J.R. Guzzo
Estadão
A política econômica do governo Lula começa e acaba num fundamento essencial: não há nenhuma política econômica, nunca, em nenhum governo Lula. O que há, do primeiro ao último dia do mandato, é uma novena sem data para acabar, na qual o presidente promete entregar o “crescimento” em troca de “investimentos” públicos.
“Gasto é vida”, diz ele – e com isso dá por resolvida a imensa chateação de executar um programa real para a economia. A ideia-chave, claro, é ficar só na primeira parte da proposição: há o gasto, mas não há a vida. O dinheiro dos impostos sai correndo do Erário, sempre.
SEM CRESCIMENTO – O progresso, o bem-estar e a “justiça social” que as despesas do governo deveriam trazer ficam mortos. Em 40 anos de despesa, déficit e dívida, o país não teve crescimento econômico, não eliminou a pobreza e não fez outra coisa que não fosse concentração de renda direto na veia. Enquanto isso, Lula continua pregando que a despesa, o déficit e a dívida são exatamente o que o Brasil precisa para se desenvolver.
Lula não ficou esse tempo todo no governo, mas durante o tempo em que ficou foi isso: soca imposto, gasta tudo, faz dívida e diz a cada meia hora que tem de ser assim porque é “o Estado” quem vai fazer o Brasil crescer. Não lhe ocorre que isso, comprovadamente, não tem dado certo – ou, se ocorre, não cogita em sair do erro.
Seu time está se dando muito bem desse jeito, e em time que está se dando bem não se mexe. Parece óbvio, para Lula e o seu sistema, que não há nenhuma necessidade de fazer qualquer esforço para acertar. Basta se “comunicar” – e rechear a comunicação com números que não têm nenhuma conexão com as noções de quantidade, espaço, volume e outros elementos da realidade.
QUALQUER NÚMERO – Diante de um problema, qualquer problema, jogue um número em cima dele, qualquer número. Pronto: não há mais o problema.
A matemática tem números imperfeitos. Tem números deficientes. Tem, até mesmo, números irracionais. Mas não tem nada que se compare aos números de Lula. Seu último feito na velha prática de citar cifras imaginárias para fazer de conta que está dando resposta a problemas reais foi o surto que deve numa reunião com prefeitos.
O serviço de propaganda do governo anunciou, e aparentemente foi levado a sério, um “pacote” de R$ 900 bilhões para as prefeituras. E de onde é que o governo tirou esses 900 bilhões? Não existem 900 bilhões. Vai se ver de perto e entram ali “desoneração” da folha, adiamento de dívidas, acertos com a Previdência – entram até os frutos de um futuro “crescimento da economia”. Mas o que Lula vai dizer é isso: “Dei R$ 900 bilhões para os prefeitos”. É mais um avanço do “programa econômico”.
Simples: Lula, “pinoquiando”!
A metodologia petista: “Já temos um plano para um projeto de um programa que prevê a criação de uma comissão para estudar o problema”.
O único projeto desses caras são os cofres das estatais. O resto querem que o povo se exploda
Infelizmente muita gente não sabe que o Stalinácio é fascista, porque para ele o Estado é o único que tem a solução para tudo, sem ele nada é possível, tudo tem que estar dentro dele, tudo ele precisa decidir, igualzinho ao que fazia o Duce, tudo era o Estado. Estado é vida para fascista como Duce e Stalinácio. E ainda dizem que aquele bronco do imbrochável era fascista.
“Sem política econômica, Lula usa números imaginários para fingir que está governando”
Nada de novo no quartel de Abrantes.
“Como eu fui oposição muito tempo, eu cansei de viajar o mundo falando mal do Brasil, gente! Era bonito a gente viajar o mundo e falar: ‘No Brasil tem 30 milhões de crianças de rua. No Brasil tem…’, a gente nem sabia… ‘Tem nem sei quantos milhões de abortos.’ Era tudo clandestino, mas a gente ia citando números, sabe? Se um cara perguntasse a fonte, a gente não tinha, mas tinha que dizer números.
Eu não esqueço nunca. Um dia eu tava debatendo eu, o Roberto Marinho e o Jaime Lerner em Paris. Aí eu tava lá falando, eu tinha uns números, nem sei direito de que entidade que era, também não vou dizer aqui, porque eu já tenho 68 anos, não vou… Mas eu tava dizendo: ‘Porque no Brasil tem 25 milhões de crianças de rua’. Eu era aplaudido calorosamente pelos franceses. Quando eu terminei de falar, o Jaime Lerner falou assim pra mim: ‘Ô Lula, não pode ter 25 milhões de crianças de rua, Lula, porque senão a gente não conseguiria andar nas ruas, Lula. É muita gente.’ (RISOS) Então, tem gente que gosta de falar assim. Eu então, hoje, quando eu cito número eu quero saber da fonte. Me dê a fonte pra eu não errar…” https://oantagonista.com.br/opiniao/os-metodos-de-lula-e-hamas-de-inflar-numeros/
$talinacio não precisa de fonte, ele é a fonte. Ele é um sujeito sem predicado.