Julia Chaib
Correio Braziliense
A repressão aos estudantes da Gama Filho em Brasília no fim da noite de segunda-feira em frente ao Congresso ocorre no momento em que o país volta os olhos para um recente fenômeno da juventude: os rolezinhos.
Depois de shoppings no Rio de Janeiro e em São Paulo conseguirem liminares na Justiça e fecharem as portas para evitar os encontros, os centros de compras do Distrito Federal também se preparam. O primeiro evento está marcado para sábado no Iguatemi Brasília e, segundo lojistas, a previsão era de que o shopping funcionasse normalmente, mas informalmente há uma recomendação para que lojistas que se sentirem acuados fechem as lojas.
Em nota oficial, o estabelecimento afirma “que serão tomadas todas as medidas preventivas para garantir a segurança e a tranquilidade de todos os clientes, lojistas e colaboradores”.
Paralelamente às providências internas do estabelecimento, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal elabora um plano operacional para o rolezinho de sábado, o que inclui um reforço no policiamento na área próxima ao shopping.
AJUDA FEDERAL
Diante de recentes tentativas policiais e de centros comerciais para coibir o fenômeno, os encontros se espalharam pelo Brasil e levaram a Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop) a pedir uma reunião com a presidente Dilma Rousseff para tratar do assunto.
A Alshop já enviou um ofício à Presidência da República e à Casa Civil pedindo auxílio federal. “Esperamos nos reunir com algum órgão competente do governo para que possamos expor o que tem acontecido em São Paulo e pensar em uma estratégia para que as duas partes (shopping e consumidor) possam ter suas regalias, seus direitos defendidos”, diz o diretor de Relações Institucionais, Luis Augusto Ildefonso da Silva.
De acordo com Ildefonso, comerciantes relataram ter perdido de 10% a 20% das vendas, desde que os rolezinhos começaram.
Curioso…
Mas as autoridades que mandaram a polícia agir contra os estudantes da Gama Filho são as mesmas que se omitiram quando os indígenas, acampados da Esplanada, usaram as moitas dos jardins dos ministérios como latrinas por dias a fio…
Essa turma dos rolezinhos vota? Então deixa fazer o que quizerem.
As manifestações desses jovens egressos de uma universidade particular – pertencentes a tão mal falada zelite – seria motivo de rancor pela petralha, que nutre ódio por quem não compactua com seu ideário político?
E o MEC? Por que permitiu que esses jovens prestassem vestibular durante o período de investigação?
Os incompetentes Haddad nada fez em sua péssima gestão. Aliás, nem o ENEM prestou.
E o Mercadantes, filho de um general, fecha as portas daquela que foi uma grande universidade no passado. E ainda tem a audácia de afirmar que abrirão milhares de vagas em Medicina nos próximos decênios. Onde? Aqui não conseguem gerir um problema na Gama Filho e na UniverCidade. Queimam o piano, pois deu cupim.
Os hospitais federais no Rio estão sucateados.
O Andaraí está calamitoso! Idem Bonsucesso. O HU Clementino Fraga dá pena!
E eu que, ainda criança, fiz uma cirurgia de emergência no HSE. Fiquei alojada no quarto ao lado onde estava o presidente Médici para fazer avaliações médicas.
A ditadura era terrrível, mas cursei escolas públicas onde se ensinava latim, grego, filosofia e francês.
O hospital dos Servidores hoje é um terror! E já foi de excelência. Era o nosso “plano de Saúde”.