Rafael Moraes Moura
O Globo
O Tribunal de Contas da União (TCU) está dividido a respeito do julgamento desta quarta-feira (7) que vai decidir se o presidente Lula terá de devolver um relógio presenteado pela grife francesa Cartier em 2005, no seu primeiro governo, e avaliado em R$ 60 mil na época – mas a defesa de Jair Bolsonaro não só já estudou o caso, como pretende usar o entendimento do tribunal a seu favor no caso das joias sauditas.
Por irônico que pareça, aliados de Bolsonaro torcem discretamente para que o TCU decida que o relógio é um item personalíssimo e libere Lula de devolvê-lo. Se isso acontecer, a defesa do ex-presidente poderá usar a decisão como precedente para tentar livrar Bolsonaro do inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
INDICIAMENTO – Bolsonaro foi indiciado em julho pela Polícia Federal por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro no inquérito das joias sauditas, sob a acusação de se apropriar indevidamente de presentes dados por autoridades estrangeiras durante o período em que ocupou o Palácio do Planalto.
O ex-presidente não é parte do caso do relógio de Lula, mas mesmo assim o time jurídico do ex-presidente pretende tentar extrair dele alguma fundamentação jurídica que possa servir para ajudá-lo no caso das joias sauditas.
Na petição apresentada na semana passada à Procuradoria-Geral da República (PGR), os advogados do ex-presidente já recorreram ao episódio de Lula para argumentar que o inquérito das joias, sob o comando de Alexandre de Moraes, deveria seguir os mesmos parâmetros usados para Lula, que recebeu o relógio durante o ano do Brasil na França.
ITEM EXCLUÍDO – O item não foi incluído entre uma série de presentes que o petista, junto com Dilma Rousseff, tiveram que devolver em 2016, após uma determinação do próprio TCU.
O plenário da corte de contas, porém, vai para o julgamento da quarta-feira dividido, apesar de um parecer da área técnica defender que o presente permaneça com o petista.
Isso porque naquela época ainda não havia a regra estabelecida depois, segundo a qual o presidente da República só pode levar consigo após deixar o cargo peças de uso pessoal e baixo valor – os chamados “itens personalíssimos”.
PESOS E MEDIDAS – “O ideal seria garantir que o entendimento aplicado ao presidente da República seja aplicado também aos seus antecessores”, diz um interlocutor de Bolsonaro. “Se o Lula puder ficar com relógio e Bolsonaro é investigado criminalmente pelas joias, serão dois pesos, duas medidas.”
O relógio de Lula, um Cartier Santos Dumont, foi dado de presente pelo próprio fabricante durante uma visita oficial a Paris, para as celebrações do Ano do Brasil na França, iniciativa dos dois governos para promover relações bilaterais. A peça é feita de ouro branco 16 quilates e prata de 750.
Foi o deputado federal bolsonarista Sanderson (PL-RS) quem provocou o TCU sobre o assunto.
OUTRA ESTRATÉGIA – Mas a defesa de Bolsonaro tem também uma estratégia para aproveitar a decisão do TCU caso o julgamento termine com a determinação de que Lula devolva o Cartier Santos Dumont: cobrar na Justiça a apuração de todos os presentes recebidos pelos ex-presidentes ao longo dos últimos 34 anos, de Fernando Collor até Lula, exigindo um “tratamento isonômico” – e de preferência abrindo inquéritos em casos semelhantes aos de Bolsonaro.
Seja qual for a decisão, aliados do ex-presidente avaliam que o entendimento do TCU pode servir para esclarecer de uma vez por todas qual regra deve valer para os presentes recebidos por chefes de estado no exercício do cargo.
Em 2016, no contexto do impeachment de Dilma Rousseff, a Corte de Contas firmou um entendimento sobre os itens personalíssimos a partir de regras já previstas em diferentes leis e decretos sobre que objetos podem ir para o acervo pessoal de ex-presidentes e quais devem ser incorporados ao patrimônio da União.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Muitos brasileiros consideram que Bolsonaro e Lula são iguais em quase tudo. A começar por se dizerem imbrocháveis, ambos serem ignorantes e terem enriquecido ilicitamente. E agora mais essa – são iguais na usurpação de presentes recebidos durante o mandato, que pertencem à União. No entanto, é claro que relógio de pulso é item personalíssimo, mas relógio de parede, não. Pense sobre isso. (C.N.)
Também iguais como inconsequentes “agentes”!
Lembrete , á época do 1º mandato do presidente Lula , não existiam leis distinguindo ou disciplinando quais itens ganhos de governos estrangeiros , pelos presidentes do Brasil , deveriam serem incorporados ao patrimônio público , ou ao patrimônio de uso pessoal , portanto os defensores de Jair Bolsonaro , estão usando de má-fé , embora Lula tenha usado da inexistência de leis para tais , terminou fazendo a festa , ou seja , levou tudo o que foi possível para casa dados pelos governos estrangeiros , após deixar a presidência da república , pela primeira vez , e pasmem até os congressistas sequer procuraram preencher essa inexistência e vazio de leis sobre o assunto , por isso essas adaptações e arranjos a cada questionamento temporãos .
Não há similaridade nos casos. O TCU somente em 2016 pacificou a questão. E isso retroagiu em cinco anos. Então, os presentes recebidos no primeiro mandato de Lula não foram contemplados por essa diretiva do TCU.
E itens valiosos, conforme entendimento do TCU, não são presentes personalíssimos, isso foi bem detalhado pelo órgão.
E a venda de qualquer item, mesmo considerados personalíssimos, desde muito tempo foi vedada (a lei foi consequência da viúva de Figueiredo que leileou presentes recebidos pelo marido quando esse era presidente).
A questão não é essa.
Estão distorcendo as coisas.
Todos sabem muito bem a diferença e usam um exemplo idiota para fazer crer que o bolsonaro agiu igual ao lula.
Caros bolsonaristas, vou lhes dizer o seguinte:
A questão das jóias, foi: ROUBO e CONTRABANDO!
Quiseram fazer tudo por debaixo do pano porque sabiam que não poderiam comercializar as peças aqui no Brasil
Se tudo isso fosse do bolsonaro, porque não vendeu as mesmas aqui no Brasil?
Porque talvez não encontrassem compradores? Era uma hipótese? Pode ser…
Mas decidiram fazer uma barafunda ou uma operação de CONTRABANDO INACREDITÁVEL! Sempre calçados na suposta reeleição. Jogaram todas as fichas nesta possibilidade. A reeleição do bolsonaro era o plano perfeito, onde com absoluta certeza, todos os crimes seriam jogados pra debaixo de tapete pelo (STF) do bolsonaro. Tipo aras, que jamais viu um ilícito, praticado pelo bolsonaro.
Repito: Não viu, NENHUM!
E audácia do contrabando foi inacreditável, tão ousada, que daria um excelente roteiro de filme.
A pachorra foi tão grotesca que derreteu generais, almirantes, coronéis e etc… o bolsonaro jogou o exército no LIXO!
Claro que não estou generalizando, é reconheço que temos bons militares. Graças a Deus.
As benesses seriam muitas, o poder seria inimaginável e consequentemente um governo totalitário, que comandaria a população com mão de ferro jamais vista.
Reitero que não tenho o menor apreço pelo lula, mas que estão querendo misturar alhos com bugalhos, isso estão.
O debate tem que ser saudável e colocar as coisas como elas realmente são.
Vamos parar de defender estes dois doidos de carteirinha. Isso atrasa o país e jamais nos levará a nada.
Caros tribunários, a única posição que tenho definida é que, NÃO QUERO MILITARES NO GOVERNO E NÃO QUERO UM PRESIDENTE MILITAR, tipo, cada macaco no seu galho.
Só isso é que desejo pro nosso país, e que também, estas duas pessoas, saiam do cenário político o mais rápido possível.
José Luis
Amigão
A questão maior é que são dois miseráveis imprestáveis vagabundos que se sujam por uma m***a de relógios, correntes, anéis, e outras porcarias…..
Simples assim….
O resto estamos carecas de saber..
aquele abraço….
Exatamente!
🤗🤗🤗
Um abração,
José Luis
Relógio de Lula é um Cartier de ouro que vale R$ 80 mil
No açougue mais barato (segundo minha assessoria)., dá para comprar 1.143,0 Kilos de Picanha…
A carne tão prometida na campanha do Ladrão..
Mas…….acabou virando pé-de-frango e pescoço de galinha….
Olha isso amigão!
De olho no lance!
https://x.com/julianadalpiva/status/1820754861509521694?t=gU_weURj-enf8TUYTmmdKA&s=08
Porque nunca acontece nada com essa gente?
Se fossemos nós, estávamos mais do que futricados pelo Leão!
Como pode a Receita Federal deixar passar isso?
🤔
Um abraço,
José Luis
Amigão,
“Eles” tem o caminho das pedras em toda a administração pública.
Tem gente lá dentro que faz “a vista grossa”….
Imagine aquela mansão do Chocolateiro lá em Brasilia., deve ter passado o rodo na Receita Federal.
Quer outro absurdo , pesquise onde mora o filho do Ladrão aqui na Zona Sul, onde o metro quadrado é o mais caro do Planeta…
Coloque o cinto de segurança para não cair da cadeira….
Aquele Abraço.
Carlos Bolsonaro ganha R$1,2 mi com venda de imóveis, mas só declara R$ 687 mil ao TSE
Filho de Jair Bolsonaro vendeu dois apartamentos que havia declarado na eleição de 2020
https://iclnoticias.com.br/carlos-bolsonaro-venda-imoveis-declara-tse/