Lula passou dos limites ao apoiar eleição na Venezuela, avaliam setores do Itamaraty

Em entrevista exclusiva, presidente Lula comenta sobre ações de combate aos  incêndios no Pantanal | Mato Grosso | G1

Na entrevista, Lula escorregou feio e apoiou Maduro

Igor Gadelha e Gustavo Zucchi
Metrópoles

Integrantes do Itamaraty avaliam que o presidente Lula se excedeu ao comentar, na terça-feira (30/7), a eleição presidencial na Venezuela, fortemente questionada pela oposição local e por observadores internacionais.

Em entrevista à “TV Centro América”, afiliada da TV Globo em Mato Grosso, Lula cobrou a apresentação das atas das zonas eleitorais, mas disse não ver nada de “grave”, “anormal” ou assustador” no pleito venezuelano.

DISSE LULA – “O PT reconheceu, a nota do partido dos trabalhadores reconhece, elogia o povo venezuelano pelas eleições pacíficas que houveram. E ao mesmo tempo ele reconhece que o colégio eleitoral, o tribunal eleitoral já reconheceu o Maduro como vitorioso, mas a oposição ainda não. Então, tem um processo. Não tem nada de grave, não tem nada de assustador. Eu vejo a imprensa brasileira tratando como se fosse a Terceira Guerra Mundial. Não tem nada de anormal. Teve uma eleição, teve uma pessoa que disse que teve 51%, teve uma pessoa que disse que teve 40 e pouco por cento. Um concorda, o outro não. Entra na Justiça, e a Justiça faz”, afirmou Lula na entrevista.

Na avaliação de diplomatas brasileiros de alto escalão, Lula deveria ter se restringido a pedir a apresentação das atas, seguindo a posição oficial adotada pelo Itamaraty até o momento.

QUESTÃO DAS ATAS – “O presidente insistiu nas atas. Podia ter parado por ai”, avaliou, sob reserva, um integrante da cúpula do Ministério de Relações Exteriores.

A fala de Lula também foi criticada por alguns auxiliares dele no Palácio do Planalto. O temor é de que declarações complacentes com o regime ditatorial de Nicolás Maudro prejudiquem a imagem do presidente e do governo, interna e externamente.

Embora Lula diga que não viu nada de grave, pelo menos 16 pessoas já morreram, centenas ficaram feridas ou foram presas pelo regime Maduro após as eleições do domingo. Entre os presos, está um líder oposicionista. Além disso, sete embaixadores que pediram a divulgação das atas eleitorais foram expulsos da Venezuela. Maduro diz não ter como apresentar os documentos porque o Conselho Nacional Eleitoral, controlado por ele, “está no meio de uma batalha cibernética nunca antes vista”.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
A desculpa já é boa, ao jogar a culpa para os hackers, mas ficaria melhor ainda se atribuísse toda a bagunça à interferência do empresário americano Elon Musk, que já esculhambou Maduro e o desafiou para uma luta de boxe. Quem vencer, fica com a Venezuela. (C.N.)

6 thoughts on “Lula passou dos limites ao apoiar eleição na Venezuela, avaliam setores do Itamaraty

  1. Sr. Newton

    Já comprei a pipoca.

    EUA consideram que González venceu eleição na Venezuela, diz Blinken

    “…Parabenizamos Edmundo González Urrutia pelo sucesso de sua campanha. Agora é a hora de as partes venezuelanas iniciarem discussões sobre uma transição respeitosa e pacífica, de acordo com a lei eleitoral venezuelana e os desejos do povo venezuelano. Apoiamos plenamente o processo de restabelecimento das normas democráticas na Venezuela….”

    Antony Blinken, secretário de Estados dos

  2. Escorregou feio mesmo.
    Não se pode de maneira nenhuma apoiar golpistas, como alguns que comentam aqui, apoiam até hoje o golpista Bolsonaro. Só que, da mesma maneira que os petistas, os Bolsonaristas acham que o líder deles está sempre certo.

    Vai fazer o que?

  3. Ao reconhecer o opositor de Maduro como vencedor, o governo Biden abre as portas para que Trump, se vencer as eleições americanas, mande a quarta frota empossar o dito cujo.
    Maduro só tem Cuba para usar como esconderijo.

    • Você errou.
      Donald Trump não é adepto de usar os EUA como polícia do mundo.
      Trata-se de um político com visão interna. Não quer gastar dinheiro com tropas em outros países, como os EUA sempre fez, com o custo de soldados chegando em caixões na América.

      Biden também usou a mesma estratégia, ao retirar as tropas americanas do Afeganistão.

      É a política certa, cada povo deve decidir sobre seu destino. O que os EUA sempre defende nesse momento é o respeito a vontade do povo, expressada nas urnas.

      Se o presidente que está no Poder recusa a passar a faixa, os EUA pressiona com sanções comerciais e isolamento do país, que viola as normas constitucionais.
      É o que tem sido feito com a Rússia de Putin, desde que o ditador russo, (amigo de Donald Trump) invadiu a Ucrânia há dois anos.

  4. “Quem vencer fica com a Venezuela!”
    O mundo jaz sob a “máfia khazariana” e seu engolfador e sufocante “Sindicato Internacional do Crime Organizado”!
    PS. Em qualquer das formas, todo alçado está à esse esquema, corporalmente “ligado” e à ele deve o volátil poder e a própria ameaçada e periclitante vida!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *