
Charge do Aroeira, reprodução do Portal O Dia
Carlos Chagas
Não deixa dúvidas o recente artigo semanal que dá continuidade a entrevistas permanentes, palpites e manifestações variadas: o sociólogo é candidato mesmo. Afere-se a certeza da afirmação pela evidência de que imagem e voz do personagem ganham cada vez mais intensidade na busca de um objetivo. Começa pela constatação de que as coisas estão mudando, depois das recentes eleições municipais, mas com o alerta de que mais riscos e medos ganham a realidade.
Não há candidato que despreze essas duas paralelas: otimismo pelas mudanças registradas, mas horror pelo que poderá sobrevir caso sua pregação deixe de ser seguida.
As urnas comprovaram aquilo que orgulhosamente o candidato reivindica ter previsto antes de todo mundo: a derrocada do PT, os êxitos do PSDB, a emergência da antipolítica, o desemprego, os desafios, as abstenções, anulações de votos, a vitória dos não partidos.
O QUE FAZER? – Na sequência, ele indaga o que fazer, depois de afirmar, como eleitor do PSDB, e ampliar aos dirigentes políticos de outros matizes, ao Brasil, como país parte de um mundo desafiador, às demandas dos perdedores e das organizações internacionais, para evitar a escalada dos conflitos geopolíticos.
“Os que temos responsabilidades públicas ainda não sentimos com força a urgência do que é preciso fazer para reconstruir o tecido social de um país com 12 milhões de desempregados, em situação fiscal falimentar”.
O sociólogo aproveita para verberar o estrago e o milenarismo esquerdista que o lulopetismo fizeram, mostrado pelas urnas.
Vai adiante, juntando as peças do raciocínio óbvio de um candidato disposto a, acima das bandeiras partidárias, reconstruir a economia, refazer as bases da convivência política em meio à permissividade e a corrupção, engatando novamente o Brasil no mundo.
Depois de elogiar o governo Temer, fala numa trégua nacional, rejeitando a conciliação das elites e exortando o Supremo Tribunal Federal a deixar o Lava Jato cumprir seu papel de restaurador da moral pública e do respeito aos direitos humanos. Quer salvaguardar os empregos e as empresas, exigindo vozes não ouvidas e exortando o PSDB a reafirmar o “social” de seu nome, opondo-se às ondas reacionárias.
É ou não é a voz de uma imagem construída ao longo de um objetivo impossível de ser negado?
Carlos Chagas assegura que FHC é candidato, coisa que o próprio em uma outra entrevista garantiu que não é…
Em se tratando do personagem que já teve o gostinho da vista do planalto goiano, sei não…
Com tantos abestados que já jogaram as opiniões do sociólogo na lata de lixo e outros batizados por ele de vagabundos, só por serem aposentados, não duvido que campanha bem garibada, na falta de gente do mesmo naipe, traga o FHC de volta.
Dizem, e até o Lula confirmou, FHC falando, eleitoralmente, é claro, é simplesmente sedutor… será?
FHC novamente? segundo Chagas, quem nega?