
ORAÇÃO DA NOITE
Cecília Meireles
Trabalhei, sem revoltas nem cansaços,
No infecundo amargor da solitude:
As dores, – embalei-as nos meus braços,
Como alguém que embalasse a juventude…
Acendi luzes, desdobrando espaços,
Aos olhos sem bondade ou sem virtude;
Consolei mágoas, tédios e fracassos
E fiz, a todos, todo o bem que pude!
Aos olhos sem bondade ou sem virtude;
Consolei mágoas, tédios e fracassos
E fiz, a todos, todo o bem que pude!
Que o sonho deite bênçãos de ramagens
E névoas soltas de distância e ausência
Na minha alma, que nunca foi feliz.
Escondendo-me as tácitas voragens
De males que me deram, sem consciência.
Pelos míseros bens que sempre fiz!…
(Colaboração enviada por Paulo Peres – site Poemas & Canções)
Cecilia é a nossa grande poetisa. Levei para minha página para que o sonho de todos deite bênçãos de ramagens.
Para Cecília Meireles
Tenho pena da solidão que sentistes
Como as mágoas e tédios que consolastes
Mas o rio de poemas que deixastes
Imortal como tu ainda existe.
Também és poeta, Ednei! Gostei de seus versos para a nossa grande Cecilia
Muito obrigado, Sra. Carmen Lins.
O que dizer da Cecília Meireles, a não ser que ela foi uma das maiores poetisa que o Brasil já teve?!
Parabéns ao Peres por publicar este belo poema.
Prezados leitores Carmen, Ednei e César.
Caso vocês sejam poetas e desejam ter os seus trabalhos publicados neste blog façam o seguinte: mande para pauloperes@poemasecancoes.com.br o seu poema trazendo uma pequena explicação sobre o texto, além da sua biografia.
Abs,
Paulo Peres
Prezado Paulo Peres,
Por essa eu não esperava! Fico grato ao seu gentil convite de publicar eventuais poemas meus. Hoje, ao ler Cecília Meireles, fiz a um só tempo, a tecla corrida, uma homenagem a ela, nossa grande poetisa. Atendendo a seu convite, hoje mesmo lhe enviarei um poema meu, publicado na Revista Oficina de Letras da SOBRAMES-PE. Este poema é uma lembrança nostálgica do Recife e como Recife é uma cidade mulher (isto só nota quem vive lá!) mas Recife é uma mulher, coloquei no poema um codinome para Recife: Marcela. Está no nº21 de março de 2004 (quando eu já estava de volta ao Rio de Janeiro) – e daí a nostalgia quanto a Recife. Enviarei uma explicação sobre o texto.
Saudações,
Ednei Freitas.