Carlos Chagas
Mais do que divididos entre Aécio Neves e Geraldo Alckmin, evidência que ninguém contesta, os tucanos saíram da convenção nacional de ontem sob um racha ainda mais profundo. No caso, a respeito de que propostas deverão adotar na hipótese de o governo Dilma naufragar dentro de semanas ou meses. De início, precisarão definir-se quanto aos resultados de uma ação do Tribunal Superior Eleitoral, anulando a eleição de Madame, da rejeição de suas contas pelo Tribunal de Contas da União, ou do Congresso, adotando o impeachment. Em cada uma das três opções haveria uma solução diferente para o preenchimento do poder: ou o segundo colocado nas eleições de outubro, Aécio Neves, assume o poder, ou Michel Temer vai para a presidência da República, ou novas eleições se realizarão de imediato.
Por certo que a primeira possibilidade melhor satisfaria o PSDB, ainda que pareça a mais remota, pois se a Justiça Eleitoral vier a inclinar-se por ela, anulando a vitória da chapa Dilma-Temer, um terremoto político atingirá escala raras vezes verificada na crosta terrestre. Como o eleitor aceitaria de forma pacífica a ascensão do derrotado?
A segunda, com a rejeição das contas da presidente, pelo TCU, precisaria passar pelo Congresso. Contaria com o apoio integral do PMDB, restando saber se o PSDB admitiria integrar um governo de união nacional liderado por Temer e pelo PMDB.
Por último, novas eleições, que a Constituição admite para a primeira metade dos mandatos presidenciais. Contaria o Alto Tucanato com munição suficiente para ir à guerra então aberta contra todos os partidos e grupos? E se o PT apresentasse o Lula? Aécio ou quem sabe Alckmin se disporiam a enfrentar um exército de companheiros indignados e unidos?
NEOLIBERAL DE SEMPRE?
São três vertentes que não desaguaram em mar algum, ontem, mas que dividem o PSDB, vale repetir, se a presidente Dilma vier a ser defenestrada. Mas tem mais problemas detectados nas camadas subterrâneas da convenção deste domingo. Para onde deve ir o partido, se voltar ao palácio do Planalto? Mergulhar no passado do modelo neoliberal de Fernando Henrique, que fracassou com a primeira eleição do Lula? Foi o que o sociólogo pregou, em artigo significativamente divulgado quando a convenção se inaugurava: preservação do fator previdenciário, corte de gastos em especial sociais, retorno à prevalência total das agências reguladoras, fim das políticas nacionalistas e de pressões corporativas, intervenção nos negócios de nossos vizinhos. Não precisou referir-se às privatizações nem à abertura da economia ao capital internacional, implícitas e de resto já praticadas pelo governo Dilma.
UMA IMENSA GRÉCIA
Existe, porém, uma ala dos tucanos infensa a transmitir para o futuro um videotape de fórmulas ultrapassadas. Ouviram-se no auditório comentários a respeito do risco que o país corre de transformar-se numa imensa Grécia. Novos roteiros tornam-se imprescindíveis a um programa alternativo moderno. Claro que para o caso de desaparecer o governo Dilma, coisa que parte do PSDB começa a temer, com perdão de o verbo ser apresentado sem o “T” maiúsculo.
O ninho dos Tucanos deveria ser chamado de Ninho das Cobras, um tentando matar o outro.
Depois não sabem por que estão perdendo eleitores.
Se tiverem bom senso chegarão a conclusão que a derrubada da PRESIDANTA só será possivel com o apoio do PMDB. Fora isso o PSDB não tem cacife para encarar o tranco.
ISSO É MAIS DO QUE ÓBVIO!
POR ISSO PARA DERRUBAR DILMA É PRECISO APOIAR TEMER! OUTRA HIPÓTESE SERIA UM GOLPE , NESSA HIPÓTESE AÍ MESMO É QUE O PSDB NÃO IRIA APITAR NADA.
O Aécio está fora ou será um GOLPE DE ESTADO. Segue a ordem de sucessão e que necessita ser alterada:
LAERCIO CANAZZA
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
(…)
iii
(…)
§ 4º – Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
(…)
III – a separação dos Poderes;
Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o QUE ESTIVER SUBSTITUINDO O SENADOR ATÉ SEU RETORNO e do Supremo Tribunal Federal.
Este artigo necessita ser alterado, pois fere o artigo 60 com seus itens e parágrafos (clausula pétrea). Junta Poderes em vez de separá-los. “Possibilidade de inclusão da frase em caixa alta”.
Outra opção: Enquanto existir esse erro a paz se distancia do nosso querido Brasil. Por que não subistituir pelas Forças Armadas. Aeronaltica, Marinha e Exército. Revezando pela ordem a cada posse.
A COBIÇA é que astravanca o progresso e a paz.