Percival Puggina
O governo que se diz transparente e comprometido com a ética, vetou o dispositivo introduzido na Medida Provisória 661 que determinava o fim do sigilo das operações de crédito do BNDES.
A medida está linha de coerência com o governo que, sistematicamente, diz uma coisa e faz outra. Quando a incoerência é uma constante, ela se torna coerente, transparente e previsível.
O governo alega que as estratégias das empresas financiadas devem ser preservadas para não prejudicar sua competitividade no mercado internacional. Vá lá que seja. Mas isso não justifica o carimbo “Secreto”, pespegado aos financiamentos a Cuba e Angola, duas indisfarçadas ditaduras, bem afinadas com a geopolítica petista.
O governo diz que vai estudar uma forma de ampliar a transparência sem prejudicar a confidencialidade dos negócios privados. Quem sobreviver, saberá.
Não querem é divulgar para quem estão dando nosso dinheiro a fundo perdido, ou com juros de mamãe para filhote. Principalmente quando se trata de vermelhos, amigos da raça encastelada no poder. A gente está cansado de ver, nas colunas de negócio, que tal empresa levantou tanto em tal banco – às vezes até informada a finalidade – e isso não lhe tira a competitividade. Que muitas de nossas empresas já não têm, diga-se.
Isto interessa aos corruptos e aqueles que vivem da teta pública. Como justificar os empréstimos para quem não pode pagar e que rendem de 10 a 20 % de retorno para algum político do PT ou coligado?
Ela quer proteger a Odebrecht,a Friboi e o dedo duro pinguço de 9 dedos.