusam deixaram o país nesta joça que se encontra, portanto, um povo ruim, maldoso, burro, mal intencionado e vendido!!!
SALVA a União o cidadão TRABALHADOR, que não é sectarista, que não tem ideologias à frente do seu país, que não endeusa criminosos e canalhas!!!
A gentalha seguidora de Lula e sua quadrilha, que aceita os roubos, assaltos e explorações dos petistas, e ainda defende esta corja, é a responsável pelo desemprego, inadimplência, juros extorsivos, reforma da Previdência, alterações nas Leis Trabalhistas, pois votaram em traidores, na escória política, em pessoas nocivas, nefastas e perniciosas, e ainda enaltecem a impunidade!
Brilhante artigo, Fallavena, e critica a mensagem que deixas aquele que não quer mudanças, que faz questão de o povo ser inculto e incauto, pois se estivesse preocupado com a população, teria gritado, berrado, protestado contra os roubos na Petrobrás, fundos de pensão, empréstimos consignados …. mas calaram-se, ficaram quietos, não disseram um “ai”.
E vestem muito bem o chapéu nas suas cabeças de vento, ocas, haja vista não aceitarem que parte dessa crise sem precedentes que vivemos o povo tem a sua culpa, portanto, o país é maravilhoso, porém o brasileiro …
Um grande e forte abraço.
Saúde e paz.