
Charge do Nani (nanihumor.com)
Pedro do Coutto
Reportagem de Tiago Rezende e Fábio Pupo, Folha de São Paulo de domingo, revela que a área econômica do governo Bolsonaro passou a admitir a desoneração apenas parcial dos encargos tributário das empresas, por reconhecer a impossibilidade de enfrentar uma acentuada queda de receita para o exercício de 2020. O Ministro Paulo Guedes tinha como projeto uma desoneração muito maior, porém resolveu aguardar a formulação voltada para o projeto de reforma tributária.
A meta de Paulo Guedes é aliviar a contribuição financeira das empresas por considerar que o reflexo seria uma forte redução da faixa de desemprego. Estudos preliminares, entretanto, concluíram pela impossibilidade da desoneração a curto prazo.
SUPERDÉFICIT – Acrescenta a reportagem que as empresas, no que se refere à contribuição previdenciária, recolhem atualmente cerca de 200 bilhões de reais por ano. Isso somente para a folha do INSS.
A folha do INSS, que já apresenta um déficit de 240 bilhões, não suportaria uma desoneração total do empresariado, porque em tal hipótese, na minha opinião, isso significaria o fim da própria previdência social. Isso de um lado.
De outro, segundo a reportagem, o governo está também convencido de que precisa taxar mais a renda e menos do consumo. Por isso passou a considerar a perspectiva de ampliar uma revisão no Imposto de Renda.
TEORIA E PRÁTICA – A equipe econômica finalmente deve ter sentido a diferença entre a teoria e sua colocação na prática. Aliás, na teoria todo plano dá certo, mas quando colocado em prática…
O aspecto dominante é de que a grande parte do consumo depende do nível de emprego e salários. Assim, qualquer cobrança adicional de impostos sobre os salários acarretaria a diminuição forçada do consumo, ou então o endividamento de cada trabalhador para poder sustentar os níveis atuais. Que já são baixos. Mesmo com uma pressão ainda maior, o projeto do Governo jamais poderá ultrapassar o espaço entre a ideia teórica e sua execução no plano concreto.
Outro ponto bastante sensível é quando se coloca em análise o ICMS, imposto estadual, é verdade, mas de grande influência no consumo nacional. Para alterá-lo, é preciso concordância dos governadores. Portanto…
Sr Coutto;
Enquanto o salário da Nomeklatura for mais de dez vezes o salário do Operário, o Ministro da Economia pode pular pra esquerda, rodopiar pra direita, que no final a conta não vai dar certo.
É. Isso de tentar impor uma capitalização pura e desonerar as empresas dos encargos da Previdência não daria certo. Como ficariam as aposentadorias atuais? Como seria substituída tal receita? Por aumento de impostos?. O nosso deficit fiscal já é grande e ficaria maior, bem maior.
Desonerar o cidadão que paga altos impostos nem pensar?
A correção da tabela do IR, por exemplo. Colocaria mais dinheiro no mercado consumidor de modo geral do que a queima das reservas do FGTS que farão falta ao trabalhador no futuro.
A redução dos impostos poderia movimentar a economia, com o aumento do consumo, da produção e, consequentemente, gerar novas posições de trabalho, o que também aumentaria a arrecadação dos impostos.
Mas os doutos profissionais do ME só pensam penalizar o cidadão.
O imposto de renda sempre foi injusto. Cobrar menos de de quem ganha menos e muito mais de quem realmente ganha dinheiro. Ter várias faixas de taxação. Os salários dos “ilustres” membros dos três poderes e seus inúmeros funcionários são uma imoralidade de tão altos. As mordomias são absurdas.
´É por isso que insistem em manter o povo analfabeto e DESINFORMADO\.
Será que se o INSS fizesse emprenho de cobrar os seus devedores este déficit não poderia ser bem menor? Tanto o ministro e a sua equipe não pensaram nisto? Ou ofenderia o empresariado? Tocar medo nos devedores do MEI o governo não teve, está enviando “cartinhas” de cobrança.