A humanidade vaga sobre o mundo como uma sonâmbula, em busca de uma janela

As 5 fases do desenvolvimento psicossexual segundo Freud - Psicoativo ⋆  Universo da PsicologiaLuiz Felipe Pondé
Folha

Dicas para manter o pau duro e a vagina umedecida. Dificuldade na penetração. A mulher goza mesmo na penetração? Uma questão escolástica para as mentes ilustradas do século 21. O século ridículo. Aos poucos, os jornais viram revista Capricho. E não para aí.

Quem traiu quem. Quem bate em quem. Quem processou quem por “ghosting” — um desses termos idiotas da moda para a turba infantil das redes — na Nova Zelândia? Aos poucos, o progresso vai mostrando sua boca desdentada e sua deformação facial. E a dita inteligência pública torna-se “inteligentinha”, achando-se avançada.

VELHA HISTERIA – A obsessão pelos gêneros também é parte do ruído geral inútil. No fundo, trata-se de sexo. Quem quer dar, quem quer comer, quem quer dar e comer, quem é indiferente a dar ou comer. Tudo sexo. Freud ri feliz vendo onde foi parar a velha histeria.

O mundo se torna uma grande rede de mexericos. Daqui a pouco, ouviremos as estrelas do universo fofocando. Uma nova forma de apocalipse infame. A luta entre Deus e o Diabo sempre foi mais digna.

Olhemos de longe essa nebulosa de seres risíveis em crescimento espiral. O que aconteceu com essa espécie? “Minha hipótese”: somos uma espécie precária psiquicamente —além de fisiologicamente infeliz—, e a civilização moderna racionalista, tecnológica e, portanto, de uma pobreza espiritual atroz, é um surto neurótico que acometeu a psique de uma espécie que permanece, em muito, intoxicada ou saturada —no sentido químico do termo— por elementos religiosos primitivos e pura e simples irracionalidade.

PATOLOGIA HISTÓRICA – Nesse sentido, sob pressão do surto, nos afogamos no caldo dessa patologia que se assenta na história da própria evolução —ou involução— da psique. O paradigma hermenêutico —interpretativo— da nossa época deveria ser o de uma patologia histórica insuperável em escala e não o de um progresso em curso. Quanto mais emitimos ruídos —nós que evoluímos num mundo habitado em toda parte pelo silêncio— mais doentes ficamos.

O ridículo descrito na abertura desta coluna é apenas um dos fenômenos de uma espécie pré-histórica que vive no exílio do seu habitat natural psíquico, a saber, o mundo dos mitos, dos delírios extáticos, dos sonhos com os mortos que falam, das deusas e dos deuses que gozam e criam o ser por meio de seus óvulos e esperma, como é comum ver nos relatos míticos politeístas.

Ou da busca da graça, de um amor divino que não existe, mas que nos conforta, da luta contra o mal, que não derrotamos nunca porque é, simplesmente, mais forte do que tudo, e o mundo é sustentado nele.

A RAZÃO AFOGADA – A razão não é uma mera estranha a nós — a razão tem suas razões que a própria razão desconhece, não só o coração, como dizia Pascal no século 17—, mas uma neófita, uma recém-chegada, que nada sabe sobre nós e sobre si mesma, afogada num inconsciente que transcende o indivíduo e o mergulha num magma primitivo escuro e assustador, como num abismo de águas profundas.

Antes de pensarmos, já percebíamos. Antes da consciência, já pensávamos e percebíamos, mas, de certa forma, percebíamos esse emaranhado de ideias e imagens —o pensamento em si— como uma visitação do mundo exterior e divino.

Os deuses falavam dentro da nossa consciência, não era ela que pensava nos deuses e em tudo a sua volta. Só os ingênuos pensam que somos o sujeito do “nosso” pensamento, quando, na verdade, somos seu objeto, seu refém.

LIÇÕES DE JUNG – Quem conhece conceitos como “arquétipo” ou “inconsciente coletivo” do psiquiatra suíço Carl Gustav Jung (1875-1961), criador da psicologia analítica, percebe a semelhança entre “minha hipótese” e sua antropologia filosófica ou teoria da psique. Como disse Jung, “a humanidade nada pode contra a humanidade”.

O que decorre de um juízo como esse? Antes de tudo, uma atitude radicalmente oposta ao “páthos” contemporâneo: a mais aterradora humildade. Quando dizemos algo como “a humanidade deveria isso” ou “a humanidade conseguirá chegar àquilo”, não temos a mínima ideia do que estamos a dizer.

Não temos nenhum controle sobre a humanidade, ela vaga sobre o mundo como uma sonâmbula em busca de uma janela.

6 thoughts on “A humanidade vaga sobre o mundo como uma sonâmbula, em busca de uma janela

  1. JESUS CRISTO, O MAIOR ASSASSINO, TORTURADOR, ESTUPRADOR, SERIAL KILLER, GENOCIDA, EXTERMINADOR DE POVOS ORIGINÁRIOS, DE TODA A HISTÓRIA DA HUMANIDADE. Os ameríndios demoraram milhares de anos atravessando as Américas, de Polo a Polo, a pé, enfrentado gelo, fogo, serpentes, felinos, doenças tropicais, vulcões, tempestades, e todos os demais milhares de desafios. Aí, milhares de anos depois disso, chegaram os cristãos, trazendo a cruz, a espada, o canhão, a Santa Inquisição, etc., com promessas à Rainha cristã Isabel de levar a ‘’palavra’’ da Bíblia aos possíveis povos pagãos a serem ‘’descobertos’’! Não preciso falar dos 400 anos de pavores, horrores, odiosidades, impostos por Jeová, Jesus Cristo, Espírito Santo, igrejas, sacerdotes, colonos, etc. Os cristãos infernizaram o Velho Mundo, repleto e transbordante de milhares de anos de doenças, pestes, sujeiras, guerras religiosas de conquista, entre o próprio cristianismo e entra demais religiões competidoras. O próprio Alcorão foi construído às pressas, como forma de defesa, ‘’de mesma moeda’’ contra a ferocidade cristã romana. O descaramento do cristianismo romano imperialista é tão asqueroso e debochador que todos os resquícios de escrituras, idiomas, prédios, culturas antigas não cristãs, etc., foram destruídos para que ninguém pudesse encontrar ‘’verdades alienígenas’’ contrárias à Bíblia. Todavia, a Ciência está desmascarando milhares de mentiras, plágios, monstruosidades, barbáries culturais impostas pelo cristianismo, verdades ou realidades contrárias à Bíblia, etc. O cristianismo romano inclusive adotou estruturas políticas, jurídicas, administrativas, etc., de Roma; até mesmo a cor roxa do senado e termos absolutistas como ‘’Pio’’, César, Alexandre, etc., um verdadeiro escândalo para uma organização que veio trazer ‘’paz’’, ‘’amor’’, ‘’perdão’’, ‘’misericórdia’’, originados no ódio à crueldade do Império Romano, pasmem! A lavagem cerebral bíblica foi tão violenta e impiedosa nas américas anencéfalas, analfabetas, minusculamente intelectualizadas, que em 40 anos de regime absolutista judicial diabólico garantista, ‘’humanista’’ cristão ‘’evangelical’’, marca registrada ‘’Diretas-Já’’, não somente as organizações criminosas não oficiais avassalaram o Brasil, mas até mesmo as classes médias e ricas foram postas se joelhos e mãos postas frente ao cristianismo político, organizacional, clerical, popular, teocrático, ditatorial, supremacista, absolutista. Os povos europeus de hoje já compreenderam que os senhores de exércitos, isto é, os deuses da Bíblia, Jeová, Jesus, e o Espírito Santo, devem desaparecer para sempre das mentes ignorantes, belicosas, ambiciosas, escravagistas. No Brasil, até há poucos anos, os cristãos católicos debochavam dos crentes como ‘’pobres, analfabetos, miseráveis, ignorantes, etc.’’. Com o advento da ‘’democracia’’ estilo ‘’Diretas-Já 40 anos’’ as igrejas evangélicas estão dominando o Estado e os Três Poderes em todos os níveis ou esferas da política, administração, cultura, etc. Nos próximos anos, vamos ter a proibição oficial das vacinas, e da medicina. Hospitais cristãos já proíbem os métodos de planejamento familiar e o aborto legal de meninas estupradas, fetos anencefálicos. Quando os evangélicos se tornarem Estado e Três Poderes oficialmente, não poderemos mais evitar a volta à Idade das trevas medieval cristã! Eu me apavorei quando vi na TV mulheres lindas da classe média chorando ao assistir um dos maiores imbecis que já vi vertes lágrimas, teatralizar na TV. Uma coisa ridícula que quase molhava suas próprias lentes de tanto verter lágrimas, um crocodilo. Os cientistas, criadores do mundo contemporâneo não conseguem falar em público por mais de 5 minutos, haja vista que são objetivos, verdadeiros, sintéticos em suas explicações. Mas eu queria que vocês vissem como aquele evangélico imbecil falou de forma ‘’brilhante, hipnótica, ‘’humanista’’, ‘’garantista’’, para uma plateia de classe média que só se movia para enxugar as lágrimas. Lá do lado de fora da Igreja, as barbáries apocalípticas da corrupção, criminalidade, impunidade, correndo frouxas! Que triste fim, Brasil, não é prezado Policarpo Quaresma? LUÍS CARLOS BALREIRA. PRESIDENTE MUNDIAL DA LEGIÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA.

  2. O aviso foi dado, lá no começo advertindo para sua repetição e mesmo fim e ninguém está dando bola para freiar ou reconsiderar esses descaminhos!

  3. Ensaio muito bom de velhote Pondé. Essa lastro “humanidade”, difícil enfrentá-lo.
    Há mudanças?
    Sim.
    Para pior?
    Uma indagação senhor Balreira: se os santos indios do Novo Mundo praticavam sacrifícios humanos e canibalismo, melhores, piores do que vieram?
    Bom dia.

  4. Ora pois e segundo: Há que se ter uma “linha editorial”, que não poderá ser transposta(atrapalhada=toldada), porque:
    “Para dirigir nesse rumo nosso exército de jornalistas, deveremos organizar essa obra com cuidado muito especial. Sob o nome de escritório central de imprensa, organizaremos reuniões literárias, nas quais nossos agentes dirão, sem que ninguém desconfie, a palavra de ordem e os sinais. Discutindo e contradizendo nossa iniciativa de modo superficial, sem penetrar no âmago das questões, nossos órgãos entreterão vaga polêmica com os jornais oficiais, a fim de nos dar os meios de nos pronunciarmos mais claramente do que o poderíamos fazer nas nossas primeiras declarações oficiais.

    Esses ataques desempenharão ainda o papel de fazer com que nossos súditos se julguem garantidos de falar livremente; isso dará, demais, a nossos agentes motivo para dizerem e afirmarem que os órgãos que se declaram contra nós nada mais fazem do que falar a toa, pois que não podem achar verdadeiras razões para refutar seriamente nossas medidas.

    Tais processos, despercebidos da opinião pública, porém seguros, certamente atrairão para nós a atenção e a confiança pública.Graças a eles, excitaremos e acalmaremos, conforme for preciso, os espíritos, nas questões políticas, persuadindo-os ou desanimando-os, imprimindo ora a verdade, ora a mentira, confirmando os fatos, ou contestando, segundo a impressão que fizerem no público, apalpando sempre prudentemente o terreno antes de dar um passo…Venceremos infalivelmente nossos adversários, porque eles não terão à sua disposição órgãos em que se possam pronunciar até o fim, devido as medidas a que já aludimos. Não teremos necessidade de refutá-los profundamente…

    Refutaremos enérgicamente em nossos órgãos oficiosos os balões de ensaio lançados por nós na terceira categoria de nossa imprensa, em caso de necessidade.

    Já agora, nas formas do jornalismo francês, pelo menos existe uma solidariedade franco-maçônica. Todos os órgãos da imprensa estão ligados entre si pelo segredo profissional; semelhantes aos antigos augures, nenhum de seus membros revelará o segredo de suas informações, se não receber ordem para isso. Nenhum jornalista ousará trair esse segredo, porque nenhum deles será admitido na órbita da literatura, se não tiver uma mancha em seu passado; essa mancha seria imediatamente revelada. Enquanto tais manchas forem conhecidas somente por alguns, a auréola do jornalista atrairá a opinião da maioria do país e ele será seguido com entusiasmo. (10).”
    – “Os falastrões inesgotáveis transformaram as sessões dos parlamentos e as reuniões administrativas em prélios oratórios. Jornalistas audaciosos e panfletários cínicos atacam diariamente o pessoal administrativo. Os abusos do poder, finalmente, prepararão a queda de todas as instituições, e tudo será destruído pela multidão enlouquecida.”
    -Os direitos que inscrevemos nas constituições são fictícios para as massas ; não são reais. Todos esses pretensos “”direitos do povo” somente podem existir no espírito e são para sempre irrealizáveis. Que vale para o proletário curvado sobre seu trabalho, esmagado pela sua triste sorte, o direito dado aos falastrões de falar, ou o direito concedido aos jornalistas de escrever toda espécie de absurdos misturados com cousas sérias, desde que o proletariado não tira das constituições outras vantagens senão as miseráveis migalhas que lhe lançamos de nossa mesa em troca dum sufrágio favorável às nossas prescrições, aos nossos prepostos e aos nossos agentes? Para o pobre diabo, os direitos republicanos são uma ironia amarga: a necessidade dum trabalho quase cotidiano não lhe permite gozá-los ; em compensação, tiram-lhe a garantia dum ganho constante e certo, pondo-o na dependência das greves, dos patrões e dos camaradas.”
    https://radioislam.org/protocols/indexpo2.htm

  5. Pondé é um conservador radical. Acha sempre que o antes era melhor. Se é para ler textos de filósofos conservadores, prefiro ler os de Burke. Ele foi um conservador que admitia mudanças, desde que não fossem radicais, por isso não era favorável às revoluções.

    Um conservador que quer viver no passado, sem admitir mudanças, não pode se chamar de filósofo.

    • Superficial e medíocre,com citações para apoiar-se nas costas de gigantes e alimentar um público ignorante, que não leu uma linha dos autores citados.
      Como a maioria aqui.
      Afinal, precisa pagar o aluguel.

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