Mateus Vargas
Folha
O ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Gonçalves Dias, disse nesta quinta-feira (31) à CPI do 8 de janeiro que teria atuado com mais rigidez para evitar os ataques golpistas se soubesse da ineficiência dos agentes de segurança que atuavam na proteção da Esplanada dos Ministérios.
“Tendo conhecimento agora das sequências dos fatos, também da ineficiência dos agentes que atuavam na execução do Plano Escudo, seria mais duro do que fui na repressão. Faria diferente, embora tenha plena certeza de que envidei todos os esforços e ações”, disse o militar, conhecido como GDias.
FALHAS NA PROTEÇÃO – GDias foi chamado após pressão da ala bolsonarista da CPI. Ele disse à comissão que houve falhas na execução no “Plano Escudo” de defesa do Palácio do Planalto.
“O consórcio de ações e inações das forças policiais que não foram eficazes no cumprimento de atividades previstas no PAI [Protocolo de Ações Integradas, elaborado pela área de segurança do governo do Distrito Federal] levou àqueles eventos”, disse.
O general se demitiu em abril do comando do GSI após a divulgação de imagens que o mostraram circulando no Planalto, na presença de golpistas. Ele afirma que estava encaminhando os invasores ao segundo andar do palácio, onde seriam presos. “Saí por causa da divulgação imprecisa e desconexa de vídeos gravados no interior do Palácio do Planalto”, afirmou.
NÃO SABIA??? – O militar ainda tem dito que não recebeu informes de inteligência sobre possíveis ataques no 8 de janeiro. O ex-diretor-adjunto da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) Saulo Moura da Cunha, porém, mostrou à CPI imagens que provam o envio a GDias, em mensagens de celular, de informações sobre a mobilização golpista.
A Abin chegou a citar, em relatório, que o general da reserva havia recebido os alertas. Mas o militar mandou alterar o documento, como revelou a Folha.
“Eu trocava mensagens esporádicas com o senhor Saulo. Usava o WhatsApp do telefone pessoal. Em minha avaliação, essa troca de mensagens em aplicativo aberto de celular pessoal, não corresponde à forma de comunicação correta e institucional para transmissão de informações sensíveis sobre segurança nacional”, disse ele.
MAIS NEGATIVAS – Sobre a retirada de seu nome do relatório da Abin, disse que não mandou “ninguém adulterar nada, nenhum documento”.
O general, que concordou em compartilhar dados de conversas do seu celular com a CPI, disse que recebeu informações divergentes na manhã do dia 8 de janeiro. Ele afirma que Cunha, da Abin, falou sobre a possibilidade de intensificação dos protestos, enquanto interlocutores da PM do DF e do próprio GSI disseram que a situação estava controlada.
Ele afirma que o general Carlos Penteado, então secretário-executivo do GSI, disse que ele não precisava ir ao palácio no dia 8, mas que decidiu se dirigir à sede da Presidência.
COM PALAVRÃO – GDias contou que encontrou Penteado e que cobrou “com palavrão” sobre a falta de bloqueio da PM em frente ao Planalto. “[Penteado] Não deu resposta e saiu para montar o bloqueio.”
O general disse que, mais tarde, viu os manifestantes chegando ao Planalto e rompendo o bloqueio policial. “Assisti o último bloqueio da PM-DF ser facilmente rompido antes que vândalos chegassem ao Planalto. Aquilo não poderia ter acontecido, só aconteceu porque o bloqueio da PM-DF foi extremamente permeável”, afirmou GDias.
O general disse que teve “ímpetos de reagir, de confrontar”, mas manteve “o autocontrole”. “Tinha que cumprir a minha missão, não deixar que defasassem o núcleo central do poder palaciano, o gabinete do presidente da República, que fica no terceiro andar”, afirmou. “Foi um ataque único, inimaginável e inédito”, disse ainda.
INCOMPETÊNCIA GERAL – Presidente da CPI, o deputado Arthur Maia (União Brasil-BA) disse que o depoimento de GDias reforça que houve “incompetência geral” de forças de segurança. “Não adianta ficar nessa conversa política, se foi culpa de a ou b”, disse ele. “Todas erraram”, afirmou ainda Maia.
O general teve embates na CPI com o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). Ele se recusou a responder a partes dos questionamentos feitos por Nikolas.
Parlamentares da oposição disseram, na CPI, que GDias sabia da possibilidade de ataques e foi omisso. “O ministro recebeu comunicações expressas de que haveria risco de invasão e depredação e não tomou as providências ali para se assegurar que tivesse, por exemplo, a presença de todo o batalhão da Guarda Presidencial no dia 8, antes das invasões”, afirmou Moro.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Quando “todos” erraram, ninguém é responsabilidade. Pensem sobre isso. (C.N.)
Eita sujeito asqueroso, esse general de patente 2m: melancia e mentiroso. Sua prisão já deveria ter sido pedida pra ontem.
Troféu Seu Rolando Lero .
Todo mundo errou, e como não podemos prender todo mundo, é melhor deixar pra lá.
Vamos envidar todos os esforço para fritar o fígado do Bolsonaro e seu Rolex e o pâncreas da Michelle.
Ah! Os onze caminhões da mudança também vamos deixar pra lá.
O mapa da mina é o Rolex e as joias, falar nos onze caminhões é puro diversionismo.
O fundamental, o santo graal, a pedra filosofal e o elixir da longa vida dos alquimistas é o Rolex.
É golpe, é golpe, é golpe, Rolex, Rolex, Rolex, é golpe!
A ordem é: Uivar Essa Narrativa.
Quác!
Dino só entregou imagens de 4 das 185 câmeras do Ministério da Justiça
Imagens apresentadas por Dino são menos de 3% de tudo que foi gravado no dia do vandalismo.
GDias, estava há uma semana no cargo, encontrou todos os cargos de segurança em poder dos bolsonaristas em apoio ao golpe; facilmente foi enganado com informações desencontradas e enganosas.
Bolsonaro saiu do Brasil dia 30 de outubro, para não passar a faixa e confirmar a vitória de Lula e deixou todos os órgão de segurança no governo, com seus apoiadores bem organizados.
Até o mês de maio, Lula estava demitindo bolsonaristas do GSI e ABIN
O pastor Feliciano, do alto de sua “sabedoria” disse ao GDias: ” se o senhor com sua autoridade desse o grito: estão todos presos, eles sairiam correndo”
Quem não tem noção do que é uma multidão enfurecida fala isso.
Se GDias, fosse a cada andar e gritasse para os invasores, estão todos presos, eles sairiam correndo, mas para cima dele e com a coragem e a cara, GDias só iria ganha tapa ou ser massacrado.
Diz o ditado: há mal que vem para o bem.
Todo trabalho feito pelo comando da PM do DF e de outros órgãos para facilitar a invasão, fez com que não houvesse mortes entre os terroristas e a polícia, caso contrário, poderia ser o grande motivo para os militares bolsonaristas intervirem e dar o golpe e levar o Brasil a uma guerra civil
Caro Nélio Jacob,
lembro de uma frase de um amigo que falava que quando a cabeça não pensa, o corpo sofre.
Quando pessoas querem somente relatos que corroborem suas convicções, ao se depararem com coisas que vão de encontro a elas, ficam sofrendo e elucubrando teses estapafúrdias que passam longe da razão.